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21/06/2004
-
16h43
da France Presse, em Londres
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, defendeu a nova Constituição européia no Parlamento, nesta segunda-feira, dizendo que ela acaba com os mitos perpetuados pelo "nacionalismo egoísta" dos céticos do país.
Diante dos parlamentares, Blair esboçou as linhas da longa e dura campanha para fazer com que os britânicos aprovem a Constituição por meio de um referendo. Se o referendo fosse votado hoje, pesquisas mostram que a Constituição seria rejeitada por pelo menos metade do eleitorado.
Blair argumenta que a União Européia (UE) é "a fórmula de maior sucesso que já foi inventada para regular as relações entre os países europeus", que estavam em guerra há 60 anos por causa de suas rivalidades.
Aqueles que se opõem à Constituição, disse Blair, são culpados de "um nacionalismo egoísta segundo o qual nenhum governo britânico jamais aderiu ou deveria ter aderido".
Uma leitura da Constituição, segundo ele, derruba os mitos de que, por exemplo, o Reino Unido perderá seu lugar no Conselho de Segurança da ONU ou de que Bruxelas (Bélgica) tomará conta do petróleo do mar do Norte.
"No fim, a palavra final será a do povo britânico", disse o primeiro-ministro. "Mas vamos argumentar que esta Constituição representa o êxito da nova Europa que vem se formando, o êxito do Reino Unido hoje. Eu a elogiei diante do Parlamento", acrescentou Blair.
Referendo
Blair está apostando seu futuro político na Constituição européia, depois de ter se curvado, em abril, aos pedidos dos conservadores e de outros "céticos" de colocá-la em votação.
Ainda não se sabe quando o referendo será realizado, embora analistas políticos acreditem que acontecerá depois das próximas eleições gerais, no primeiro semestre de 2005.
"Há uma data para o referendo. Terá que ser realizada até o fim de 2006", disse nesta segunda-feira o secretário de Relações Exteriores, Jack Straw.
O principal argumento dos conservadores, endossado por grande parte da imprensa britânica, é que a Constituição abre as portas para um "superestado" europeu, com a burocracia em Bruxelas controlando os Estados-membros.
O líder dos conservadores, Michael Howard, diz que a Constituição é "ruim para nossa democracia, ruim para os empregos e ruim para o país".
Howard critica planos para a existência de um ministro de Relações Exteriores da UE e de um promotor público, além do fim de vetos dos Estados-membros em 43 áreas. "Onde está o mito nisso?" pergunta Howard.
Fora do Parlamento, Blair ganhou apoio de seu rival dentro do partido trabalhista, Gordon Brown. Em entrevista à rádio BBC, Brown disse que o Reino Unido manteve o direito de veto em impostos.
"Nós ganhamos em relação a impostos, à política fiscal, ao orçamento, à natureza da governança econômica", disse Brown.
"Nós temos uma Europa que não está ficando de lado dos desafios globais, mas reconhecendo que as velhas políticas não serão eficientes no futuro", disse ele.
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre a Constituição européia
Blair defende Constituição européia no Parlamento britânico
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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, defendeu a nova Constituição européia no Parlamento, nesta segunda-feira, dizendo que ela acaba com os mitos perpetuados pelo "nacionalismo egoísta" dos céticos do país.
Diante dos parlamentares, Blair esboçou as linhas da longa e dura campanha para fazer com que os britânicos aprovem a Constituição por meio de um referendo. Se o referendo fosse votado hoje, pesquisas mostram que a Constituição seria rejeitada por pelo menos metade do eleitorado.
Blair argumenta que a União Européia (UE) é "a fórmula de maior sucesso que já foi inventada para regular as relações entre os países europeus", que estavam em guerra há 60 anos por causa de suas rivalidades.
Aqueles que se opõem à Constituição, disse Blair, são culpados de "um nacionalismo egoísta segundo o qual nenhum governo britânico jamais aderiu ou deveria ter aderido".
Uma leitura da Constituição, segundo ele, derruba os mitos de que, por exemplo, o Reino Unido perderá seu lugar no Conselho de Segurança da ONU ou de que Bruxelas (Bélgica) tomará conta do petróleo do mar do Norte.
"No fim, a palavra final será a do povo britânico", disse o primeiro-ministro. "Mas vamos argumentar que esta Constituição representa o êxito da nova Europa que vem se formando, o êxito do Reino Unido hoje. Eu a elogiei diante do Parlamento", acrescentou Blair.
Referendo
Blair está apostando seu futuro político na Constituição européia, depois de ter se curvado, em abril, aos pedidos dos conservadores e de outros "céticos" de colocá-la em votação.
Ainda não se sabe quando o referendo será realizado, embora analistas políticos acreditem que acontecerá depois das próximas eleições gerais, no primeiro semestre de 2005.
"Há uma data para o referendo. Terá que ser realizada até o fim de 2006", disse nesta segunda-feira o secretário de Relações Exteriores, Jack Straw.
O principal argumento dos conservadores, endossado por grande parte da imprensa britânica, é que a Constituição abre as portas para um "superestado" europeu, com a burocracia em Bruxelas controlando os Estados-membros.
O líder dos conservadores, Michael Howard, diz que a Constituição é "ruim para nossa democracia, ruim para os empregos e ruim para o país".
Howard critica planos para a existência de um ministro de Relações Exteriores da UE e de um promotor público, além do fim de vetos dos Estados-membros em 43 áreas. "Onde está o mito nisso?" pergunta Howard.
Fora do Parlamento, Blair ganhou apoio de seu rival dentro do partido trabalhista, Gordon Brown. Em entrevista à rádio BBC, Brown disse que o Reino Unido manteve o direito de veto em impostos.
"Nós ganhamos em relação a impostos, à política fiscal, ao orçamento, à natureza da governança econômica", disse Brown.
"Nós temos uma Europa que não está ficando de lado dos desafios globais, mas reconhecendo que as velhas políticas não serão eficientes no futuro", disse ele.
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