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20/07/2004 - 14h21

Grupo de Zarqawi lança ameaça ao Japão depois desmente notícia

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da Folha Online

Dois comunicados atribuídos a um grupo ligado ao terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi [suposto "braço direito" de Osama bin Laden] geraram notícias contraditórias nesta terça-feira.

Em um deles, o grupo teria avisado ao Japão que vários ataques esperam pelas tropas japonesas se o país não se retirar do Iraque. Logo em seguida, outro comunicado dizia que o grupo estava "suspreso" com a ameaça feita contra o Japão que lhes foi atribuída. A autenticidade de nenhumas das mensagens pôde ser confirmada.

"Para corrigir o engano, queremos esclarecer aos muçulmanos e aos mujahedin que o comunicado atribuído ao [nosso] grupo nos causou surpresa e espanto", dizia o segundo texto, divulgado em um site na internet.

No primeiro comunicado, também divulgado pela internet, o grupo militante ligado à Al Zarqawi avisou ao Japão que vários carros-bomba esperam pelas tropas japonesas se o país não seguir o exemplo das Filipinas e se retirar do Iraque.

"O governo do Japão que o que as Filipinas fizeram.(...) Ninguém irá protegê-los e nós não iremos tolerar ninguém", disse um comunicado assinado pela Brigada Khalid bin al Waleed, braço militar do grupo de Al Zarqawi, o Jamaat al Tawhid e Jihad.

"Filas de carros carregados de explosivos estão esperando por vocês, nós não iremos parar", diz o comunicado. "Vocês não vieram apoiar os iraquianos, mas, sim, proteger os americanos. O destino de vocês será o mesmo que o deles", disse.

Contingente japonês

O Japão despachou cerca de 500 homens ao sul do Iraque para ajudar na reconstrução de escolas locais e no fornecimento de medicamentos e água limpa. A missão militar, que começou neste ano, é controversa no Japão.

Em abril, o país se recusou a retirar suas tropas do Iraque após três japoneses serem capturados e mantidos como reféns por rebeldes iraquianos. Os três civis foram soltos depois.

Porém, as Filipinas atenderam às exigências dos seqüestradores, retirando seu contingente militar formado por 51 soldados, após o caminhoneiro filipino Angelo de la Cruz, 46, ter sido capturado por terroristas.

De la Cruz foi libertado nesta terça-feira, um dia após seu país completar a retirada das tropas.

Os governos dos EUA e do Iraque criticaram a retirada filipina, dizendo que ela poderia encorajar os terroristas.

Alerta

O comunicado do grupo ligado a Al Zarqawi também avisou os países árabes para que não enviem tropas ao Iraque, citando Jordânia, Irã e Turquia, entre outros.

"Nós estamos avisando pela última vez: iremos golpear com 'mão de ferro' todos aqueles que apoiarem os americanos ou [o primeiro-ministro interino iraquiano, Iyad] Allawi ou seus colegas". No domingo (18), Al Zarqawi ofereceu uma recompensa de US$ 280 mil pela "cabeça" de Allawi.

Falando aos soldados dos governos islâmicos e árabes, o texto dizia: "nós pedimos para vocês desobedecerem, caso recebam ordens para ir ao Iraque".

O Tawhid e Jihad, considerado um dos grupos anticoalizão mais perigosos do Iraque, assumiu a responsabilidade por ataques contra as tropas americanas, contra a polícia iraquiana e contra as forças de segurança. Ele assumiu também a decapitação de três reféns estrangeiros no país, o americano Nicholas Berg, o sul-coreano Kim Sun Il e o búlgaro Georgi Lazov.

Em outubro passado, Washington ofereceu US$ 5 milhões por informações que levassem à prisão ou a condenação de Al Zarqawi. Em fevereiro, aumentou a recompensa para US$ 10 milhões. No início deste mês, os EUA elevaram para US$ 25 milhões a recompensa.

Com agências internacionais

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