Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/06/2004 - 12h48

Milhões de europeus encerram eleição do novo Parlamento europeu

Publicidade

da France Presse, em Bruxelas

Milhões de cidadãos europeus começaram a votar hoje no quarto e último dia das eleições para o primeiro Parlamento do continente reunificado, que segundo os analistas devem concluir com grandes reveses para os governos e partidos no poder.

Dezenove dos 25 Estados membros da nova União Européia ampliada foram convocados simultaneamente para designar seus representantes na futura assembléia de Estrasburgo.

Um total de 350 milhões de eleitores escolherão 732 eurodeputados. O maior contingente corresponde à Alemanha (99 deputados), acima da França, Reino Unido e Itália (78 cada). Os conservadores do Partido Popular Europeu (PPE) são favoritos a conservar o grupo mais importante.

As últimas urnas serão lacradas às 17h (hora de Brasília) na Itália, Polônia e Eslováquia. Os primeiros resultados conjuntos serão conhecidos momentos depois.

A participação de eleitores ainda é uma das incógnitas desta eleição, ao término de campanhas dominadas pela defesa dos interesses nacionais.

Com exceção de Malta, a apatia parece ter dominado desde o início da maratona eleitoral na quinta-feira nos outros países que já votaram (Holanda, Reino Unido, Irlanda, República Tcheca, Letônia). Na República Tcheca, a abstenção foi de 71%.

Certamente, a Eurocopa-2004, que começou sábado, não ajudou a mudar a tendência.

Em Portugal, o país organizador da Eurocopa, ainda sob o traumatismo da derrota por 2-1 de sua seleção para a Grécia no jogo de abertura, no santuário de Fátima podiam ser vistos pequenos cartazes em seu recinto de orações, incitando os fiéis a comparecer às urnas.

Na França, a partida de hoje em Lisboa entre a seleção francesa de Zidane e a inglesa de Beckham é a grande concorrente da jornada eleitoral.

Numerosas personalidades públicas reiteraram seus apelos à mobilização na Polônia, onde os analistas temem uma abstenção superior a 70%.

Na Espanha, a hierarquia católica, que reclama uma referência ao cristianismo na futura Constituição da UE, pediu uma votação contra os socialistas "laicos" de José Luiz Rodríguez Zapatero, no poder, que superam a direita nas pesquisas.

Até agora, os dados disponíveis nos países onde a votação foi encerrada confirmam as previsões, quase em todas as partes, de reveses importantes para os partidos no governo e um avanço dos movimentos antieuropeus.

Na República Tcheca, as primeiras estimativas assinalam uma bofetada nos social-democratas do primeiro-ministro Vladimir Spidla, com 10% dos votos, sete pontos atrás dos comunistas nostálgicos da ex-URSS e em torno de 20 atrás da direita eurocética do chefe do Estado, Vaclav Klaus.

Na Letônia, os partidos no poder ficariam de lado no Parlamento Europeu, derrotados pela oposição de direita 'Mãe e Pátria'.

Na Irlanda, que preside atualmente a UE, o Fianna Fail, do primeiro-ministro Bertie Ahern, conservaria a liderança, mas daria sinais de retrocesso, assim como os democrata-cristãos de Jan Peter Balkenende na Holanda, que dirigirá a UE a partir de 1º de julho.

No Reino Unido, a derrota dos trabalhistas de Tony Blair nas eleições locais é um mau presságio para as européias. O ministro de Finanças, Gordon Brown, sucessor em potencial de Blair na direção trabalhista, reconheceu hoje o impacto que a política no Iraque teve na votação.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página