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22/07/2004
-
17h24
da Folha Online
Uma investigação feita pelo Exército americano encontrou um total de 94 casos confirmados de abusos de prisioneiros cometidos por soldados americanos no Iraque e no Afeganistão desde outubro de 2001, afirmou nesta quinta-feira o inspetor-geral do Exército, tenente-general Paul T. Mikolashek, segundo o jornal "Washington Post".
Apesar do alto número de abusos encontrados --maior do que todas as estimativas prévias dadas pelos oficiais do Pentágono até então--, o relatório, divulgado parcialmente nesta quinta-feira em uma audiência no Senado, concluiu que os abusos foram resultados de atos individuais de indisciplina, e não de um problema sistêmico.
De acordo com o jornal, o relatório apontou 125 casos de supostos abusos no período de 1º de outubro de 2001 até 9 de junho deste ano. Desses, 94 foram confirmados. Até o momento, o Departamento de Defesa dos EUA havia se recusado a dar o número total de supostos abusos.
A investigação do Exército, ordenada em 10 de fevereiro, após os supostos maus-tratos cometidos na prisão de Abu Ghraib (perto da capital iraquiana, Bagdá) chamarem a atenção dos altos oficiais do Exército em Washington, concluiu que o abuso era "facilitado" por oficiais que não seguiam procedimentos adequados.
Contradição
No entanto, em contradição com seus próprias conclusões, o documento do Exército também cita um relatório de fevereiro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que supõe que "métodos de tratamento maldoso" eram "usados de maneira sistemática" pelos militares americanos no Iraque.
O senador John Warner (republicano), presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, que pressionou para saber os resultados do relatório por várias semanas, convocou uma audiência de última hora no Senado nesta quinta-feira para saber as conclusões do Exército.
Este relatório do Exército seria a análise mais abrangente dos abusos que causaram choque tanto no mundo árabe quanto nos Estados Unidos.
O relatório ainda afirma que desde outubro de 2001, os EUA prenderam mais de 50 mil prisioneiros no Afeganistão e no Iraque, um número nunca antes divulgado.
Com Associated Press e jornal "Washington Post"
Especial
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Exército aponta 94 casos de abusos no Iraque e Afeganistão
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Uma investigação feita pelo Exército americano encontrou um total de 94 casos confirmados de abusos de prisioneiros cometidos por soldados americanos no Iraque e no Afeganistão desde outubro de 2001, afirmou nesta quinta-feira o inspetor-geral do Exército, tenente-general Paul T. Mikolashek, segundo o jornal "Washington Post".
Apesar do alto número de abusos encontrados --maior do que todas as estimativas prévias dadas pelos oficiais do Pentágono até então--, o relatório, divulgado parcialmente nesta quinta-feira em uma audiência no Senado, concluiu que os abusos foram resultados de atos individuais de indisciplina, e não de um problema sistêmico.
De acordo com o jornal, o relatório apontou 125 casos de supostos abusos no período de 1º de outubro de 2001 até 9 de junho deste ano. Desses, 94 foram confirmados. Até o momento, o Departamento de Defesa dos EUA havia se recusado a dar o número total de supostos abusos.
A investigação do Exército, ordenada em 10 de fevereiro, após os supostos maus-tratos cometidos na prisão de Abu Ghraib (perto da capital iraquiana, Bagdá) chamarem a atenção dos altos oficiais do Exército em Washington, concluiu que o abuso era "facilitado" por oficiais que não seguiam procedimentos adequados.
Contradição
No entanto, em contradição com seus próprias conclusões, o documento do Exército também cita um relatório de fevereiro do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que supõe que "métodos de tratamento maldoso" eram "usados de maneira sistemática" pelos militares americanos no Iraque.
O senador John Warner (republicano), presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, que pressionou para saber os resultados do relatório por várias semanas, convocou uma audiência de última hora no Senado nesta quinta-feira para saber as conclusões do Exército.
Este relatório do Exército seria a análise mais abrangente dos abusos que causaram choque tanto no mundo árabe quanto nos Estados Unidos.
O relatório ainda afirma que desde outubro de 2001, os EUA prenderam mais de 50 mil prisioneiros no Afeganistão e no Iraque, um número nunca antes divulgado.
Com Associated Press e jornal "Washington Post"
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