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12/09/2004 - 14h27

Número de mortos em atentados e confrontos no Iraque sobe para 35

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da France Presse

Ao menos 35 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas hoje em atentados registrados em Bagdá e na periferia e em diversos confrontos protagonizados pela guerrilha iraquiana e o Exército norte-americano.

Hoje de manhã, um site islamita publicou um comunicado atribuído ao Jihad Islâmico no Iraque, no qual dá um ultimato de 24 horas à Itália para retirar suas tropas do Iraque. Caso contrário, as duas italianas seqüestradas no dia 7 de setembro, Simona Torretta e Simona Pari, serão executadas.

O premiê Iyad Allawi, disse que o número de mortos dos atentados no Iraque (essencialmente depois da queda do ditador Saddam Hussein, em abril de 2003) sobe para 3.000, com mais de 12 mil pessoas feridas. Ele não especificou o período em que foram registradas estas vítimas.

Hoje, 13 pessoas morreram e 59, entre elas quatro soldados americanos, ficaram feridos durante três horas de combates e ataques de helicópteros em pleno centro de Bagdá, segundo o ministro da Saúde iraquiano e um porta-voz militar americano.

Os confrontos com armas pesadas e automáticas entre o Exército dos Estados Unidos e a guerrilha começaram de madrugada, na rua de Haifa, feudo dos partidários do presidente destituído Saddam Hussein.

Segundo um porta-voz militar americano, um tanque Bradley, de apoio às tropas, foi atingido pela explosão de um carro bomba, tendo sido destruído pelas próprias forças de apoio aéreo para impedir que fosse depenado.

Pouco depois, dezenas de pessoas se reuniram em torno do tanque em chamas para cantar vitória. Dois helicópteros lançaram mísseis na direção do Bradley, causando pelo menos cinco mortos.

Entre as vítimas, está o jornalista palestino Mazen al Tomaizi, que trabalhava para as redes de televisão árabes Al Arabiya e saudita Al Ejbariya. Outros dois jornalistas iraquianos teriam ficado levemente feridos pelo ataque americano: um cinegrafista da agência Reuters e um fotógrafo da agência Getty.

Três soldados poloneses morreram e outros três ficaram feridos em um ataque perto de Hilla (100 km ao sul de Bagdá), informou o coronel Zbigniew Gnatowski, porta-voz do Estado-Maior polonês.

"Três militares poloneses morreram e outros três ficaram feridos quando sua patrulha foi atacada com lança-foguetes e metralhadoras ao norte de Hilla", disse Gnatowski.

"Os três feridos foram transferidos a um hospital de Kerbala. Suas vidas não correm perigo", disse.

De acordo com a agência polonesa PAP, os soldados estavam estando neutralizar um artefato explosivo colocado na beira da estrada quando foram atacados.

Com este ataque, o número de poloneses mortos no Iraque desde o início da guerra no país, em março de 2003, chegou a 17, sendo 13 militares e quatro civis.

A Polônia, aliada de Washington desde o início da crise iraquiana, administra uma das quatro zonas definidas pela ocupação, e comanda uma força multinacional de 6.000 homens, entre eles 2.500 poloneses.

Também foram registrados combates em Ramadi, a 100 km a oeste da capital, causando dez mortos e 40 feridos, afirmou o diretor do hospital da cidade, Jamis al Saad.

Membros da guerrilha atacaram com morteiros duas bases americanas, reiniciando os combates que prosseguiam à tarde. As ruas estavam desertas e a cidade foi isolada pela Guarda Nacional iraquiana.

Perto de Samarra (125 km ao norte de Bagdá), três iraquianos morreram e um quarto resultou ferido quando o veículo em que estava passou sobre um artefato explosivo, segundo a polícia iraquiana.

Três membros da Guarda Nacional iraquiana também morreram e outro ficou ferido na explosão de uma bomba perto da cidade de Hilla, ao sul de Bagdá, informou o Exército polonês.

Outras seis pessoas morreram em quatro ataques com carro-bomba, que também deixaram 18 feridos na região de Bagdá: num primeiro ataque, dirigido contra a prisão de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, o carro não chegou a explodir, mas o motorista morreu. No outro, contra a "zona verde", setor protegido da capital iraquiana, onde ficam a embaixada dos Estados Unidos e a sede do governo, o carro-bomba tentou forçar a entrada, ferindo cinco policiais.

Em outro ataque, o coronel Alaa Bachir, da direção do ministério do Interior, e um tenente da polícia morreram na explosão de um carro-bomba em Amariya (oeste de Bagdá) causando também ferimentos em outros cinco policiais.

Em um quarto ataque, com um carro-bomba perto da mesquita salafita Ibn Taymiyah, no oeste de Bagdá, morreu um iraquiano, além do camicaze. Treze pessoas ficaram feridas, entre elas, seis membros da Guarda Nacional.

Ontem à noite e hoje de manhã, a "zona verde" havia sido alvo de outros ataques, reivindicados por um grupo do jordaniano Abu Musab al Zarqaui, com morteiro e foguetes, segundo o Exército americano.

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