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01/07/2004 - 09h40

Decisão da Suprema Corte atrapalha planos de Sharon

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CHARLY WEGMAN
da France Presse, em Jerusalém

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, está irritado com a decisão da Suprema Corte israelense que determina mudanças em 30 km do traçado previsto para o muro de separação da Cisjordânia, por considerar que isso provocará um atraso de seis meses nas obras.

Sharon convocou os ministros israelenses da Defesa, Shaul Mofaz, e da Justiça, Joseph Lapid, para examinar as conseqüências do veredicto da Suprema Corte, que exige mudanças no traçado do muro ao norte de Jerusalém para preservar os direitos dos palestinos.

Apesar da decisão, as máquinas israelenses continuavam o trabalho nesta quinta-feira na região, perto de Abu Dis.

"Pensamos em terminar um trecho da barreira até perto do sul de Hebron antes do final do ano. Agora teremos um atraso de quase seis meses', afirmou o diretor-geral do Ministério da Defesa, Amos Yaron.

Decisão

Vários ministros, incluindo Danny Naveh (Saúde), Nathan Sharansky (sem pasta) e Zvulon Orlev (Bem-Estar Social), sugeriram que o governo ignore a decisão desta quarta-feira e mantenha o traçado previsto do muro "por motivos de segurança", promulgando uma lei a respeito.

Mas o Ministério da Defesa informou que pretende obedecer à decisão da principal instância jurídica do Estado.

Por outro lado, em mais uma operação do exército israelense em Rafah, sul da faixa de Gaza, um menino palestino de nove anos morreu ao ser atingido por disparos dos oficiais.

Omar Mohammed Abu Zreihan foi atingido no peito quando tanques israelenses abriram fogo com metralhadoras pesadas durante a incursão, que contou com a participação de 20 veículos blindados apoiados por helicópteros, segundo testemunhas.

Além disso, Ismail Nabhan, 26, militante do Movimento de Resistência Islâmica palestino (Hamas), faleceu nesta quinta-feira em decorrência dos ferimentos que sofreu na véspera durante uma operação dos soldados israelenses ao norte da faixa de Gaza, informou uma fonte médica.

O ativista foi atingido durante os tiroteios registrados nas proximidades de Khabaliya, região de Beit Hanun, onde o exército israelense executou uma importante ofensiva. Seu corpo foi entregue ao hospital nesta quinta-feira.

Foguetes Qassam

A operação de Israel tinha o objetivo de impedir os disparos de foguetes Qassam contra seu território. Dois israelenses, incluindo um menino de três anos, morreram na segunda-feira (28) em Sderot após o disparo de um desses foguetes.

O Exército israelense entrou na manhã desta quinta-feira na cidade palestina autônoma de Jericó (Cisjordânia), onde impôs o toque de recolher e bloqueou todos os acessos.

No campo diplomático, o ministro francês das Relações Exteriores, Michel Barnier, declarou que viajará dentro de algumas semanas a Israel, depois de sua recente visita ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat.

Barnier se reuniu na última terça-feira com Arafat, que não pôde sair de Ramallah (Cisjordânia). O governo de Sharon, que mantém Arafat isolado desde dezembro de 2001, se opôs à visita.

O chanceler francês reiterou que os europeus, e em particular a França, consideram que não há acordo possível sem Arafat.

O ministro das Relações Exteriores israelense, Silvan Shalom, viajará nesta sexta-feira (2) para os Estados Unidos para uma reunião com a conselheira de Segurança Nacional do presidente George W. Bush, Condoleezza Rice, e o secretário de Estado Colin Powell sobre o plano do país de separação unilateral dos palestinos.

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