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16/06/2004
-
13h50
da Folha Online
Investigadores não encontraram nenhuma pista de que o Iraque tenha ajudado a rede terrorista Al Qaeda nas tentativas de atacar os Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira a comissão encarregada de investigar os ataques de 11 de setembro de 2001, derrubando justificativas usadas pelo governo dos EUA para iniciar a guerra no Iraque.
Em um relatório intitulado "Overview of the Enemy" (perfil do inimigo), a comissão apresentou a história detalhada da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, acusada de ser responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
O relatório da comissão afirmou que Bin Laden se reuniu com uma importante autoridade da inteligência iraquiana em 1994 e havia explorado a possibilidade de cooperação, mas os planos, aparentemente, nunca foram concretizados.
Nesta semana, o presidente dos EUA, George W. Bush, e o vice-presidente, Dick Cheney, reiteraram argumentos divulgados antes da guerra de que uma conexão do Iraque com a Al Qaeda representava uma ameaça inaceitável aos EUA.
O relatório, porém, afirmou: "Não temos pistas de que o Iraque e a Al Qaeda cooperaram em ataques contra os Estados Unidos".
"Não há pista convincente de que qualquer governo apoiou financeiramente a Al Qaeda antes do 11/9 --a não ser apoio limitado dado pela milícia Taleban depois que Bin Laden chegou pela primeira vez ao Afeganistão", declarou.
O relatório foi divulgado nos dois últimos dias das audiências públicas convocadas para discutir as finanças, o planejamento e a execução do 11 de Setembro. As audiências foram convocadas para avaliar como os EUA não conseguiram evitar o 11 de Setembro e o que podem fazer para aumentar a segurança.
O relatório contrasta com as declarações desta semana de Cheney, que disse que Saddam Hussein tinha "ligações antigas" com a Al Qaeda.
Na terça-feira, Bush saiu em defesa de Cheney e citou a presença no Iraque do militante islâmico Abu Musab al Zarqawi como a "maior evidência de uma conexão iraquiana com a Al Qaeda".
Embora Cheney e outras autoridades tenham insinuado uma possível colaboração do Iraque nos ataques de 11 de setembro, Bush reconheceu depois da guerra que não havia evidências de tal cooperação.
Um relatório preliminar da comissão descreve uma grande confusão no Pentágono no dia dos ataques, segundo o jornal "The New York Times". O texto afirmou que os procedimentos do Pentágono foram "inadequados sob todos os aspectos', e que autoridades despreparadas reagiram aos ataques com uma 'tentativa apressada de criar uma defesa improvisada", de acordo com o jornal.
Com agências internacionais
Especial
Veja o que já foi publicado sobre a investigação do 11 de Setembro
Leia mais sobre o Iraque ocupado
Comissão do 11/9 descarta ligação entre Al Qaeda e Iraque
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Investigadores não encontraram nenhuma pista de que o Iraque tenha ajudado a rede terrorista Al Qaeda nas tentativas de atacar os Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira a comissão encarregada de investigar os ataques de 11 de setembro de 2001, derrubando justificativas usadas pelo governo dos EUA para iniciar a guerra no Iraque.
Em um relatório intitulado "Overview of the Enemy" (perfil do inimigo), a comissão apresentou a história detalhada da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, acusada de ser responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
O relatório da comissão afirmou que Bin Laden se reuniu com uma importante autoridade da inteligência iraquiana em 1994 e havia explorado a possibilidade de cooperação, mas os planos, aparentemente, nunca foram concretizados.
Nesta semana, o presidente dos EUA, George W. Bush, e o vice-presidente, Dick Cheney, reiteraram argumentos divulgados antes da guerra de que uma conexão do Iraque com a Al Qaeda representava uma ameaça inaceitável aos EUA.
O relatório, porém, afirmou: "Não temos pistas de que o Iraque e a Al Qaeda cooperaram em ataques contra os Estados Unidos".
"Não há pista convincente de que qualquer governo apoiou financeiramente a Al Qaeda antes do 11/9 --a não ser apoio limitado dado pela milícia Taleban depois que Bin Laden chegou pela primeira vez ao Afeganistão", declarou.
O relatório foi divulgado nos dois últimos dias das audiências públicas convocadas para discutir as finanças, o planejamento e a execução do 11 de Setembro. As audiências foram convocadas para avaliar como os EUA não conseguiram evitar o 11 de Setembro e o que podem fazer para aumentar a segurança.
O relatório contrasta com as declarações desta semana de Cheney, que disse que Saddam Hussein tinha "ligações antigas" com a Al Qaeda.
Na terça-feira, Bush saiu em defesa de Cheney e citou a presença no Iraque do militante islâmico Abu Musab al Zarqawi como a "maior evidência de uma conexão iraquiana com a Al Qaeda".
Embora Cheney e outras autoridades tenham insinuado uma possível colaboração do Iraque nos ataques de 11 de setembro, Bush reconheceu depois da guerra que não havia evidências de tal cooperação.
Um relatório preliminar da comissão descreve uma grande confusão no Pentágono no dia dos ataques, segundo o jornal "The New York Times". O texto afirmou que os procedimentos do Pentágono foram "inadequados sob todos os aspectos', e que autoridades despreparadas reagiram aos ataques com uma 'tentativa apressada de criar uma defesa improvisada", de acordo com o jornal.
Com agências internacionais
Especial
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