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14/09/2004 - 18h48

Em dia violento, ataques rebeldes matam mais de 60 no Iraque

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da Folha Online

Uma série de ataques atribuídos ao terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi, que supostamente tem laços com a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, e outros confrontos deixaram mais de 60 mortos no Iraque nesta terça-feira.

A forte explosão de um carro-bomba ao lado de um mercado lotado, vizinho a uma delegacia de polícia [alvo do atentado], no centro de Bagdá (capital iraquiana), causou a morte de 47 pessoas e deixou dezenas de feridos, transformado-se no mais mortífero ataque dos últimos seis meses.

Pouco depois, homens armados abriram fogo contra policiais iraquianos que estavam em um microônibus, causando a morte de 12, em Baquba [65 km da capital].

Os ataques foram reivindicados pelos grupos rebeldes liderados por Al Zarqawi, acusado de uma série de atentados no Iraque no pós-guerra.

Violência

Durante a noite, uma forte explosão foi ouvida perto da Zona Verde [região que abriga a sede da coalizão anglo-americana] que também foi alvo, no fim de semana, de vários disparos de obuses de morteiro e foguetes.

Um site islâmico publicou um comunicado também atribuindo o ataque a Al Zarqawi.

Segundo a agência de notícias Associated Press, confrontos entre soldados americanos e insurgentes na cidade de Ramadi (oeste) causaram a morte de oito iraquianos. Segundo a France Presse, o número de mortos nos confrontos foi de dez iraquianos.

Fallujah

Ontem aviões de guerra dos Estados Unidos bombardearam um possível esconderijo da rede terrorista de Osama bin Laden, a Al Qaeda, na cidade de Fallujah --50 km a oeste da capital iraquiana, Bagdá. A ação matou 16 pessoas e feriu 12. No domingo, uma onda de violência rebelde matou 78 pessoas em todo o país.

O carro-bomba explodiu em frente a um mercado lotado, às 10h (3h de Brasília), onde, além da delegacia --alvo da explosão, que também funcionava como em centro de recrutamento militar--, há várias lojas e cafés.

A explosão deixou uma cratera de três metros de diâmetro, um rastro de corpos destroçados e destruiu vários prédios e veículos que estavam na rua Haifa, no centro de Bagdá. A explosão aconteceu depois que o Exército dos EUA impôs ontem um toque de recolher na região da rua Haifa, considerada reduto de grupos insurgentes fiéis ao ex-ditador Saddam Hussein.

Paramédicos e moradores da região recolheram pedaços de corpos que ficaram espalhados pela rua e colocaram dentro de caixas. O porta-voz do Ministério da Saúde do Iraque, Saad al Amili, confirmou a morte de 47 e disse haver 114 feridos.

A primeira versão do acidente informava que a explosão fora causada por um homem-bomba, mais tarde descobriu-se ser um carro-bomba que levava potente carga explosiva.

Baquba

Três horas depois do atentado em Bagdá, 12 policiais morreram e dois ficaram feridos quando um homem armado disparou contra o veículo em que viajam, em Baquba.

"Os policiais estavam a bordo de um microônibus quando dois carros se aproximaram, interceptaram o veículo militar no bairro de Tahrir, no centro da cidade. Em seguida, vários homens armados saíram dos dois carros e abriram fogo contra os policiais", segundo o oficial de polícia Mohammed Mabruk.

Ataques conta forças iraquianas --acusados por rebeldes de colaborarem com os Estados Unidos-- já deixaram centenas de mortos desde que os insurgentes deram início a uma campanha de violência, para expulsar os norte-americanos país e enfraquecer o primeiro-ministro iraquiano Iyad Allawi.

Os rebeldes têm focalizado seus ataques contra centros de recrutamento militar para atrapalhar os esforços das forças norte-americanas formar um novo Exército no país.

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