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21/08/2004
-
15h01
da Folha Online
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu para que seus opositores --que o acusam de fraude-- respeitem os resultados do referendo que ratificou sua permanência no poder do país.
"Eu me sinto e quero ser o presidente de todos os venezuelanos e quero trabalhar por todos", afirmou Chávez nesta sexta-feira à noite. O presidente também reiterou seu pedido de diálogo com os setores da oposição que o acusam de cometer uma "fraude massiva" no referendo. "Vamos sentar e ter um diálogo profundo", afirmou.
Chávez também pediu para que os líderes da aliança opositora Coordenadora Democrática (CD) tenham um pouco de "senso de ridículo" para não continuar refutando os resultados da consulta popular.
"De todos os observadores internacionais que vieram, não há um único que tenha questionado nem um só detalhe do processo do referendo. Mas apesar disso, vemos e ouvimos, de todos os dirigentes da chamada Coordenadora Democrática, que querem contestar os resultados".
Auditoria
A previsão inicial era que a auditoria por amostragem dos resultados do referendo fosse concluída ontem. Mas o resultado acabou saindo apenas hoje. Auditoria em parte dos votos do referendo revogatório do mandato de Chávez ratificou o resultado das urnas na Venezuela.
Na última terça-feira (17), o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter afirmou que a OEA (Organização dos Estados Americanos) e Centro Carter propuseram a iniciativa de auditoria ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) "para dissipar algumas preocupações da oposição".
"Não temos motivos para pôr em dúvida a integridade da consulta popular", afirmou Carter em entrevista junto com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria.
Os líderes da oposição boicotaram a auditoria e afirmaram que não reconhecerão seus resultados. Um comunicado divulgado ontem pela CD (Coordenação Democrática), coalizão de oposição, anunciou que o processo de auditoria pretende "legitimar uma fraude".
A oposição insiste na denúncia de que o software utilizado na votação foi alterado em 25% das urnas eletrônicas, o que teria facilitado a vitória de Chávez no domingo, por 59,06% dos votos contra os 40,94% para a oposição.
Já os EUA pediram à oposição venezuelana que apresente as provas e solicitaram à OEA e ao Centro Carter, que avalizaram o resultado do referendo, que investiguem essas acusações.
Com France Presse
Especial
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Chávez pede que oposição respeite resultado de referendo
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu para que seus opositores --que o acusam de fraude-- respeitem os resultados do referendo que ratificou sua permanência no poder do país.
"Eu me sinto e quero ser o presidente de todos os venezuelanos e quero trabalhar por todos", afirmou Chávez nesta sexta-feira à noite. O presidente também reiterou seu pedido de diálogo com os setores da oposição que o acusam de cometer uma "fraude massiva" no referendo. "Vamos sentar e ter um diálogo profundo", afirmou.
Chávez também pediu para que os líderes da aliança opositora Coordenadora Democrática (CD) tenham um pouco de "senso de ridículo" para não continuar refutando os resultados da consulta popular.
"De todos os observadores internacionais que vieram, não há um único que tenha questionado nem um só detalhe do processo do referendo. Mas apesar disso, vemos e ouvimos, de todos os dirigentes da chamada Coordenadora Democrática, que querem contestar os resultados".
Auditoria
A previsão inicial era que a auditoria por amostragem dos resultados do referendo fosse concluída ontem. Mas o resultado acabou saindo apenas hoje. Auditoria em parte dos votos do referendo revogatório do mandato de Chávez ratificou o resultado das urnas na Venezuela.
Na última terça-feira (17), o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter afirmou que a OEA (Organização dos Estados Americanos) e Centro Carter propuseram a iniciativa de auditoria ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) "para dissipar algumas preocupações da oposição".
"Não temos motivos para pôr em dúvida a integridade da consulta popular", afirmou Carter em entrevista junto com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria.
Os líderes da oposição boicotaram a auditoria e afirmaram que não reconhecerão seus resultados. Um comunicado divulgado ontem pela CD (Coordenação Democrática), coalizão de oposição, anunciou que o processo de auditoria pretende "legitimar uma fraude".
A oposição insiste na denúncia de que o software utilizado na votação foi alterado em 25% das urnas eletrônicas, o que teria facilitado a vitória de Chávez no domingo, por 59,06% dos votos contra os 40,94% para a oposição.
Já os EUA pediram à oposição venezuelana que apresente as provas e solicitaram à OEA e ao Centro Carter, que avalizaram o resultado do referendo, que investiguem essas acusações.
Com France Presse
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