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Cardeal diz que imprensa "arma escândalo" ao denunciar suposto padre pedófilo
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da Efe, em Lima
O cardeal do Peru, Juan Luis Cipriani, acusou neste sábado a imprensa local de "armar escândalo" por ter denunciado a presença de um padre belga acusado de pedofilia em seu país em uma pequena cidade do Peru.
O jornal "Peru.21" informou hoje que Jef Van Den Ouweland, 53, vive em território peruano há 20 anos e está a cargo de uma instituição educativa, além de rezar missas no distrito de Ichuña, no Departamento (Estado) sulista de Moquegua.
Padre belga suspeito de pedofilia está refugiado no Peru
O sacerdote, que segundo os habitantes "sempre trabalhou pela comunidade", foi denunciado na Bélgica por ter abusado sexualmente de pelo menos três menores de idade, entre 1982 e 1983, na localidade de Schoten.
O jornal afirmou, além disso, que uma das denúncias havia sido arquivada, mas o bispo da diocese de Amberes, Johan Bonny, solicitou a reabertura do caso.
Após conhecer esta informação, Cipriani disse hoje que a imprensa procura "armar escândalos" e enfatizou que o sacerdote deverá dar conta à justiça e a seu bispo pelas acusações.
"Que vontade de armar escândalo. Se há um sacerdote belga, em não sei que lugar, e pelo visto tem umas acusações em seu país, pois bem, terá que dar conta perante a justiça de seu país e perante seu bispo. Não há nada que tapar, que ocultar", indicou o líder da Igreja Católica peruana em seu programa semanal de rádio.
Cipriani assegurou também que estes tipos de caso danificam a imagem de milhares de sacerdotes que "cumprem um maravilhoso trabalho social" em diversos lugares do país.
Segundo o "Peru.21", a diocese belga, em coordenação com o Bispado de Puno, a cargo do monsenhor Jorge Carrión, anunciou na quarta-feira passada que Ouweland foi suspenso de suas funções enquanto durarem as investigações das denúncias.
O bispo Carrión emitiu um relatório no qual assegura que "Ouweland não foi denunciado por delitos similares no Peru", mas se comprometeu a colaborar com as investigações.
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