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03/08/2004 - 15h50

Estátua da Liberdade reabre ao público após ataques de 11/9

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ALFONS LUNA
da France Presse, em Nova York

A Estátua da Liberdade, símbolo da cidade de Nova York e do sonho dos emigrantes que chegavam à América, reabriu suas portas ao público nesta terça-feira pela primeira vez desde os atentados de 11 de setembro de 2001, depois de três anos de reformas para melhorar sua segurança.

"A Estátua da Liberdade é um verdadeiro símbolo da luta contra os desafios", afirmou a secretária do Interior, Gale Norton, que presidiu a cerimônia de reabertura, que contou com as presenças do prefeito da cidade, Michael Bloomberg, e do governador do Estado de Nova York, George Pataki.

"Trata-se de uma vitória da liberdade sobre a ameaça terrorista", acrescentou Norton, que considera que o fato do visitante não poder mais chegar à coroa da Dama da Liberdade responde à necessidade de "opção".

"Depois dos atentados, percebemos que enviávamos pessoas ao equivalente de um edifício de 22 andares por uma escada estreita, com apenas uma saída de emergência", diz.

"Não há melhor momento para que reabramos este símbolo perdurável da liberdade", disse o prefeito Bloomberg, enquanto o governador Pataki declarou que "a recuperação deste símbolo de esperança envia uma mensagem de confiança ao mundo, dizendo que a liberdade em Nova York está viva".

Acesso limitado

A partir de agora, no máximo, os turistas terão acesso a um observatório situado no parte mais alta do pedestal, abaixo dos pés da obra do escultor francês Frederic Auguste Bartholdi (1834-1904).

Este observatório, situado a 45 metros de altura --a Estátua mede 93 metros do chão até a tocha-- permitirá que o visitante desfrute de uma vista de 360 graus sobre a baía de Nova York.

Os primeiros visitantes começaram a chegar à ilha da Liberdade às 9h30 da manhã, uma hora e meia antes do início da cerimônia oficial.

Brenda Pickett e Jennifer Wassemiller, duas amigas de Kansas, aproveitaram seu último dia de turismo em Nova York para visitar a Estátua.

Mudança

"A reabertura significa que as coisas começam a avançar, apesar de continuarmos lembrando do passado", disse Pickett, decepcionada por não poder subir até a parte mais alta do monumento, mas entendendo os motivos.

As obras custaram US$ 6,7 milhões e significaram o segundo fechamento da Estátua desde sua inauguração em 1886. Em 1916, sabotadores alemães explodiram um depósito de armas próximo ao local, que causou danos à tocha e teve como conseqüência o fechamento aos visitantes.

Tom Mom, um turista holandês de Roterdã, afirma que este acontecimento transcende os EUA. "Simboliza a liberdade, e esse é um valor que também é importante para o resto do mundo", declarou.

"É uma prova para o mundo de que não vamos nos ajoelhar para ninguém", afirmou Doc Johnson, turista de Phoenix (Arizona).

"Significa muitas coisas, em primeiro lugar é um local de turismo, teme que estar aberto para os milhões de visitantes. Ao mesmo tempo, é um sinal grandioso, é a liberdade, é significativo", disse a turista marroquina Sabert Sakina.

Amizade

Originalmente, a Estátua da Liberdade evocava a amizade entre França e EUA.

No entanto, com a chegada de milhões de emigrantes a Nova York de barco, a Estátua se transformou numa espécie de boas-vindas a uma nova vida, que ficou marcada no poema de Emma Lazarus "O Novo Colosso", gravado em bronze e colocado no pedestal da Estátua em 1903.

Nos nove meses de 2001 em que permaneceu aberta, a Estátua recebeu mais de 5 milhões de visitas.

Especial
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