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21/06/2004 - 13h34

Advogado quer Bush como testemunha em julgamento sobre Abu Ghraib

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da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, devem testemunhar no julgamento de um soldado americano acusado de ter torturado prisioneiros no Iraque, disse nesta segunda-feira o advogado do soldado.

Medidas adotadas na "guerra contra o terrorismo" liderada por Bush criaram uma atmosfera que encorajou a crueldade, afirmaram advogados de soldados americanos acusados de provocar humilhação sexual e abuso físico na prisão de Abu Ghraib, no Iraque.

As audiências que antecedem o julgamento foram realizadas nesta segunda-feira para os sargentos Charles Graner e Javal Davis.

"Ninguém pode sugerir que os policiais militares agiram sozinhos", afirmou Guy Womack, advogado de Graner, indiciado sob sete acusações.

"Eles estavam diretamente sob supervisão de autoridades da inteligência militar", afirmou.

Desrespeito

Paul Bergrin, advogado de Davis, disse que Bush e Rumsfeld desrespeitaram a Convenção de Genebra, encorajando os abusos em Abu Ghraib, conhecido centro de tortura durante o regime de Saddam Hussein.

AP
Policiais tiram fotos de prisioneiros de Abu Ghraib durante visita de familiares
Bergrin afirmou que Davis --acusado de pular sobre uma pilha de prisioneiros e de bater nas mãos deles-- recebeu ordens diárias para "amaciar" os prisioneiros iraquianos que seriam interrogados.

"Bush fez um discurso declarando a sua 'guerra contra o terrorismo' e dizendo que a Convenção de Genebra não se aplicava mais", disse.

Bergrin acusou Rumsfeld e outras autoridades dos EUA de tentar redefinir o conceito de tortura e de maus-tratos em uma campanha cujo objetivo seria influenciar os advogados do Departamento de Justiça.

Bergrin afirmou que pediria a intimação de Bush e Rumsfeld como testemunhas.

Na audiência desta segunda-feira, a corte militar encarregada de avaliar o caso concordou com o pedido do advogado de convocar para depor importantes generais americanos.

O caso foi detonado com a divulgação em todo o mundo de fotos nas quais soldados americanos aparecem torturando iraquianos detidos na prisão de Abu Ghraib.

Com agências internacionais

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