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21/09/2004
-
13h00
LUIZ CEGATO
da Folha Online
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, foi a terceira pessoa a falar hoje na Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Como previsto, Bush falou sobre segurança, a luta contra o terrorismo e a Guerra do Iraque, mas também mandou recado a israelenses e palestinos.
Bush pediu que Israel congele as colônias e as implantações nos territórios ocupados, além de rogar pelo fim da "humilhação diária que o povo palestino sofre".
Ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, o presidente dos EUA pediu um "passo em direção à paz".
Ele também mandou recado a outros líderes palestinos e a Estados árabes, pedindo para que abandonem seus vínculos com terroristas. Além disso, sugeriu aos dirigentes mundiais que deixem de lado todos
os contatos com Arafat "que não serve a seu povo e trai sua causa".
Antes de Bush, falaram o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio lula da Silva, respectivamente.
Terrorismo
Bush disse que o maior objetivo de seu governo é "promover a esperança no lugar da violência" e lembrou as vítimas da tragédia da cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, república russa, quando seqüestradores tomaram mais de 1.200 pessoas como reféns em uma escola --a maioria crianças e mulheres-- por dois dias, até a ação da segurança russa, que deixou um saldo de mais de 330 mortos.
"Eles [a população de Beslan] não fizeram nada para merecer tanta tristeza", disse Bush.
Em seguida, Bush usou o tema para lembrar a luta contra o terrorismo e disse que "os governos precisam se unir para lutar contra o terrorismo, contra a onda de violência".
"Os ditadores escolhem a agressão, enquanto os governo livres escolhem a paz."
O presidente dos EUA também falou sobre a permanência das tropas americanas no Iraque e no Afeganistão. Ele ressaltou a "reconquista da soberania" por parte do governo iraquiano após a intervenção militar americana contra o governo do ex-ditador Saddam Hussein e voltou a acusar a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, pelos ataques no Iraque.
"A Al Qaeda é o principal grupo inimigo que mata no Iraque", disse.
Bush defendeu as eleições gerais previstas para acontecer no Afeganistão e no Iraque e disse que o "futuro desses países é a liberdade".
"Nossa coalizão está no Iraque apesar dos ataques rebeldes, e continuaremos lá até que a liberdade esteja totalmente instalada, tanto no Iraque como no Afeganistão", acrescentou.
"Dignidade humana"
O discurso de Bush também fez questão de enfatizar o conceito de dignidade humana e apontou com números e cifras as principais ajudas que o governo dos EUA oferece aos programas das instituições multilaterais que fazem parte do sistema das Nações Unidas.
"Os EUA acreditam na dignidade humana e por isso apóiam esses programas", disse, referindo-se à luta contra a Aids e a malária.
Bush lembrou de vários programas que vão desde ajudas financeiras dadas por instituições como FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial à luta contra as vítimas de tráfico humano e trabalho escravo.
Além disso, referiu-se às diversas operações de paz em que os EUA estão presentes em países em crises humanitárias.
Conselho de segurança
O presidente dos EUA também apoiou a resolução do Conselho de Segurança sobre a crise no Sudão que impediu o comércio de armas no país.
Além disso, ele classificou a crise humanitária no Sudão de "genocídio" e disse que "nenhum país apoiou mais os direitos humanos e liberdade dos trabalhadores do que os EUA".
O chefe de Estado dos EUA disse que a liberdade e a democracia são os principais valores que devem estar presentes em todas as nações do mundo e a ONU é a prova de que a democracia não ocorre apenas no Ocidente.
Bush afirmou que a democracia é além de tudo transparência, liberdade, estabilidade e responsabilidade. E finalizou seu discurso dizendo que "tem fé em transformar o poder em liberdade".
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Bush pediu que Israel congele as colônias e as implantações nos territórios ocupados, além de rogar pelo fim da "humilhação diária que o povo palestino sofre".
Ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat, o presidente dos EUA pediu um "passo em direção à paz".
Ele também mandou recado a outros líderes palestinos e a Estados árabes, pedindo para que abandonem seus vínculos com terroristas. Além disso, sugeriu aos dirigentes mundiais que deixem de lado todos
os contatos com Arafat "que não serve a seu povo e trai sua causa".
Antes de Bush, falaram o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio lula da Silva, respectivamente.
Terrorismo
Bush disse que o maior objetivo de seu governo é "promover a esperança no lugar da violência" e lembrou as vítimas da tragédia da cidade de Beslan, na Ossétia do Norte, república russa, quando seqüestradores tomaram mais de 1.200 pessoas como reféns em uma escola --a maioria crianças e mulheres-- por dois dias, até a ação da segurança russa, que deixou um saldo de mais de 330 mortos.
"Eles [a população de Beslan] não fizeram nada para merecer tanta tristeza", disse Bush.
Em seguida, Bush usou o tema para lembrar a luta contra o terrorismo e disse que "os governos precisam se unir para lutar contra o terrorismo, contra a onda de violência".
"Os ditadores escolhem a agressão, enquanto os governo livres escolhem a paz."
O presidente dos EUA também falou sobre a permanência das tropas americanas no Iraque e no Afeganistão. Ele ressaltou a "reconquista da soberania" por parte do governo iraquiano após a intervenção militar americana contra o governo do ex-ditador Saddam Hussein e voltou a acusar a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, pelos ataques no Iraque.
"A Al Qaeda é o principal grupo inimigo que mata no Iraque", disse.
Bush defendeu as eleições gerais previstas para acontecer no Afeganistão e no Iraque e disse que o "futuro desses países é a liberdade".
"Nossa coalizão está no Iraque apesar dos ataques rebeldes, e continuaremos lá até que a liberdade esteja totalmente instalada, tanto no Iraque como no Afeganistão", acrescentou.
"Dignidade humana"
O discurso de Bush também fez questão de enfatizar o conceito de dignidade humana e apontou com números e cifras as principais ajudas que o governo dos EUA oferece aos programas das instituições multilaterais que fazem parte do sistema das Nações Unidas.
"Os EUA acreditam na dignidade humana e por isso apóiam esses programas", disse, referindo-se à luta contra a Aids e a malária.
Bush lembrou de vários programas que vão desde ajudas financeiras dadas por instituições como FMI (Fundo Monetário Internacional) e Banco Mundial à luta contra as vítimas de tráfico humano e trabalho escravo.
Além disso, referiu-se às diversas operações de paz em que os EUA estão presentes em países em crises humanitárias.
Conselho de segurança
O presidente dos EUA também apoiou a resolução do Conselho de Segurança sobre a crise no Sudão que impediu o comércio de armas no país.
Além disso, ele classificou a crise humanitária no Sudão de "genocídio" e disse que "nenhum país apoiou mais os direitos humanos e liberdade dos trabalhadores do que os EUA".
O chefe de Estado dos EUA disse que a liberdade e a democracia são os principais valores que devem estar presentes em todas as nações do mundo e a ONU é a prova de que a democracia não ocorre apenas no Ocidente.
Bush afirmou que a democracia é além de tudo transparência, liberdade, estabilidade e responsabilidade. E finalizou seu discurso dizendo que "tem fé em transformar o poder em liberdade".
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