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09/09/2004
-
12h05
da Folha Online
Apontado como o principal suspeito da explosão do carro-bomba em Jacarta, capital da Indonésia, o Jemaah Islamiyah é considerado por analistas de segurança orientais e ocidentais como o "braço direito" de Osama Bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, no Sudeste Asiático.
Agências de inteligência asiáticas e ocidentais divulgaram dados sobre o grupo, que explicitam os objetivos da organização e completam a cronologia do terror na Ásia:
Leia a seguir alguns dados sobre o grupo:
- Até o ano de 2002, o Jemaah Islamiyah (JI) era pouco conhecido na região. Naquele ano, autoridades culparam o grupo pela autoria de dois atentados ocorridos na Indonésia: em Bali, que resultou na morte de 202 pessoas, e em Jacarta, onde um carro-bomba explodiu, matando pelo menos 12 pessoas.
- O JI já deixou claro que o principal objetivo é a criação de um Estado islâmico na Malásia, que estaria estrategicamente colocado entre Indonésia, Filipinas, Brunei, Cingapura e Tailândia.
- A principal inspiração do grupo vem dos movimentos nacionalistas islâmicos surgidos entre o final da década de 40 e o começo dos anos 50. A maioria destes movimentos foi reprimida no início dos anos 60, quando o presidente Suharto assumiu o poder na Indonésia.
- Abu Bakar Bashir, clérigo de 65 anos, descrito como o líder espiritual do grupo, está preso na Indonésia, esperando pelo julgamento de atos terroristas. O religioso, que é descendente de iemenitas, foi líder, durante a década de 70, de um movimento islâmico jovem na Indonésia, que havia sido liderado por outro clérigo, Abdullah Sungkar.
- Nos anos 80, Abdullah Sungkar foi ao Afeganistão para participar da guerra afegã contra a então União Soviética. Neste movimento, Sungkar teria criado os laços entre a JI e a Al Qaeda, transformando o grupo em uma parte importante na operações terroristas do grupo de Bin Laden.
- Em 1985, uma seqüência de bombardeios e a agitação nos arredores de Jacarta levaram Suharto a aplicar outra severa sanção contra a oposição islâmica. Sungkar e Bashir fugiram para a Malásia.
- A sanção expirou em 1998, e Bashir, considerado já o centro da inteligência do grupo, e influenciado pelo contato com a Al Qaeda, voltou para a Indonésia. Sungkar morreu no ano seguinte, e Bashir tornou-se o líder do JI.
- Até o dia 11 de setembro de 2001, os principais alvos do grupo de Bashir eram igrejas e shopping centers. Depois dos ataques contra as torres gêmeas, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, o JI voltou suas atenções para alvos ocidentais presentes em território oriental.
Com agências internacionais
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Apontado como o principal suspeito da explosão do carro-bomba em Jacarta, capital da Indonésia, o Jemaah Islamiyah é considerado por analistas de segurança orientais e ocidentais como o "braço direito" de Osama Bin Laden, líder da rede terrorista Al Qaeda, no Sudeste Asiático.
Agências de inteligência asiáticas e ocidentais divulgaram dados sobre o grupo, que explicitam os objetivos da organização e completam a cronologia do terror na Ásia:
Leia a seguir alguns dados sobre o grupo:
- Até o ano de 2002, o Jemaah Islamiyah (JI) era pouco conhecido na região. Naquele ano, autoridades culparam o grupo pela autoria de dois atentados ocorridos na Indonésia: em Bali, que resultou na morte de 202 pessoas, e em Jacarta, onde um carro-bomba explodiu, matando pelo menos 12 pessoas.
- O JI já deixou claro que o principal objetivo é a criação de um Estado islâmico na Malásia, que estaria estrategicamente colocado entre Indonésia, Filipinas, Brunei, Cingapura e Tailândia.
- A principal inspiração do grupo vem dos movimentos nacionalistas islâmicos surgidos entre o final da década de 40 e o começo dos anos 50. A maioria destes movimentos foi reprimida no início dos anos 60, quando o presidente Suharto assumiu o poder na Indonésia.
- Abu Bakar Bashir, clérigo de 65 anos, descrito como o líder espiritual do grupo, está preso na Indonésia, esperando pelo julgamento de atos terroristas. O religioso, que é descendente de iemenitas, foi líder, durante a década de 70, de um movimento islâmico jovem na Indonésia, que havia sido liderado por outro clérigo, Abdullah Sungkar.
- Nos anos 80, Abdullah Sungkar foi ao Afeganistão para participar da guerra afegã contra a então União Soviética. Neste movimento, Sungkar teria criado os laços entre a JI e a Al Qaeda, transformando o grupo em uma parte importante na operações terroristas do grupo de Bin Laden.
- Em 1985, uma seqüência de bombardeios e a agitação nos arredores de Jacarta levaram Suharto a aplicar outra severa sanção contra a oposição islâmica. Sungkar e Bashir fugiram para a Malásia.
- A sanção expirou em 1998, e Bashir, considerado já o centro da inteligência do grupo, e influenciado pelo contato com a Al Qaeda, voltou para a Indonésia. Sungkar morreu no ano seguinte, e Bashir tornou-se o líder do JI.
- Até o dia 11 de setembro de 2001, os principais alvos do grupo de Bashir eram igrejas e shopping centers. Depois dos ataques contra as torres gêmeas, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, o JI voltou suas atenções para alvos ocidentais presentes em território oriental.
Com agências internacionais
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