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24/08/2004
-
18h05
CATHERINE HOURS
da France Presse, em Nova York
Ativistas, entre eles ecologistas e defensores dos direitos dos homossexuais e os que se opõem à Guerra do Iraque, preparam-se para protestos de rua em Nova York durante a convenção do Partido Republicano, a partir da próxima segunda-feira (30).
Em meio a incontáveis manifestações e debates de todo tipo, a principal manifestação está prevista para domingo, com uma passeata diante do Madison Square Garden, local da convenção. A coligação antiguerra "Unidos pela Paz e a Justiça", organizadora da marcha, espera a participação de pelo menos 100 mil pessoas.
O escritor Paul Auster resumiu o que pretendem os manifestantes: deixar bem claro que os republicanos não são bem-vindos nesta cidade progressista, que vai sediar pela primeira vez a convenção republicana.
"Detesto o Partido Republicano, [os republicanos] utilizam nossa cidade com objetivos simbólicos para conquistar mais eleitores", disse o escritor. Depois de ter protestado no início de 2003 contra a guerra no Iraque, Auster promete voltar às ruas.
Há alguns meses, em todas as regiões os ativistas planejam as ações, comunicam-se através da internet, organizam traslados, alojamento e escritórios de apoio.
A Prefeitura de Nova York pretende mobilizar um grande dispositivo de segurança e nega o acesso dos militantes ao Central Park, no final da manifestação de domingo.
Para os anti-republicanos isto constitui uma violação do direito de expressão. O prefeito republicano, Michael Bloomberg, alega que a medida destina-se a proteger os vizinhos e o gramado do parque.
Bloomberg prefere oferecer descontos nos restaurantes e lojas a todos os manifestantes que usarem um broche com a identificação de "ativista pacífico". "Queremos que se sintam bem-vindos e possam aproveitar o que oferece Nova York", afirmou.
Mas a oposição não apreciou a oferta, e a coligação entrou no dia 18 de agosto com uma queixa na Justiça para poder ter acesso ao parque.
Desde então prosseguem as discussões para saber se os manifestantes terão acesso ao parque ou não, independentemente da decisão da Justiça, se desafiarão a proibição e qual será a reação policial.
As questões não acabam aí: os republicanos já adiantaram que "os democratas devem garantir que os manifestantes não vão se descontrolar", comentou o funcionário público republicano Ed Gillespie ao "New York Times". "Não estou certo de que os democratas queiram se ver envolvidos com atos de violência contra nossa convenção. Isso poderia parecer desrespeitoso e antidemocrático".
Os próprios democratas se apressam em afirmar que não controlam as manifestações, como declarou na segunda-feira o presidente do partido, Terry McAuliffe.
"Milhares de pessoas querem criticar o governo George W. Bush, porque é um desastre tanto no setor econômico, quanto em temas relacionados à política externa, ambientais e tantos outros. Por esta razão estes manifestantes irão a Nova York, e isso nada tem a ver com os democratas", disse.
Um grande protesto contra a guerra, realizado na cidade no dia 15 de fevereiro de 2003, acabou em confusão e em muitas prisões, pelo que a manifestação está sendo vista com muita desconfiança por moradores.
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da France Presse, em Nova York
Ativistas, entre eles ecologistas e defensores dos direitos dos homossexuais e os que se opõem à Guerra do Iraque, preparam-se para protestos de rua em Nova York durante a convenção do Partido Republicano, a partir da próxima segunda-feira (30).
Em meio a incontáveis manifestações e debates de todo tipo, a principal manifestação está prevista para domingo, com uma passeata diante do Madison Square Garden, local da convenção. A coligação antiguerra "Unidos pela Paz e a Justiça", organizadora da marcha, espera a participação de pelo menos 100 mil pessoas.
O escritor Paul Auster resumiu o que pretendem os manifestantes: deixar bem claro que os republicanos não são bem-vindos nesta cidade progressista, que vai sediar pela primeira vez a convenção republicana.
"Detesto o Partido Republicano, [os republicanos] utilizam nossa cidade com objetivos simbólicos para conquistar mais eleitores", disse o escritor. Depois de ter protestado no início de 2003 contra a guerra no Iraque, Auster promete voltar às ruas.
Há alguns meses, em todas as regiões os ativistas planejam as ações, comunicam-se através da internet, organizam traslados, alojamento e escritórios de apoio.
A Prefeitura de Nova York pretende mobilizar um grande dispositivo de segurança e nega o acesso dos militantes ao Central Park, no final da manifestação de domingo.
Para os anti-republicanos isto constitui uma violação do direito de expressão. O prefeito republicano, Michael Bloomberg, alega que a medida destina-se a proteger os vizinhos e o gramado do parque.
Bloomberg prefere oferecer descontos nos restaurantes e lojas a todos os manifestantes que usarem um broche com a identificação de "ativista pacífico". "Queremos que se sintam bem-vindos e possam aproveitar o que oferece Nova York", afirmou.
Mas a oposição não apreciou a oferta, e a coligação entrou no dia 18 de agosto com uma queixa na Justiça para poder ter acesso ao parque.
Desde então prosseguem as discussões para saber se os manifestantes terão acesso ao parque ou não, independentemente da decisão da Justiça, se desafiarão a proibição e qual será a reação policial.
As questões não acabam aí: os republicanos já adiantaram que "os democratas devem garantir que os manifestantes não vão se descontrolar", comentou o funcionário público republicano Ed Gillespie ao "New York Times". "Não estou certo de que os democratas queiram se ver envolvidos com atos de violência contra nossa convenção. Isso poderia parecer desrespeitoso e antidemocrático".
Os próprios democratas se apressam em afirmar que não controlam as manifestações, como declarou na segunda-feira o presidente do partido, Terry McAuliffe.
"Milhares de pessoas querem criticar o governo George W. Bush, porque é um desastre tanto no setor econômico, quanto em temas relacionados à política externa, ambientais e tantos outros. Por esta razão estes manifestantes irão a Nova York, e isso nada tem a ver com os democratas", disse.
Um grande protesto contra a guerra, realizado na cidade no dia 15 de fevereiro de 2003, acabou em confusão e em muitas prisões, pelo que a manifestação está sendo vista com muita desconfiança por moradores.
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