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04/07/2004 - 10h14

Sharon quer terminar traçado de muro de separação

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da France Presse, em Jerusalém

O primeiro-ministro israelense Ariel Sharon está decidido a terminar o traçado do muro de separação na Cisjordânia, ante uma iminente opinião da Corte Internacional de Justiça (CIJ) em relação à obra.

Enquanto se discute a construção do muro, um colono judeu e dois palestinos morreram neste domingo em diversos atos de violência na Cisjordânia.

"A decisão da Suprema Corte (de Israel) sobre o muro de separação é uma importante resposta jurídica às mentiras apresentadas contra Israel na Corte Internacional de Justiça de Haia", disse Sharon ante seus ministros, à espera de que esta instância se pronuncie sexta-feira sobre a legitimidade do muro.

Segundo a emissora de rádio oficial, Sharon também pretende construir "o mais rapidamente possível" todos os trechos dessa barreira que não são objeto de queixas ante esta jurisdição israelense.

E considerou que o traçado corrigido da barreira ao norte de Jerusalém será fixado 'dentro de algumas semanas'.

Sharon se referia ao veredicto emitido quarta-feira passada pela Suprema Corte de Israel, ordenando a modificação em 30 km do traçado do muro ao norte de Jerusalém, para preservar os direitos de cerca de 35.000 palestinos que vivem nessa área.

Esta decisão não questiona o caráter da obra, que segundo o governo é destinada a proteger a segurança dos israelenses, e analisa somente a necessidade de garantir na medida do possível os direitos fundamentais dos palestinos prejudicados.

Israel afirma que está construindo esta "barreira antiterrorista" para impedir a infiltração de camicases, mas os palestinos lhe deram o nome de "o muro do apartheid", destinado a anexar uma parte de seu território, já que entra em alguns setores profundamente na Cisjordânia e impede a criação de um Estado palestino viável.

Violência

Um colono judeu morreu este domingo em um ataque palestino no norte da Cisjordânia, poucas horas depois que soldados israelenses mataram um palestino nesse setor, segundo um porta-voz do exército.

"O israelense, um habitante de uma colônia do norte da Cisjordânia, foi atingido quando circulava em seu automóvel nos arredores da localidade palestina de Kfar Yabed, pouco distante das colônias de Mevo Dotan e Shaked", disse um porta-voz.

Um membro das Brigadas dos Mártires de Al Aksa reivindicou em um telefonema à France Presse a responsabilidade deste ataque em nome de um grupo armado vinculado ao movimento Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Iasser Arafat.

Um palestino que transportava trabalhadores clandestinos foi atingido no domingo pelos disparos de guardas fronteiriços em um subúrbio de Jerusalém Leste.

Segundo um comunicado policial, o palestino de 22 anos dirigia um veículo que transportava cerca de 10 trabalhadores clandestinos quando os guardas fronteiriços em trajes civis lhe ordenaram que parasse e fizeram disparos de advertência. Não sendo atendidos, dispararam contra o motorista, que tentou fugir a pé, sendo levado em seguida a um hospital nas proximidades, onde morreu.

Segundo uma fonte israelense, a colônia de Gadid, na Faixa de Gaza, e a cidade de Sderot, no sul de Israel, foram alvo este domingo de manhã de três foguetes palestinos Qassam, de fabricação artesanal, que não feriram ninguém.

Especial
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