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11/07/2004 - 14h36

Nos EUA, democratas apresentam programa de governo

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da France Presse, nos EUA

Uma comissão do Partido Democrata norte-americano aprovou um projeto de programa de governo visando às eleições presidenciais de 2 de novembro, no qual condena a guerra contra o Iraque, ainda que preveja a permanência das tropas no país.

Outro ponto importante do programa se refere à uma nova política de viagens de residentes nos Estados Unidos a Cuba, que tem como destaque a importância da unidade familiar e o contato entre pessoas.

No dia 30 de junho, por decisão do presidente republicano George W. Bush entrou em vigor um endurecimento do embargo dos Estados Unidos contra Cuba, constando, entre as medidas, uma nova limitação das viagens à ilha, que passou de uma por ano a uma a cada três anos; também foram limitadas as remessas de dinheiro, permitidas agora somente a familiares diretos. A decisão representou um verdadeiro golpe emocional entre os cubanos exilados nos Estados Unidos, fervorosos opositores a Castro, mas principalmente apegados a suas famílias e a seus próximos que ainda moram na ilha comunista.

Com estas medidas de endurecimento do embargo contra Havana, a quatro meses da eleição presidencial americana do dia 2 de novembro, Bush poderia perder parte do apoio dos cubanos-americanos, que o ajudaram a vencer as eleições de 2000.

"As pesquisas mostram que a maioria dos cubanos-americanos quer viajar a Cuba", alertou Alvaro Fernandez, da Comissão Cubano-americana pelo Direito das Famílias.

O jornalista e líder anticastrista Carlos Alberto Montaner afirmou em Madri que "a limitação das viagens dos exilados ou dos envios de remessas às famílias constitui um erro".

"Bush perderá parte do apoio cubano nas eleições de novembro. Se em 2000 ele somou 80%, agora obterá apenas 60% dos votos cubanos", previu.

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, John Kerry, já havia anunciado querer elaborar uma estratégia junto à América Latina para acabar com o regime cubano, rompendo com a atual política que "castiga" os cubanos da Flórida, anunciou durante a semana sua equipe de campanha.

Caso vença as eleições de novembro, o senador Kerry declarou que dará um enfoque ao tratamento dos problemas em relação a Cuba similar ao que adotará em outras questões internacionais, explicou José Villareal, co-presidente nacional da campanha democrata.

"Isso consiste em convidar a comunidade internacional, principalmente os países que se encontram ao sul de nossa fronteira, os latino-americanos, para tentar elaborar uma estratégia que acabe de uma vez por todas coma ditadura em Cuba", disse.

O documento democrata --que dedica metade de suas 35 páginas ao tema da segurança nacional-- foi aprovado por ampla maioria neste sábado. Agora, ele será submetido à convenção partidária, que será realizada em Boston, de 26 a 29 de julho.

O programa democrata também conclui que o governo de George W. Bush "exagerou" na forma negativa ao tratar a questão do Iraque, "particularmente a respeito das armas de destruição em massa e da relação entre o governo de Saddam Hussein e a rede Al Qaeda".

Muitos democratas foram contra a invasão do Iraque. Porém, tanto o candidato à presidência, o senador John Kerry, como o candidato a vice, John Edwards, votaram a favor da guerra no fim de 2002.

O programa afirma que Estados Unidos "não podem permitir uma situação de debilidade no Iraque, que inevitavelmente transformaria o país num refúgio de terroristas e num fator de desestabilização no Oriente Médio".

Por isso, os democratas planejam somar outros 40.000 homens ao exército americano e duplicar o tamanho das unidades das Forças Especiais, dedicadas a conflitos não convencionais e operações antiterroristas.

"Os democratas vão às eleições confiantes em ganhar o debate sobre quem dará segurança aos americanos", disse o presidente da Comissão Nacional Democrata, Terry McAuliffe.

O projeto de programa de governo apresenta também um forte conteúdo pró-israelense: "Israel tem o direito de manter sua segurança nacional".

Outros pontos mencionam o aborto como direito das mulheres e a ampliação dos programas de saúde infantil.

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