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17/11/2004
-
11h06
da France Presse, em Ramallah
Dirigentes palestinos, parlamentares e civis visitam diariamente a sepultura do líder palestino Iasser Arafat, morto na quinta-feira (11) com a mesma incerteza: todos se questionam a respeito das causas da morte do líder palestino.
"Temos uma excelente relação com o governo francês e com o presidente Jacques Chirac. Sabemos que nos entregarão o boletim médico que explique as causas da morte de Arafat", declarou o secretário da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Tayeb Abdelrahim.
Ele disse que deseja "comunicar o quanto antes ao povo palestino as razões da morte do dirigente [Arafat] para acabar com os rumores que correm cada dia com mais força entre os cidadãos, como Aids, cirrose [como citado hoje pela imprensa francesa] e envenenamento".
"A França diz que só dará o boletim médico à família de Arafat. Nós, os líderes palestinos, somos sua família e quem o enviou para a França, na a esperança de que se recuperasse. Devemos receber esse boletim em primeiro lugar", afirmou, negando que o governo palestino esteja em contato com Suha, mulher de Arafat, para que lhes transmita o boletim.
O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o presidente interino da ANP, Rawhi Fatuh, e o ministro das Relações Exteriores, Nabil Shaath, presidiram uma reunião sobre segurança nesta quarta-feira na Mukata [complexo que abriga o governo palestino].
Ritual
Para a família de Abdel Kader Esmeih, a visita à tumba de Abu Ammar [nome de guerra de Arafat] se transformou em um ritual diário.
"Achamos que Israel envenenou nosso líder porque queria livrar-se dele para ter outros interlocutores palestinos mais fracos", afirma Abdel, ao lado de sua mulher e de suas três filhas.
Os seguranças de Arafat, que vigiam seu túmulo dia e noite, preferem não responder perguntas relacionadas ao boato de envenenamento. "Vivia onde todos vivíamos, comia do que todos comíamos. Se foi envenenado, por quê ele morreu e nós estamos bem?", questiona um dos mais jovens.
Abed Abu al Rub, deputado palestino, afirma que o governo francês "guarda um grande segredo."
"É muito positivo que a imprensa francesa exija de seus dirigentes que revelem a verdade sobre esta morte. Nem os políticos, nem os palestinos têm a mais mínima informação sobre a causa da morte de Arafat. Este mistério só nos faz pensar que há algo horrível por trás", afirmou.
Depois de rezar diante do túmulo de Arafat, o ministro encarregado das negociações com Israel, Saeb Erekat, insistiu na necessidade de receber o boletim médico, mas evitou comentar a hipótese de envenenamento.
Para Erekat, a prioridade é organizar eleições palestinas "confiáveis e democráticas."
"No próximo 9 de janeiro devemos ter eleições em todos os territórios palestinos. Estas eleições, estabelecidas por nossa lei, constituem o verdadeiro objetivo para todos nós", concluiu.
Especial
Saiba mais sobre o líder palestino, na especial sobre Iasser Arafat
Leia o que já foi publicado sobre Iasser Arafat
Palestinos esperam que França revele causa da morte de Arafat
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Dirigentes palestinos, parlamentares e civis visitam diariamente a sepultura do líder palestino Iasser Arafat, morto na quinta-feira (11) com a mesma incerteza: todos se questionam a respeito das causas da morte do líder palestino.
"Temos uma excelente relação com o governo francês e com o presidente Jacques Chirac. Sabemos que nos entregarão o boletim médico que explique as causas da morte de Arafat", declarou o secretário da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Tayeb Abdelrahim.
Ele disse que deseja "comunicar o quanto antes ao povo palestino as razões da morte do dirigente [Arafat] para acabar com os rumores que correm cada dia com mais força entre os cidadãos, como Aids, cirrose [como citado hoje pela imprensa francesa] e envenenamento".
"A França diz que só dará o boletim médico à família de Arafat. Nós, os líderes palestinos, somos sua família e quem o enviou para a França, na a esperança de que se recuperasse. Devemos receber esse boletim em primeiro lugar", afirmou, negando que o governo palestino esteja em contato com Suha, mulher de Arafat, para que lhes transmita o boletim.
O primeiro-ministro palestino, Ahmed Korei, o presidente interino da ANP, Rawhi Fatuh, e o ministro das Relações Exteriores, Nabil Shaath, presidiram uma reunião sobre segurança nesta quarta-feira na Mukata [complexo que abriga o governo palestino].
Ritual
Para a família de Abdel Kader Esmeih, a visita à tumba de Abu Ammar [nome de guerra de Arafat] se transformou em um ritual diário.
"Achamos que Israel envenenou nosso líder porque queria livrar-se dele para ter outros interlocutores palestinos mais fracos", afirma Abdel, ao lado de sua mulher e de suas três filhas.
Os seguranças de Arafat, que vigiam seu túmulo dia e noite, preferem não responder perguntas relacionadas ao boato de envenenamento. "Vivia onde todos vivíamos, comia do que todos comíamos. Se foi envenenado, por quê ele morreu e nós estamos bem?", questiona um dos mais jovens.
Abed Abu al Rub, deputado palestino, afirma que o governo francês "guarda um grande segredo."
"É muito positivo que a imprensa francesa exija de seus dirigentes que revelem a verdade sobre esta morte. Nem os políticos, nem os palestinos têm a mais mínima informação sobre a causa da morte de Arafat. Este mistério só nos faz pensar que há algo horrível por trás", afirmou.
Depois de rezar diante do túmulo de Arafat, o ministro encarregado das negociações com Israel, Saeb Erekat, insistiu na necessidade de receber o boletim médico, mas evitou comentar a hipótese de envenenamento.
Para Erekat, a prioridade é organizar eleições palestinas "confiáveis e democráticas."
"No próximo 9 de janeiro devemos ter eleições em todos os territórios palestinos. Estas eleições, estabelecidas por nossa lei, constituem o verdadeiro objetivo para todos nós", concluiu.
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