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22/09/2004
-
09h09
da Folha Online
O primeiro-ministro do Haiti, Gerard Latortue, afirmou nesta quarta-feira que as mil pessoas que continuam desaparecidas devidos às enchentes causadas pela passagem do furacão Jeanne pelo país podem estar mortas, elevando o total de vítimas a 1.700.
Apenas em Gonaives [norte do país], há 600 mortos identificados e 384 feridos.
"Já identificamos 600 mortos e há um risco de epidemia por causa dos cadáveres. Não há eletricidade e se vê água por todos os lados. É o maior drama que a cidade vive hoje", declarou Latortue.
Durante entrevista à rádio France Info, o primeiro-ministro afirmou que já visitou Gonaives e que a cidade está praticamente inacessível. De acordo com ele, o governo haitiano ainda não conseguiu levar ajuda aos moradores do município.
Latortue também afirmou que se ocorrer alguma outra desgraça parecida às inundações do furacão Jeanne, ele não sabe o que será do Haiti.
A Cruz Vermelha e a Missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti informaram ontem que as inundações do final de semana haviam causado ao menos 709 mortos em todo o país.
A ONU espera realizar ainda hoje a primeira grande distribuição de comida e água nas cidades mais afetadas.
Jeanne
Segundo a agência de notícias Associated Press, após arrasar o Haiti o furacão Jeanne estava, na última segunda-feira, no oceano Atlântico e aparentemente não ameaçava nenhum país. Ontem ele se encontrava a uma grande distância do leste de Bahamas.
Na última semana, ainda como tempestade tropical, o Jeanne havia provocado a morte de sete pessoas em Porto Rico e 23 na República Dominicana.
Outro furacão, o Karl, está no oceano Atlântico e não ameaça nenhum país até o momento.
Pobreza
O Haiti, que enfrentou uma guerra civil, é o país mais pobre da América Latina e do hemisfério Ocidental, segundo o Banco Mundial --cerca de 80% da população rural do país vive na pobreza.
A devastação do Jeanne ocorre a apenas quatro meses após as fortes enchentes registradas na fronteira do Haiti com a República Dominicana, no sul do país. Na ocasião, morreram mais de 1.700 pessoas e outras 1.600 ainda estão desaparecidas.
A cidade de Gonaives, com aproximadamente 250 mil habitantes, também foi alvo de uma rebelião em fevereiro que acabou destituindo o presidente Jean Bertrand Aristide do poder. No confronto, morreram 300 pessoas.
Neste ano, o Haiti comemora 200 anos de independência quando se libertou do governo francês para tornar-se a primeira república negra do mundo a lançar, com êxito, uma rebelião contra o sistema escravocrata.
Com agências internacionais
Especial
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Premiê haitiano diz que mortos por furacão Jeanne podem ser 1.700
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O primeiro-ministro do Haiti, Gerard Latortue, afirmou nesta quarta-feira que as mil pessoas que continuam desaparecidas devidos às enchentes causadas pela passagem do furacão Jeanne pelo país podem estar mortas, elevando o total de vítimas a 1.700.
Apenas em Gonaives [norte do país], há 600 mortos identificados e 384 feridos.
"Já identificamos 600 mortos e há um risco de epidemia por causa dos cadáveres. Não há eletricidade e se vê água por todos os lados. É o maior drama que a cidade vive hoje", declarou Latortue.
Durante entrevista à rádio France Info, o primeiro-ministro afirmou que já visitou Gonaives e que a cidade está praticamente inacessível. De acordo com ele, o governo haitiano ainda não conseguiu levar ajuda aos moradores do município.
Latortue também afirmou que se ocorrer alguma outra desgraça parecida às inundações do furacão Jeanne, ele não sabe o que será do Haiti.
A Cruz Vermelha e a Missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti informaram ontem que as inundações do final de semana haviam causado ao menos 709 mortos em todo o país.
A ONU espera realizar ainda hoje a primeira grande distribuição de comida e água nas cidades mais afetadas.
Jeanne
Segundo a agência de notícias Associated Press, após arrasar o Haiti o furacão Jeanne estava, na última segunda-feira, no oceano Atlântico e aparentemente não ameaçava nenhum país. Ontem ele se encontrava a uma grande distância do leste de Bahamas.
Na última semana, ainda como tempestade tropical, o Jeanne havia provocado a morte de sete pessoas em Porto Rico e 23 na República Dominicana.
Outro furacão, o Karl, está no oceano Atlântico e não ameaça nenhum país até o momento.
Pobreza
O Haiti, que enfrentou uma guerra civil, é o país mais pobre da América Latina e do hemisfério Ocidental, segundo o Banco Mundial --cerca de 80% da população rural do país vive na pobreza.
A devastação do Jeanne ocorre a apenas quatro meses após as fortes enchentes registradas na fronteira do Haiti com a República Dominicana, no sul do país. Na ocasião, morreram mais de 1.700 pessoas e outras 1.600 ainda estão desaparecidas.
A cidade de Gonaives, com aproximadamente 250 mil habitantes, também foi alvo de uma rebelião em fevereiro que acabou destituindo o presidente Jean Bertrand Aristide do poder. No confronto, morreram 300 pessoas.
Neste ano, o Haiti comemora 200 anos de independência quando se libertou do governo francês para tornar-se a primeira república negra do mundo a lançar, com êxito, uma rebelião contra o sistema escravocrata.
Com agências internacionais
Especial
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