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12/07/2004
-
13h16
da Folha Online
Autoridades austríacas disseram nesta segunda-feira que descobriram uma grande quantidade de imagens de pornografia infantil e fotos de jovens padres fazendo sexo em um seminário da Igreja Católica. Escandalizados, austríacos exortaram um inquérito criminal e a renúncia do bispo responsável pela diocese.
Líderes da diocese católica de St. Poelten, cerca de 80 km a oeste de Viena, onde está localizado o seminário, passaram a maior parte do dia em reuniões de emergência.
Políticos e líderes católicos pediram a remoção do bispo Kurt Krenn, 68, responsável pela diocese. Krenn deixou muitas pessoas chocadas ao afirmar que as imagens eram "travessuras infantis" e ao se recusar a renunciar.
O diretor do seminário, Ulrich Kuechl, e seu vice, Wolfgang Rothe, renunciaram depois da reunião.
40 mil fotos
Cerca de 40 mil fotos e diversos filmes, incluindo material de pornografia infantil, foram encontrados há um ano em computadores no seminário, segundo a revista "Profil".
A revista publicou diversas imagens que supostamente mostram jovens padres e seus instrutores se beijando e se acariciando. Segundo a "Profil", outras fotos mostram cenas de orgias e jogos sexuais. A maioria das imagens de pornografia infantil vem de sites com base na Polônia, declarou a revista.
Hannes Jarolim, porta-voz do Partido Socialista, de oposição, exortou nesta segunda-feira o Ministério do Interior a iniciar uma investigação criminal. O promotor público Walter Nemec afirmou que a polícia local estava examinando o material, que, segundo ele, mostrava seminaristas "em situações perversas com seus superiores".
A Conferência dos Bispos da Áustria divulgou um comunicado prometendo uma investigação interna completa e rápida.
"Qualquer coisa que tenha a ver com a prática de homossexualidade ou pornografia não tem lugar em um seminário de padres", declarou.
O bispo Krenn afirmou à TV austríaca que tinha visto fotos de líderes do seminário em "situação de sexo" com estudantes, mas ele descreveu as imagens como parte de uma "travessura que não tinha nada da ver com homossexualidade".
A declaração do bispo provocou duras críticas na Áustria.
"Colecionar pornografia infantil não pode ser considerado travessura", afirmou Thomas Huber, do Partido Verde.
Renúncia
Em meados da década de 1990, a Áustria foi atingida por declarações de que o cardeal Hans Hermann Groer, que morreu no ano passado, tinha molestado estudantes em uma escola católica duas décadas antes. O caso provocou a renúncia de Groer.
Um grupo de autoridades da diocese de St. Poelten planejava pedir ao Vaticano para remover Krenn como bispo, afirmou nesta segunda-feira uma rádio austríaca.
Martin Walchhofer, que supervisiona seminários austríacos, afirmou que Krenn era, no final das contas, o responsável e "deveria responder à igreja e a Deus por tudo isso".
Questionado se pretendia renunciar, Krenn afirmou: "Não".
O Vaticano afirmou que não tinha comentários sobre o caso.
Com agências internacionais
Especial
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre pedofilia
Polícia acha fotos de padres fazendo sexo em seminário na Áustria
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Autoridades austríacas disseram nesta segunda-feira que descobriram uma grande quantidade de imagens de pornografia infantil e fotos de jovens padres fazendo sexo em um seminário da Igreja Católica. Escandalizados, austríacos exortaram um inquérito criminal e a renúncia do bispo responsável pela diocese.
Líderes da diocese católica de St. Poelten, cerca de 80 km a oeste de Viena, onde está localizado o seminário, passaram a maior parte do dia em reuniões de emergência.
Políticos e líderes católicos pediram a remoção do bispo Kurt Krenn, 68, responsável pela diocese. Krenn deixou muitas pessoas chocadas ao afirmar que as imagens eram "travessuras infantis" e ao se recusar a renunciar.
O diretor do seminário, Ulrich Kuechl, e seu vice, Wolfgang Rothe, renunciaram depois da reunião.
40 mil fotos
Cerca de 40 mil fotos e diversos filmes, incluindo material de pornografia infantil, foram encontrados há um ano em computadores no seminário, segundo a revista "Profil".
A revista publicou diversas imagens que supostamente mostram jovens padres e seus instrutores se beijando e se acariciando. Segundo a "Profil", outras fotos mostram cenas de orgias e jogos sexuais. A maioria das imagens de pornografia infantil vem de sites com base na Polônia, declarou a revista.
Hannes Jarolim, porta-voz do Partido Socialista, de oposição, exortou nesta segunda-feira o Ministério do Interior a iniciar uma investigação criminal. O promotor público Walter Nemec afirmou que a polícia local estava examinando o material, que, segundo ele, mostrava seminaristas "em situações perversas com seus superiores".
A Conferência dos Bispos da Áustria divulgou um comunicado prometendo uma investigação interna completa e rápida.
"Qualquer coisa que tenha a ver com a prática de homossexualidade ou pornografia não tem lugar em um seminário de padres", declarou.
O bispo Krenn afirmou à TV austríaca que tinha visto fotos de líderes do seminário em "situação de sexo" com estudantes, mas ele descreveu as imagens como parte de uma "travessura que não tinha nada da ver com homossexualidade".
A declaração do bispo provocou duras críticas na Áustria.
"Colecionar pornografia infantil não pode ser considerado travessura", afirmou Thomas Huber, do Partido Verde.
Renúncia
Em meados da década de 1990, a Áustria foi atingida por declarações de que o cardeal Hans Hermann Groer, que morreu no ano passado, tinha molestado estudantes em uma escola católica duas décadas antes. O caso provocou a renúncia de Groer.
Um grupo de autoridades da diocese de St. Poelten planejava pedir ao Vaticano para remover Krenn como bispo, afirmou nesta segunda-feira uma rádio austríaca.
Martin Walchhofer, que supervisiona seminários austríacos, afirmou que Krenn era, no final das contas, o responsável e "deveria responder à igreja e a Deus por tudo isso".
Questionado se pretendia renunciar, Krenn afirmou: "Não".
O Vaticano afirmou que não tinha comentários sobre o caso.
Com agências internacionais
Especial
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