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25/07/2004
-
08h00
da France Presse, em Washington
Embora tenham perdido audiência e sejam atualmente menos atraentes, as convenções dos grandes partidos americanos ainda podem exercer muita influência no andamento da campanha presidencial dos Estados Unidos.
Antes, as convenções eram centro de discussões acaloradas, sempre realizadas em salas cheias das fumaças dos cigarros dos políticos, que analisavam a fundo o futuro do país e elaboravam as frenéticas manobras que marcaram a história política do país.
Também é pouco provável, hoje, que as convenções atuais elejam um candidato inesperado, que estremeça o Partido, como aconteceu em 1844 com o democrata James Polk em sua corrida rumo à Casa Branca.
TV
Mas os tempos são outros. Os canais de televisão transmitirão apenas uma hora por noite as convenções do Partido Democrata este ano.
Além disso, com as nomeações virtualmente saídas da série de disputas nos estados, as convenções dos partidos serão bem menos coloridas e se parecerão mais com uma cerimônia de coroação cuidadosa orquestrada.
Os candidatos à presidência elegem eles mesmos seus companheiros de chapa e, na maioria das vezes, praticamente definem as linhas das plataformas partidárias.
A última convenção autêntica remonta a 1976, quando o então presidente Gerald Ford (1974-1977) enfrentou Ronald Reagan (1981-1989) pela nomeação republicana.
Mas se as convenções de hoje já não são tão acaloradas e não criam tanta expectativa como antes, desempenham ainda um papel importante em cada partido esculpindo a imagem de seus candidatos e suas mensagens de campanha, segundo analistas.
Discursos
Tom Patterson, professor de "Relação do Governo com a Imprensa" da Kennedy School da Universidade de Harvard, afirmou que a exposição nacional do discurso final pode ser crucial para as oportunidades do candidato na campanha.
"Em uma era de dez segundos de televisão e 30 segundos de comerciais, poder falar sem interrupção por 45, 60 minutos ao público americano, é único. É uma oportunidade rara", afirmou.
As convenções também são uma oportunidade para ambos partidos de monopolizar a atenção de um país, em algo que o especialista Stephen Hess, do Instituto Brookings, denominou de "a maior democracia industrial não política do mundo".
Em 1992, o setor conservador do Partido Republicano monopolizou a convenção partidária em Houston, Texas, com uma estridente mensagem de direita que aterrorizou os moderados e ajudou, em definitivo, a colocar Bill Clinton (1993-2001) na Casa Branca.
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Pouco atraentes, convenções dos EUA ainda podem ser importantes
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Embora tenham perdido audiência e sejam atualmente menos atraentes, as convenções dos grandes partidos americanos ainda podem exercer muita influência no andamento da campanha presidencial dos Estados Unidos.
Antes, as convenções eram centro de discussões acaloradas, sempre realizadas em salas cheias das fumaças dos cigarros dos políticos, que analisavam a fundo o futuro do país e elaboravam as frenéticas manobras que marcaram a história política do país.
Também é pouco provável, hoje, que as convenções atuais elejam um candidato inesperado, que estremeça o Partido, como aconteceu em 1844 com o democrata James Polk em sua corrida rumo à Casa Branca.
TV
Mas os tempos são outros. Os canais de televisão transmitirão apenas uma hora por noite as convenções do Partido Democrata este ano.
Além disso, com as nomeações virtualmente saídas da série de disputas nos estados, as convenções dos partidos serão bem menos coloridas e se parecerão mais com uma cerimônia de coroação cuidadosa orquestrada.
Os candidatos à presidência elegem eles mesmos seus companheiros de chapa e, na maioria das vezes, praticamente definem as linhas das plataformas partidárias.
A última convenção autêntica remonta a 1976, quando o então presidente Gerald Ford (1974-1977) enfrentou Ronald Reagan (1981-1989) pela nomeação republicana.
Mas se as convenções de hoje já não são tão acaloradas e não criam tanta expectativa como antes, desempenham ainda um papel importante em cada partido esculpindo a imagem de seus candidatos e suas mensagens de campanha, segundo analistas.
Discursos
Tom Patterson, professor de "Relação do Governo com a Imprensa" da Kennedy School da Universidade de Harvard, afirmou que a exposição nacional do discurso final pode ser crucial para as oportunidades do candidato na campanha.
"Em uma era de dez segundos de televisão e 30 segundos de comerciais, poder falar sem interrupção por 45, 60 minutos ao público americano, é único. É uma oportunidade rara", afirmou.
As convenções também são uma oportunidade para ambos partidos de monopolizar a atenção de um país, em algo que o especialista Stephen Hess, do Instituto Brookings, denominou de "a maior democracia industrial não política do mundo".
Em 1992, o setor conservador do Partido Republicano monopolizou a convenção partidária em Houston, Texas, com uma estridente mensagem de direita que aterrorizou os moderados e ajudou, em definitivo, a colocar Bill Clinton (1993-2001) na Casa Branca.
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