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04/09/2004 - 18h44

Chuva e ventos fortes castigam a Flórida com proximidade de furacão

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da France Presse, em Miami

Ventos de mais de 100 km/h, acompanhados de fortes chuvas, derrubam árvores e postes de linha telefônica no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, neste sábado, no momento em que o olho do furacão Frances se aproxima da costa. A passagem dele é aguardada para esta noite.

O centro do fenômeno deve passar pelo condado de St Lucie e um toque de recolher já foi imposto em toda a região a partir de 13h (14h de Brasília), segundo informou o responsável local Ken Mascara.

"O olho [do furacão] passará exatamente por Fort Pierce [160 km ao norte de Miami]", afirmou, acrescentando que "devemos esperar por quatro ou cinco horas de furacão".

"Enquanto o olho cruzar a região, teremos ventos calmos por três ou quatro horas, depois os ventos fortes voltarão. Não saiam", alertou.

Doug Anderson, administrador do condado, disse que, a partir de 23h (meia-noite de Brasília), os ventos alcançarão velocidades de mais de 160 km/h por um período de pelo menos quatro horas.

Mais de 200 mil pessoas já estão sem luz em sua casas, em Palm Beach, que tem 1,2 milhão de habitantes. Os cortes de energia também atingem milhares de moradores dos condados vizinhos.

Fenômeno

O furacão perdeu parte de seu poder inicial (passando da categoria quatro na escala Saffir-Simpson, que vai até cinco, para um forte fenômeno da categoria dois), mas as autoridades e os meteorologistas advertiram que também pode causar sérios danos na Flórida.

O Estado ainda se recupera do Charley, furacão de intensidade menor, que causou a morte de mais de 20 pessoas no sudoeste há duas semanas.

"Sabemos que a tormenta, apesar de ter se enfraquecido como furacão, causará prejuízos em muitos lugares", comentou neste sábado o governador da Flórida, Jeb Bush, advertindo que "é muito imprevisível e há algumas indicações de que enquanto perde velocidade, pode também se tornar mais forte".

Milhares de pessoas, incluindo muitos turistas, lotaram os abrigos de emergência, enquanto muitas outras procuravam familiares, amigos ou hotéis, depois que o governo ordenou a evacuação de 2,5 milhões de cidadãos nas zonas costeiras.

Pelo menos uma pessoa morreu nas Bahamas na sexta-feira quando o furacão afetou essas ilhas caribenhas, segundo as autoridades, e, neste sábado, ele continua castigando as ilhas. De acordo com meteorologistas, a região pode receber até 500 milímetros de chuva. Já na Flórida, o índice pluviométrico pode atingir 300 mm.

Alerta

Às 11h deste sábado (12h de Brasília), o Frances estava a 150 quilômetros da costa da Flórida, avançando a 9 km/h, anunciou o Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.

"O amplo centro do furacão Frances continuará se movendo lentamente sobre as Bahamas esta manhã e estará muito perto da costa leste da Flórida na última hora do dia ou logo cedo no domingo', disse o órgão, em uma nota.

O governador Bush insistiu com os moradores locais que deixem com calma os abrigos, depois que a tempestade tiver passado. "Como todos sabemos, algumas mortes acontecem após a tormenta. Haverá muita chuva e muitos fios elétricos nessa água."

Jeb Bush já pediu ajuda federal para a reconstrução das zonas devastadas, após a antecipada evacuação. "Este acontecimento causará um grande dano às comunidades costeiras do leste da Flórida", disse o governador em uma carta dirigida a seu irmão, o presidente George W. Bush.

"É uma tormenta em massa [...] Pode ser uma inundação muito significativa", avaliou Michael Brown, diretor do organismo Federal de Administração de Emergências.

"As instalações estão sendo preparadas agora para levar um milhão de rações por dia aos habitantes da Flórida. Temos 600 caminhões-tanque de água e 237 caminhões de gelo para chegar às zonas atingidas", acrescentou.

A guarda costeira americana transferiu suas embarcações para portos seguros e mobilizou seus helicópteros e aviões de modo que estejam prontos para entrar em ação rapidamente.

O aeroporto internacional de Miami estava aberto, mas todos os seus vôos foram cancelados. Já os de Orlando, Fort Lauderdale e Palm Beach estavam fechados, assim como o Porto de Miami.

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