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14/09/2004 - 10h01

Imprensa francesa atravessa período de crise

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da France Presse, em Paris

Preocupação no "Le Figaro" após sua tomada de controle pelo empresário Serge Dassault --presidente do consórcio Dassault, fabricante, entre outros, dos aviões Mirage--, anúncio de cem demissões no "Le Monde", situação muito difícil para o "L'Humanité" e incerteza para o "France Soir". A imprensa nacional francesa vive um período de dificuldades, agravadas por um "verão lamentável" no que se refere às vendas.

No "Le Monde", o principal jornal nacional francês, depois de um verão difícil em matéria de vendas, a direção anunciou na quarta-feira passada(8) a supressão de cem empregos, plano baseado nas aposentadorias voluntárias e cujo objetivo é o "equilíbrio" da empresa.

O verão [período de inverno no Brasil] de 2004 também foi "muito decepcionante", com baixas de 13% a 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, para o jornal "Libération", informou Bertrand Houlé, diretor de divulgação. Mas é preciso observar que no verão passado o jornal havia registrado uma progressão nas vendas de entre 15% e 20%.

No "Le Figaro", as declarações de Serge Dassault, que adquiriu 82% de sua editora, Socpresse [70 títulos], preocupam os jornalistas. "Há informações que prejudicam mais do que beneficiam. O risco é pôr em perigo interesses comerciais ou industriais de nosso país", disse o empresário ante a Sociedade de Redatores do jornal.

A redação se reunirá na quinta-feira para fazer uma votação sobre o princípio de independência.

Também o futuro do jornal "France Soir" é incerto, depois do fracasso de negociações com a empresa Financière Hoche. Com humor, a redação publicou no final de agosto um anúncio classificado em outro jornal, pedindo um "comprador sério".

Finalmente, o destino do "L'Humanité" também apresenta dúvidas.

Recentemente, durante uma reunião de diretores de imprensa realizada nas vésperas da tradicional festa do jornal comunista, Xavier Ellie, presidente do Sindicato da Imprensa Parisiense, afirmou: "Concretamente, imaginamos que as dificuldades materiais que 'L'Humanité' atravessa se agravam, a tal ponto que sua existência está ameaçada".

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