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11/06/2004
-
17h10
da France Presse, em Washington
Com muita pompa, os Estados Unidos deram nesta sexta-feira seu último adeus ao ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989), com todas as honras de chefe de Estado.
Republicanos e democratas deixaram por um momento as divergências e compareceram juntos ao funeral celebrado na catedral nacional de Washington, na presença de vários líderes mundiais.
Ao final da cerimônia, de duas horas, os sinos dobraram 40 vezes em memória ao 40º presidente dos Estados Unidos.
O caixão já deixou Washington no avião presidencial Air Force One, com destino à Califórnia.
Reagan será enterrado no final da tarde desta terça-feira, nos jardins de sua biblioteca, em Simi Valley, em uma cerimônia privada para cerca de 700 pessoas.
Bush
O funeral desta sexta-feira, celebrado na presença de cerca de 4.000 pessoas pelo padre episcopal John Danforth, ex-senador republicano e futuro embaixador na ONU (Organização das Nações Unidas), marcou o final de três dias das homenagens, em meio a grande pompa.
Reagan "acreditava que os Estados Unidos não eram apenas um lugar no mundo, mas a esperança do mundo", disse o presidente dos EUA, George W. Bush, que reivindica seu legado político.
"Reagan atuou para defender a liberdade em todos os lugares em que ela estava ameaçada", afirmou Bush, referindo-se à sua feroz luta contra o comunismo.
Thatcher
"Perdemos um grande presidente, um grande americano, um grande homem e eu perdi um grande amigo", disse a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, em mensagem gravada, devido ao seu delicado estado de saúde.
"Procurou curar o espírito ferido da América, restaurar a força do mundo livre e libertar os escravos do comunismo . Venceu a Guerra Fria, não apenas sem disparar um único tiro, como também convidando o inimigo a sair de sua fortaleza e transformando-o em amigo", afirmou Thatcher, sentada ao lado do ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchov na catedral.
Sob a névoa e o chuva fina, uma solene procissão levou pela manhã o corpo de Reagan do Congresso americano à catedral.
O ex-presidente morreu no último dia 5 na Califórnia aos 93 anos, depois de uma década de batalha contra o mal de Alzheimer.
Os três filhos do ex-presidente, Michael, Patti e Ron, acompanharam Nancy, casada com Reagan há 52 anos. Sua filha Maureen morreu em 2001 de um tumor no cérebro.
O ex-primeiro-ministro do Canadá Brian Mulroney e o ex-presidente George Bush, visivelmente emocionado, fizeram o público rir ao lembrarem histórias engraçadas de Reagan.
"Espero que todos sejam republicanos", disse Reagan ferido a bala aos médicos que o atendiam, pouco depois de ter sido vítima de uma tentativa de assassinato em março de 1981, segundo Bush.
Na América Latina, Reagan é lembrado pelo apoio ilegal aos Contras, que lutavam contra o governo anti-sandinista da Nicarágua, como forma de contrabalançar a influência da extinta URSS na região. Quando foi preciso, apoiou até ditaduras brutais, como foi o caso em El Salvador e Guatemala.
Cuba
O governo cubano classificou nesta sexta-feira Reagan como "um adversário tenaz" e se absteve por enquanto de "emitir julgamentos críticos", em respeito a sua família.
Além de George Bush, outros três ex-chefes de Estado americanos, Bill Clinton, Jimmy Carter e Gerald Ford, também participaram do evento.
Esta é a primeira vez que se realiza uma funeral de Estado no país desde a morte do democrata Lyndon Johnson, em 1973.
Um esquema de segurança excepcional foi mobilizado para o dia em que foi decretado luto nacional. O governo federal e os mercados financeiros fecharam as portas.
Outros antigos e atuais líderes participaram do funeral, como o ex-presidente polonês Lech Walesa, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, o chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, o príncipe Charles, do Reino Unido, e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Entre segunda e sexta-feira, primeiro na Califórnia e depois em Washington, dezenas de milhares de americanos foram de todo o país para se despedir de Reagan, enfrentando horas de fila para se aproximar do seu caixão.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre Ronald Reagan
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EUA e líderes mundiais se despedem de Ronald Reagan
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Com muita pompa, os Estados Unidos deram nesta sexta-feira seu último adeus ao ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989), com todas as honras de chefe de Estado.
Republicanos e democratas deixaram por um momento as divergências e compareceram juntos ao funeral celebrado na catedral nacional de Washington, na presença de vários líderes mundiais.
Ao final da cerimônia, de duas horas, os sinos dobraram 40 vezes em memória ao 40º presidente dos Estados Unidos.
O caixão já deixou Washington no avião presidencial Air Force One, com destino à Califórnia.
Reagan será enterrado no final da tarde desta terça-feira, nos jardins de sua biblioteca, em Simi Valley, em uma cerimônia privada para cerca de 700 pessoas.
Bush
O funeral desta sexta-feira, celebrado na presença de cerca de 4.000 pessoas pelo padre episcopal John Danforth, ex-senador republicano e futuro embaixador na ONU (Organização das Nações Unidas), marcou o final de três dias das homenagens, em meio a grande pompa.
Reagan "acreditava que os Estados Unidos não eram apenas um lugar no mundo, mas a esperança do mundo", disse o presidente dos EUA, George W. Bush, que reivindica seu legado político.
"Reagan atuou para defender a liberdade em todos os lugares em que ela estava ameaçada", afirmou Bush, referindo-se à sua feroz luta contra o comunismo.
Thatcher
"Perdemos um grande presidente, um grande americano, um grande homem e eu perdi um grande amigo", disse a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, em mensagem gravada, devido ao seu delicado estado de saúde.
"Procurou curar o espírito ferido da América, restaurar a força do mundo livre e libertar os escravos do comunismo . Venceu a Guerra Fria, não apenas sem disparar um único tiro, como também convidando o inimigo a sair de sua fortaleza e transformando-o em amigo", afirmou Thatcher, sentada ao lado do ex-presidente soviético Mikhail Gorbatchov na catedral.
Sob a névoa e o chuva fina, uma solene procissão levou pela manhã o corpo de Reagan do Congresso americano à catedral.
O ex-presidente morreu no último dia 5 na Califórnia aos 93 anos, depois de uma década de batalha contra o mal de Alzheimer.
Os três filhos do ex-presidente, Michael, Patti e Ron, acompanharam Nancy, casada com Reagan há 52 anos. Sua filha Maureen morreu em 2001 de um tumor no cérebro.
O ex-primeiro-ministro do Canadá Brian Mulroney e o ex-presidente George Bush, visivelmente emocionado, fizeram o público rir ao lembrarem histórias engraçadas de Reagan.
"Espero que todos sejam republicanos", disse Reagan ferido a bala aos médicos que o atendiam, pouco depois de ter sido vítima de uma tentativa de assassinato em março de 1981, segundo Bush.
Na América Latina, Reagan é lembrado pelo apoio ilegal aos Contras, que lutavam contra o governo anti-sandinista da Nicarágua, como forma de contrabalançar a influência da extinta URSS na região. Quando foi preciso, apoiou até ditaduras brutais, como foi o caso em El Salvador e Guatemala.
Cuba
O governo cubano classificou nesta sexta-feira Reagan como "um adversário tenaz" e se absteve por enquanto de "emitir julgamentos críticos", em respeito a sua família.
Além de George Bush, outros três ex-chefes de Estado americanos, Bill Clinton, Jimmy Carter e Gerald Ford, também participaram do evento.
Esta é a primeira vez que se realiza uma funeral de Estado no país desde a morte do democrata Lyndon Johnson, em 1973.
Um esquema de segurança excepcional foi mobilizado para o dia em que foi decretado luto nacional. O governo federal e os mercados financeiros fecharam as portas.
Outros antigos e atuais líderes participaram do funeral, como o ex-presidente polonês Lech Walesa, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, o chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, o príncipe Charles, do Reino Unido, e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Entre segunda e sexta-feira, primeiro na Califórnia e depois em Washington, dezenas de milhares de americanos foram de todo o país para se despedir de Reagan, enfrentando horas de fila para se aproximar do seu caixão.
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