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01/08/2004
-
16h46
da France Presse, em Bagdá
As minorias religiosas do Iraque, principalmente cristãos, constituem cerca de 3% da população, o que representa 700 mil dos 24 milhões de iraquianos, em maioria muçulmanos xiitas e sunitas.
A Constituição provisória iraquiana, assinada em março passado e que estará em vigor até as eleições gerais no país, garante "a liberdade de todas as religiões", embora reconheça que "o Islã é a religião oficial do Estado e uma fonte da legislação".
"Esta Constituição respeita a identidade islâmica da maioria da população iraquiana, garantindo ao mesmo tempo a liberdade total de todas as demais religiões e de suas práticas religiosas", segundo o texto.
A Constituição de julho de 1970, adotada durante o antigo regime, garantia a liberdade religiosa e proibia qualquer discriminação por motivos religiosos.
Também reconhecia que o povo iraquiano é composto por "duas nacionalidades principais", árabe e curda, e "outras nacionalidades", cujos direitos são legítimos. Em dezembro de 1972, a direção do partido Baath, então no poder, precisou por decreto que "essas outras nacionalidades" eram compostas de assírios, caldeus e siríacos.
Os caldeus, que representam a maioria dos cristãos do Iraque com 600 mil membros, formam uma comunidade católica de rito oriental. O ex-vice-primeiro-ministro Tarek Aziz, hoje prisioneiro, é o caldeu mais conhecido.
Os assírios, cerca de 50 mil, são cristãos que permaneceram fiéis ao nestorianismo, doutrina segundo a qual deve-se distinguir em Cristo duas naturezas: a humana e a divina; não uma só pessoa humana e divina ao mesmo tempo como afirmam os católicos. O cisma da igreja nestoriana ocorreu no ano de 431 depois do concílio de Efeso.
Ainda habitam o Iraque siríacos católicos e ortodoxos, armênios católicos e ortodoxos e, desde o mandato britânico, protestantes e católicos da Igreja latina.
Muitos cristãos iraquianos ainda falam o arameu, a língua de Jesus Cristo. Na década de 1970, foram publicadas revistas culturais bilíngües (árabe-siríaco) e surgiram os primeiros programas radiofônicos e televisivos em arameu.
No Curdistão, ao norte do país, há aproximadamente 150 mil cristãos, a maioria deles caldeus.
Os cristãos estão representados por um único ministro no governo interino de Iyad Allawi.
Desde o princípio dos anos 80, a pobreza e as guerras levaram muitos deles a abandonar Iraque. Em 15 anos, quase meio milhão de cristãos deixaram o país.
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Cristãos representam grupo minoritário na população do Iraque
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As minorias religiosas do Iraque, principalmente cristãos, constituem cerca de 3% da população, o que representa 700 mil dos 24 milhões de iraquianos, em maioria muçulmanos xiitas e sunitas.
A Constituição provisória iraquiana, assinada em março passado e que estará em vigor até as eleições gerais no país, garante "a liberdade de todas as religiões", embora reconheça que "o Islã é a religião oficial do Estado e uma fonte da legislação".
"Esta Constituição respeita a identidade islâmica da maioria da população iraquiana, garantindo ao mesmo tempo a liberdade total de todas as demais religiões e de suas práticas religiosas", segundo o texto.
A Constituição de julho de 1970, adotada durante o antigo regime, garantia a liberdade religiosa e proibia qualquer discriminação por motivos religiosos.
Também reconhecia que o povo iraquiano é composto por "duas nacionalidades principais", árabe e curda, e "outras nacionalidades", cujos direitos são legítimos. Em dezembro de 1972, a direção do partido Baath, então no poder, precisou por decreto que "essas outras nacionalidades" eram compostas de assírios, caldeus e siríacos.
Os caldeus, que representam a maioria dos cristãos do Iraque com 600 mil membros, formam uma comunidade católica de rito oriental. O ex-vice-primeiro-ministro Tarek Aziz, hoje prisioneiro, é o caldeu mais conhecido.
Os assírios, cerca de 50 mil, são cristãos que permaneceram fiéis ao nestorianismo, doutrina segundo a qual deve-se distinguir em Cristo duas naturezas: a humana e a divina; não uma só pessoa humana e divina ao mesmo tempo como afirmam os católicos. O cisma da igreja nestoriana ocorreu no ano de 431 depois do concílio de Efeso.
Ainda habitam o Iraque siríacos católicos e ortodoxos, armênios católicos e ortodoxos e, desde o mandato britânico, protestantes e católicos da Igreja latina.
Muitos cristãos iraquianos ainda falam o arameu, a língua de Jesus Cristo. Na década de 1970, foram publicadas revistas culturais bilíngües (árabe-siríaco) e surgiram os primeiros programas radiofônicos e televisivos em arameu.
No Curdistão, ao norte do país, há aproximadamente 150 mil cristãos, a maioria deles caldeus.
Os cristãos estão representados por um único ministro no governo interino de Iyad Allawi.
Desde o princípio dos anos 80, a pobreza e as guerras levaram muitos deles a abandonar Iraque. Em 15 anos, quase meio milhão de cristãos deixaram o país.
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