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07/07/2004 - 04h53

Grupos de apoio ao terrorismo recrutam na Tríplice Fronteira

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da France Presse, em Puerto Iguazu (Argentina)

Grupos de apoio ao terrorismo estão recrutando efetivos e arrecadando fundos na zona da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, denunciou nesta terça-feira diretor do Centro antinazista Wiesenthal, Shimon Samuels, por ocasião da 26ª Cúpula do Mercosul.

"Há grupos que estão ativos. Estão recrutando e arrecadando fundos para (as organizações) Hizbollah e Hamas. Os governos limítrofes não fazem nada para impedi-los", disse Samuels.

O funcionário da organização antinazista disse que "conta-se com nomes de pessoas que estão envolvidas ou são suspeitas de ter participado dos atentados contra a embaixada de Israel e a Amia" (Associação Mutual Israelita-Argentina).

Os dois ataques produziram um balanço global de 107 mortos e cerca de 500 feridos, sem que a Justiça argentina tenha podido estabelecer qualquer pista firme para acusar os responsáveis.

"É importante ter um consenso em nível latino-americano neste tema, quando estamos há dez anos do atentado contra a Amia", disse Samuels, diretor das Relações Internacionais do Centro.

Ele revelou também ter transmitido sua preocupação ao chanceler uruguaio, Didier Opertti, que manifestou o interesse de Montevidéu de apoiar os esforços antiterroristas.

"Apresentamos nossa iniciativa de declarar os (ataques) terroristas suicidas crime contra a humanidade. Fizemos isso com o Uruguai e o faremos na quarta-feira com a Argentina, Bolívia e Paraguai. Estamos tramitando o mesmo com o Brasil e o Chile", ressaltou.

A Tríplice Fronteira inclui as cidades de Puerto Iguazú (Argentina), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai), onde se investigou a suposta existência de células terroristas adormecidas ou ativas, mas sem resultado.

O Centro Simon Wiesenthal é uma organização judaica internacional de direitos humanos com mais de 400.000 membros no mundo todo. Tem status de ONG nas Nações Unidas, na Organização para a Segurança e a Cooperação da Europa e no Conselho da Europa.

A visita de Samuels acontece dentro de uma campanha global para que o terrorismo suicida seja considerado "um crime contra a humanidade".

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