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22/05/2010 - 18h04

Na reta final de campanha, Colômbia mantém fortes medidas de segurança

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da Efe, em Bogotá (Colômbia)

A Colômbia se prepara neste sábado para o encerramento das campanhas para as eleições presidenciais de 30 de maio próximo, sob fortes medidas de segurança, que incluem mais de 350 mil militares e policiais. Com as pesquisas indicando empate técnico entre o governista Juan Manuel Santos e o candidato do Partido Verde, Antonio Mockus, os presidenciáveis correm contra o tempo para conquistar mais votos.

Neste domingo, serão celebrados os últimos comícios dos candidatos à Presidência para permitir uma semana de reflexão, na qual estará proibida a difusão de pesquisas de opinião e atos políticos em locais públicos.

Santos, candidato governista e ex-ministro da Defesa, realiza hoje um comício em Cali (sudoeste) para encerrar amanhã sua campanha na ilha caribenha Cartagena das Índias.

Por sua vez, Mockus cumpre hoje uma agenda privada e encerrará amanhã a campanha com um grande ato na Praça de Bolívar, no centro de Bogotá.

Favoritos para as eleições de 30 de maio, Santos e Mockus estão em empate técnico nas pesquisas de intenções de voto. Por isso, os dois devem concorrer a um provável segundo turno, no dia 20 de junho.

Para garantir a ordem nessa reta final, as autoridades mobilizaram 350 mil homens de segurança e tomaram medidas especiais para evitar ataques cibernéticos contra organismos do Estado e o suborno de mesários nos colégios eleitorais, uma prática de corrupção tradicional na Colômbia.

O ministro da Defesa, Gabriel Silva, alertou sobre um plano das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) no qual os rebeldes, disfarçados de policiais, cometeriam atentados terroristas no dia das eleições.

Esse plano seria executado nos departamentos de Huila e Caquetá (sul) supostamente por meio da facção Teófilo Forero, braço das Farc, um dos grupos guerrilheiros mais ativos.

Silva também advertiu sobre a possibilidade de um "ataque cibernético proveniente do exterior" para sabotar as eleições.

"Constatamos ações de hackers de outros países que pretendem não somente afetar o processo eleitoral, mas também a segurança informática do país", disse o ministro.

A Missão de Observação Eleitoral (MOE), uma ONG colombiana que acompanha e monitora as campanhas eleitorais, advertiu na sexta-feira que as guerrilhas e a intervenção política do Governo são fatores que podem afetar o pleito.

Essa advertência mostra que houve "uma maior ação bélica, em particular das Farc e o ELN (Exército de Libertação Nacional)' durante este processo eleitoral, segundo Claudia López, coordenadora do Observatório de Democracia da MOE.

Em seu relatório, a MOE também alertou sobre o perigo de intervenção política de funcionários do Governo e lembrou que o órgão do Estado responsável por coordenar as eleições criticou o presidente Álvaro Uribe por seus comentários em favor do candidato governista, Juan Manuel Santos.

A MOE e o Ministério da Defesa, que comanda as Forças Armadas e a a Polícia Nacional, concordaram que os maiores riscos para a segurança surgem dos departamentos de Cauca, Nariño, Putumayo e Chocó (todos no sudoeste), e Córdoba e Antioquia (noroeste).

Segundo a ONG, esses riscos aumentaram nas eleições legislativas de 14 de março.

Carlos Ariel Sánchez, responsável do órgão encarregado pelo registro de eleitores e pela organização das eleições, assinalou que as maiores irregularidades seriam o suborno de mesários e de eleitores. Por isso, "cerca de 17 mil mesas de votação estão em processo de revisão".

Aproximadamente 30 milhões de colombianos estão aptos a votar nas eleições de 30 de maio para escolher o sucessor de Uribe, que chegou ao poder com maioria absoluta em 2002 e foi reeleito em 2006.

 

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