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11/10/2004
-
17h41
da France Presse, em Hobbs
George W. Bush e John Kerry realizam campanha nesta segunda-feira no Novo México (oeste), destacando suas profundas divergências em matéria econômica e os assuntos sociais, às vésperas do último debate entre ambos nesta quarta-feira.
A três semanas das eleições de 2 de novembro, a corrida está extremamente disputada, sem um favorito claro. Bush aparece na frente por 51% a 46% na pesquisa do "The Washington Post". Em compensação, aparece em segundo com 44% contra 47% na do instituto Zogby International realizada no fim de semana.
"Parece muito com a disputa de 2000", disse John Zogby. "Lembremos que há quatro anos o favorito mudou várias vezes em outubro nas eleições entre Bush e o então vice-presidente Al Gore".
Esta incerteza reforça o interesse no terceiro debate que será realizado em Tempe (Arizona) e que versará sobre aspectos econômicos. A economia é o tema mais importante para eleitores (28%), segundo a pesquisa da Zogby, acima do Iraque (21%) e do terrorismo (17%).
Os candidatos também discutirão aspectos sociais como o emprego, o custo da saúde e temas controversos como o aborto, o porte de armas, a pesquisa sobre células-tronco e outros.
A prioridade aos assuntos internos depois de várias semanas dedicadas à guerra no Iraque deve causar uma mudança no discurso dos candidatos. O presidente Bush tenta colocar em Kerry o rótulo de "liberal", que nos Estados Unidos é equivalente a "esquerdista" ou "progressista".
Para isso não deixa de mencionar o histórico parlamentar de Kerry que, segundo Bush, em 19 anos de presença no Senado privilegiou sempre o aumento de impostos e a intervenção estatal.
"O desenvolvimento da campanha pode depender do sucesso de Bush em pregar a letra 'L' (de 'liberal') nas costas de Kerry", opinou nesta segunda-feira o analista Bob Novak no jornal "The Washington Post".
John Kerry, por sua vez, apresenta-se como o candidato da classe média, a quem prometeu no domingo (10) "defender como presidente". "George W. Bush escolheu seu lado", o das "companhias petroleiras" e dos "grupos farmacêuticos", denunciou o senador, que divulgou nesta segunda-feira seu programa de energia em um contexto de alta do petróleo e da gasolina.
"Enquanto as companhias petroleiras tiveram lucros recordes, as famílias americanas, a segurança, a economia e o ambiente sofreram com a política de Bush" porque "os Estados Unidos são mais dependentes do petróleo estrangeiro do que antes da sua chegada à Casa Branca", declarou Kerry.
Ambos os candidatos escolheram o Novo México (sudoeste) para realizar seus atos de campanha nesta segunda-feira, um Estado em que Al Gore ganhou em 2000 por uma diferença mínima de 366 votos.
A morte no domingo do ator Christopher Reeve (conhecido por seu papel em Superman) repercutiu também na campanha desta segunda-feira. Kerry classificou-o como seu "amigo" e se comprometeu a dar continuidade à luta a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias para curar doenças, cujo financiamento foi parcialmente suprimido pelo governo Bush.
Este tema e o do aborto são dois aspectos em que os candidatos mais discordam.
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George W. Bush e John Kerry realizam campanha nesta segunda-feira no Novo México (oeste), destacando suas profundas divergências em matéria econômica e os assuntos sociais, às vésperas do último debate entre ambos nesta quarta-feira.
A três semanas das eleições de 2 de novembro, a corrida está extremamente disputada, sem um favorito claro. Bush aparece na frente por 51% a 46% na pesquisa do "The Washington Post". Em compensação, aparece em segundo com 44% contra 47% na do instituto Zogby International realizada no fim de semana.
"Parece muito com a disputa de 2000", disse John Zogby. "Lembremos que há quatro anos o favorito mudou várias vezes em outubro nas eleições entre Bush e o então vice-presidente Al Gore".
Esta incerteza reforça o interesse no terceiro debate que será realizado em Tempe (Arizona) e que versará sobre aspectos econômicos. A economia é o tema mais importante para eleitores (28%), segundo a pesquisa da Zogby, acima do Iraque (21%) e do terrorismo (17%).
Os candidatos também discutirão aspectos sociais como o emprego, o custo da saúde e temas controversos como o aborto, o porte de armas, a pesquisa sobre células-tronco e outros.
A prioridade aos assuntos internos depois de várias semanas dedicadas à guerra no Iraque deve causar uma mudança no discurso dos candidatos. O presidente Bush tenta colocar em Kerry o rótulo de "liberal", que nos Estados Unidos é equivalente a "esquerdista" ou "progressista".
Para isso não deixa de mencionar o histórico parlamentar de Kerry que, segundo Bush, em 19 anos de presença no Senado privilegiou sempre o aumento de impostos e a intervenção estatal.
"O desenvolvimento da campanha pode depender do sucesso de Bush em pregar a letra 'L' (de 'liberal') nas costas de Kerry", opinou nesta segunda-feira o analista Bob Novak no jornal "The Washington Post".
John Kerry, por sua vez, apresenta-se como o candidato da classe média, a quem prometeu no domingo (10) "defender como presidente". "George W. Bush escolheu seu lado", o das "companhias petroleiras" e dos "grupos farmacêuticos", denunciou o senador, que divulgou nesta segunda-feira seu programa de energia em um contexto de alta do petróleo e da gasolina.
"Enquanto as companhias petroleiras tiveram lucros recordes, as famílias americanas, a segurança, a economia e o ambiente sofreram com a política de Bush" porque "os Estados Unidos são mais dependentes do petróleo estrangeiro do que antes da sua chegada à Casa Branca", declarou Kerry.
Ambos os candidatos escolheram o Novo México (sudoeste) para realizar seus atos de campanha nesta segunda-feira, um Estado em que Al Gore ganhou em 2000 por uma diferença mínima de 366 votos.
A morte no domingo do ator Christopher Reeve (conhecido por seu papel em Superman) repercutiu também na campanha desta segunda-feira. Kerry classificou-o como seu "amigo" e se comprometeu a dar continuidade à luta a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias para curar doenças, cujo financiamento foi parcialmente suprimido pelo governo Bush.
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