16/08/2004 - 22h05

Atiradores do confronto já foram identificados, diz Hugo Chávez

da France Presse, em Caracas
da Folha Online

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que as forças de segurança conseguiram identificar três pessoas que atacaram nesta segunda-feira a tiros manifestantes da oposição em Caracas (capital), deixando várias pessoas feridas.

Em entrevista coletiva, Chávez afirmou que os responsáveis serão capturados muito em breve e lembrou que, em dezembro de 2002, houve outro ataque a tiros no mesmo local durante um ato da oposição. Na época, os chavistas foram acusados pela agressão.

A praça Altamira, situada no distrito residencial de Chacao, no leste da capital, é um tradicional reduto da oposição.

Um cidadão de origem portuguesa foi julgado e condenado a 30 anos de prisão pelo ataque de 2002, que comoveu todo o país no início da paralisação opositora de 63 dias.

Feridos

Hoje, ao menos oito pessoas teriam ficado feridas em um confronto ocorrido entre seguidores do presidente Chávez e manifestantes da oposição, afirmou o diretor da policía metropolitana, Lázaro Forero, aos jornais venezuelanos "El Nacional" e "El Universal".

Porém, segundo as agências de notícias, os números variam. A France Presse afirma que quatro pessoas ficaram feridas no confronto e a Associated Press diz que seis foi o número dos atingidos.

Mais cedo, as agências internacionais e os jornais confirmaram também a morte de Maritza Ron, 61, atingida no abdômen. No entanto, uma última notícia do "El Universal" nega a morte de Ron. Ela estaria, segundo o jornal, em estado grave de saúde.

Um dos feridos no confronto entre chavistas e opositores é o deputado Ernesto Alvarenga, que foi atingido por uma bala no peito, mas se encontra fora de perigo. A bala não teria alcançado nenhum órgão vital.

Segundo o "El Nacional", da capital do país, o confronto teria acontecido quando um grupo de desconhecidos que se identificou como simpatizante do governo chavista atacou com armas de fogo os manifestantes da oposição que protestavam na praça Altamira.

Com agências internacionais

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