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17/11/2004
-
08h14
LUCIANA COELHO
da Folha de S.Paulo, em Nova York
No curto discurso que fez ontem após ser nomeada secretária de Estado pelo presidente George W. Bush, Condoleezza Rice elogiou seu chefe e agradeceu pela oportunidade pelo menos três vezes em menos de cinco minutos. Em retribuição, recebeu um beijo no rosto e foi chamada carinhosamente de "Condi".
A cena define a relação entre os dois nos últimos quatro anos. Em Rice, Bush tem uma amiga da família, uma aliada fiel e sua maior tutora em política externa. Em Bush, Rice tem o chefe cuja "agenda ambiciosa e cheia de esperança" ela prometeu defender com o maior empenho, como fez mais do que qualquer um de seus colegas de gabinete na primeira gestão do presidente. A confiança entre os dois parece mútua e inabalável.
Ontem, "fiel" foi o adjetivo mais repetido pela imprensa americana, por analistas e por políticos para definir Rice. Outras duas palavras, no entanto, também foram usadas com constância: perfeccionista e precoce.
Tornando-se a 65ª secretária de Estado dos EUA aos 50 anos recém-completados --ela fez aniversário no domingo passado--, Rice se torna história. É a segunda mulher a ocupar o posto, depois de Madeleine Albright (sob Clinton), e a segunda negra, depois de seu antecessor, Colin Powell. É a primeira mulher negra.
Considerada um prodígio, entrou na faculdade (ciência política na Universidade de Denver) aos 15 anos. Aos 26, havia concluído o seu doutorado e lecionava política externa na Stanford University, uma das mais importantes instituições dos EUA.
Rice deixou Stanford em 1989 para tornar-se, aos 35 anos, diretora para questões soviéticas e do Leste Europeu no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, sob o governo de Bush pai. Sua especialidade é a ex-União Soviética --ela fala russo fluentemente.
Voltou para a universidade em 1993, tornando-se chefe dos setores acadêmico e orçamentário da instituição. Em 2000, teve de pedir nova licença para trabalhar no governo --desta vez, chefiando o Conselho de Segurança Nacional de Bush filho.
Mantém postos nos conselhos da Chevron Corporation, da corretora de investimentos Charles Schwab Corporation, e do J.P. Morgan. Também colabora com o Carnegie Endowment for International Peace e com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA.
Nascida no Alabama, um dos Estados mais segregacionistas dos EUA, Rice competiu como patinadora durante a juventude e é tida como uma pianista competente. Em 2000, ela chegou a dividir o palco com o violoncelista Yoyo-Ma.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Condoleezza Rice
Condoleezza Rice é a mulher-prodígio de Bush
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da Folha de S.Paulo, em Nova York
No curto discurso que fez ontem após ser nomeada secretária de Estado pelo presidente George W. Bush, Condoleezza Rice elogiou seu chefe e agradeceu pela oportunidade pelo menos três vezes em menos de cinco minutos. Em retribuição, recebeu um beijo no rosto e foi chamada carinhosamente de "Condi".
A cena define a relação entre os dois nos últimos quatro anos. Em Rice, Bush tem uma amiga da família, uma aliada fiel e sua maior tutora em política externa. Em Bush, Rice tem o chefe cuja "agenda ambiciosa e cheia de esperança" ela prometeu defender com o maior empenho, como fez mais do que qualquer um de seus colegas de gabinete na primeira gestão do presidente. A confiança entre os dois parece mútua e inabalável.
Ontem, "fiel" foi o adjetivo mais repetido pela imprensa americana, por analistas e por políticos para definir Rice. Outras duas palavras, no entanto, também foram usadas com constância: perfeccionista e precoce.
Tornando-se a 65ª secretária de Estado dos EUA aos 50 anos recém-completados --ela fez aniversário no domingo passado--, Rice se torna história. É a segunda mulher a ocupar o posto, depois de Madeleine Albright (sob Clinton), e a segunda negra, depois de seu antecessor, Colin Powell. É a primeira mulher negra.
Considerada um prodígio, entrou na faculdade (ciência política na Universidade de Denver) aos 15 anos. Aos 26, havia concluído o seu doutorado e lecionava política externa na Stanford University, uma das mais importantes instituições dos EUA.
Rice deixou Stanford em 1989 para tornar-se, aos 35 anos, diretora para questões soviéticas e do Leste Europeu no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, sob o governo de Bush pai. Sua especialidade é a ex-União Soviética --ela fala russo fluentemente.
Voltou para a universidade em 1993, tornando-se chefe dos setores acadêmico e orçamentário da instituição. Em 2000, teve de pedir nova licença para trabalhar no governo --desta vez, chefiando o Conselho de Segurança Nacional de Bush filho.
Mantém postos nos conselhos da Chevron Corporation, da corretora de investimentos Charles Schwab Corporation, e do J.P. Morgan. Também colabora com o Carnegie Endowment for International Peace e com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA.
Nascida no Alabama, um dos Estados mais segregacionistas dos EUA, Rice competiu como patinadora durante a juventude e é tida como uma pianista competente. Em 2000, ela chegou a dividir o palco com o violoncelista Yoyo-Ma.
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