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Sanções contra Irã não impedirão venda de mísseis, diz senador russo
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da Reuters, em Moscou
O chefe de uma comissão parlamentar de relações exteriores disse nesta sexta-feira que sanções contra o Irã, em discussão pelas potências mundiais, não impediriam a Rússia de entregar mísseis S-300 a Teerã.
Israel e os Estados Unidos pediram à Rússia que não seguisse em frente com o contrato de entregar os mísseis, ato que poderia atrapalhar qualquer ataque aéreo contra instalações iranianas. Diplomatas dizem que Moscou está disposto a manter o pedido de entrega como forma de barganhar com Teerã.
Perguntado se as sanções iriam bloquear a entrega dos S-300s, Mikhail Margelov, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Conselho Federal, disse: "O esboço não atingirá os atuais contratos entre Rússia e Irã", segundo a agência de notícias Interfax.
"Deve ser lembrado que a Rússia é uma vendedora responsável de seus produtos nos mercados estrangeiros e não estamos interessados na militarização do Oriente Médio."
A Rússia é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que aprovaram o esboço da resolução por uma nova rodada de sanções contra o Irã. O rascunho da resolução foi apresentado por Washington nas Nações Unidas na terça-feira.
Diplomatas nas Nações Unidas disseram nesta semana que as sanções sendo discutidas poderiam impedir a venda dos mísseis S-300.
Washington investiu considerável esforço diplomático para persuadir a Rússia e a China, também membro permanente do Conselho de Segurança, para que apoiassem sanções mais rígidas contra Teerã. Os dois países querem manter as relações comerciais com o Irã, importante produtor de energia.
Autoridades do Ocidente também estão preocupados com um projeto russo-iraniano para construir a primeira usina nuclear no Irã em Bushehr.
Uma autoridade russa disse na terça-feira que o primeiro reator da usina poderia começar operações em agosto.
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