Publicidade
Publicidade
16/07/2004
-
10h51
MARIUS SCHATTNER
da France Presse, em Jerusalém
Israel se encontra novamente nesta sexta-feira no banco dos réus na ONU (Organização das Nações Unidas) depois da decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que considerou "ilegal" o "muro de proteção" que está construindo na Cisjordânia.
Sobre a questão palestina, o primeiro-ministro Ariel Sharon advertiu que Israel não poderá manter seu caráter "judeu e democrático" se continuar na faixa de Gaza, informou nesta sexta-feira a rádio israelense.
"Não poderemos manter o caráter judeu e democrático do Estado se continuarmos reinando sobre 1 milhão de palestinos da faixa de Gaza", declarou ontem Sharon num discurso na Escola de Guerra.
É a primeira vez que Sharon apresenta de forma pública e tão direta este argumento, utilizado geralmente pela oposição trabalhista, para justificar seu "plano de separação" dos palestinos.
Minoria
Segundo as projeções demográficas, os judeus, que são atualmente 5,2 milhões, serão a minoria até o final desta década no território que inclui Israel, Cisjordânia e a faixa de Gaza.
Sharon destacou que para conservar as colônias na Cisjordânia, Israel terá que renunciar às da faixa de Gaza, de acordo com seu plano de retirada de Gaza, que prevê o desmantelamento de suas 21 colônias até o final de 2005.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Dan Guillerman, afirmou nesta sexta-feira que terá uma 'dura batalha' na ONU contra a decisão da CIJ.
"Nós travaremos uma dura batalha contra a maioria imoral que na Assembléia Geral têm os países árabes e muçulmanos, bem como certo número de Estados não democráticos", declarou o embaixador à rádio estatal.
'Trataremos de obter um apoio da minoria moral para nos opor à resolução que quer obrigar Israel a se submeter à decisão da CIJ", acrescentou.
"Minoria moral"
Segundo Guillerman, esta "minoria moral" está constituída fundamentalmente pelos países europeus que não votaram em dezembro passado a favor de uma consulta à CIJ sobre esta barreira.
A Jordânia, em nome dos países árabes membros da ONU, convocou uma reunião da Assembléia Geral.
A CIJ, principal organismo jurídico das Nações Unidas, determinou no dia 9 de julho que a barreira de separação é ilegal, pedindo também seu desmantelamento e o pagamento de indenizações aos palestinos prejudicados por sua construção.
"O Estado de Israel rejeita totalmente a decisão da CIJ. É uma posição unilateral e na qual só há considerações políticas', afirmou o primeiro-ministro israelense no domingo (11).
"Esta decisão ignora totalmente a razão da construção da barreira de segurança, que é o terrorismo palestino", acrescentou.
As autoridades palestinas destacam por sua parte os graves danos gerados à população palestina por este muro e acusam Israel de isolá-los desta forma numa série de guetos.
Violência
Em relação ao conflito entre os dois lados, o Exército israelense matou na noite de ontem, em Hebron (sul da Cisjordânia), um chefe local grupo terrorista palestino Hamas, informaram fontes de segurança palestinas.
Malek Naser Eddin, 35, morreu numa casa na qual estava escondido.
O Exército israelense confirmou que tinha "abatido um ativista do Hamas procurado".
Com esta morte, o número de mortos desde o início da Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense), em setembro de 2000, chega a 4.109, entre os quais 3.183 palestinos e 926 israelenses.
Especial
Saiba mais sobre o conflito no Oriente Médio
Arquivo: veja o que já foi publicado sobre o julgamento do CIJ ao "muro de proteção"
Israel volta ao banco dos réus na ONU hoje
Publicidade
da France Presse, em Jerusalém
Israel se encontra novamente nesta sexta-feira no banco dos réus na ONU (Organização das Nações Unidas) depois da decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que considerou "ilegal" o "muro de proteção" que está construindo na Cisjordânia.
Sobre a questão palestina, o primeiro-ministro Ariel Sharon advertiu que Israel não poderá manter seu caráter "judeu e democrático" se continuar na faixa de Gaza, informou nesta sexta-feira a rádio israelense.
"Não poderemos manter o caráter judeu e democrático do Estado se continuarmos reinando sobre 1 milhão de palestinos da faixa de Gaza", declarou ontem Sharon num discurso na Escola de Guerra.
É a primeira vez que Sharon apresenta de forma pública e tão direta este argumento, utilizado geralmente pela oposição trabalhista, para justificar seu "plano de separação" dos palestinos.
Minoria
Segundo as projeções demográficas, os judeus, que são atualmente 5,2 milhões, serão a minoria até o final desta década no território que inclui Israel, Cisjordânia e a faixa de Gaza.
Sharon destacou que para conservar as colônias na Cisjordânia, Israel terá que renunciar às da faixa de Gaza, de acordo com seu plano de retirada de Gaza, que prevê o desmantelamento de suas 21 colônias até o final de 2005.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Dan Guillerman, afirmou nesta sexta-feira que terá uma 'dura batalha' na ONU contra a decisão da CIJ.
"Nós travaremos uma dura batalha contra a maioria imoral que na Assembléia Geral têm os países árabes e muçulmanos, bem como certo número de Estados não democráticos", declarou o embaixador à rádio estatal.
'Trataremos de obter um apoio da minoria moral para nos opor à resolução que quer obrigar Israel a se submeter à decisão da CIJ", acrescentou.
"Minoria moral"
Segundo Guillerman, esta "minoria moral" está constituída fundamentalmente pelos países europeus que não votaram em dezembro passado a favor de uma consulta à CIJ sobre esta barreira.
A Jordânia, em nome dos países árabes membros da ONU, convocou uma reunião da Assembléia Geral.
A CIJ, principal organismo jurídico das Nações Unidas, determinou no dia 9 de julho que a barreira de separação é ilegal, pedindo também seu desmantelamento e o pagamento de indenizações aos palestinos prejudicados por sua construção.
"O Estado de Israel rejeita totalmente a decisão da CIJ. É uma posição unilateral e na qual só há considerações políticas', afirmou o primeiro-ministro israelense no domingo (11).
"Esta decisão ignora totalmente a razão da construção da barreira de segurança, que é o terrorismo palestino", acrescentou.
As autoridades palestinas destacam por sua parte os graves danos gerados à população palestina por este muro e acusam Israel de isolá-los desta forma numa série de guetos.
Violência
Em relação ao conflito entre os dois lados, o Exército israelense matou na noite de ontem, em Hebron (sul da Cisjordânia), um chefe local grupo terrorista palestino Hamas, informaram fontes de segurança palestinas.
Malek Naser Eddin, 35, morreu numa casa na qual estava escondido.
O Exército israelense confirmou que tinha "abatido um ativista do Hamas procurado".
Com esta morte, o número de mortos desde o início da Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense), em setembro de 2000, chega a 4.109, entre os quais 3.183 palestinos e 926 israelenses.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice