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15/08/2004 - 15h40

Filas e atraso prorrogam horário de votação na Venezuela

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CLARICE SPITZ
da Folha Online

Diante das grandes filas que se formaram em diversos postos de votação do país, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) decidiu prorrogar o horário da votação do referendo revogatório do presidente Hugo Chávez para as 20h (21h em Brasília). O centro de imprensa do CNE confirmou a informação à Folha Online.

O presidente do CNE, Francisco Carrasquero, já havia sinalizado para um prolongamento do horário das votações para atender todos os eleitores que participam do primeiro referendo que pode retirar um presidente na história da Venezuela.

Segundo o vice-presidente do CNE, Ezequiel Zamora, "enquanto existam eleitores, a qualquer hora da noite, a mesa estará aberta".

Os venezuelanos comparecem em massa ao primeiro processo eleitoral eletrônico. Até o momento não foram registradas ocorrências violentas.

A oposição classificou como "castigo" e "penitência" a espera que alguns eleitores enfrentam para votar --em alguns postos, a demora chega a oito horas.

Voto livre

Na Venezuela o voto não é obrigatório e, para retirar o presidente, a oposição tem de conseguir ao menos 3,757 milhões de votos [total conquistado por Chávez quando foi reeleito em 2000] e um comparecimento de 25% de eleitores às urnas. Segundo o CNE, 14.037.900 eleitores estão cadastrados para votar.

Os trabalhos nas mesas eleitorais começaram às 6h (7h em Brasília) e deveriam terminar às 16h (17h em Brasília).

O dirigente da oposição venezuelana Henrique Salas Romer chamou de "abuso" as seis ou oito horas que as pessoas estão tendo de esperar para votar neste domingo no referendo que vai decidir o futuro do presidente Hugo Chávez

Em cerca de 90% dos centros eleitorais venezuelanos está sendo adotado o sistema eletrônico. O eleitor vota tem um minuto para apertar "sim" ou "não". Depois disso, ele pega a impressão do voto e deposita em uma urna. Segundo o CNE, o processo tem o objetivo de impedir fraudes.

Somente locais de difícil acesso, onde não há energia elétrica ou linhas telefônicas, o sistema permanecerá com cédulas em papel.

O ineditismo do referendo para presidente da República é obra do próprio Chávez que, em 1999, aprovou o dispositivo na nova Constituição do país.

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