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19/11/2004 - 16h13

Bomba mata promotor que investigava adversários de Chávez

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da Folha Online

Uma bomba matou nesta quinta-feira o promotor público Danilo Anderson, segundo informações de autoridades venezuelanas. O crime ocorreu por volta da meia-noite (2h em Brasília) em um subúrbio de Caracas (capital da Venezuela).

Anderson investigava suspeitos de participar de uma tentativa de golpe contra Chávez em 2002.

O ministro do Interior Jesse Chacon afirmou que testes laboratoriais identificaram o corpo do motorista como sendo o de Anderson e disse também que uma investigação preliminar mostrou que um explosivo havia sido colocado perto da cadeira do motorista.

"Um explosivo foi colocado no veículo e foi detonado por controle remoto", disse Chacon. "Não há outra maneira de descrever isso a não ser como terrorismo".

Investigadores disseram ter achado duas armas de mão de Anderson e três telefone celulares perto dos restos do carro do promotor. Autoridades confirmaram que Anderson havia recebido ameaças e que, recentemente, havia sido atacado fisicamente em um shopping center.

Investigação

Anderson estava à frente de uma investigação de cerca de 400 adversários de Chávez pela suposta participação deles na fracassada tentativa de golpe contra o presidente venezuelano em 2002.

O promotor disse à agência de notícias Reuters há menos de duas semanas que esperava completar em breve o indicamento formal de todos os acusados.

No ano passado, duas bombas explodiram do lado de fora das embaixadas colombiana e espanhola em Caracas. Os ataques foram atribuídos pelo governo a antichavistas que estariam procurando asilo nos Estados Unidos.

Chávez

O presidente Hugo Chávez, que se preparava para viajar para a Costa Rica para participar da Cúpula Ibero-Americana, tomou conhecimento do caso e desistiu da viagem.

O procurador-geral Isaías Rodríguez disse que o ato foi um atentado contra a Justiça, acrescentando que o caso será investigado por todo o corpo da procuradoria.

Anderson ganhou destaque ao investigar os casos políticos da Venezuela, especialmente os que cercaram o golpe de Estado de 12 de abril de 2002, que afastou Chávez do poder por 47 horas.

Também investigou os chamados pistoleiros da Ponte Llaguno, caso em que oficiais foram acusados pela oposição, com vídeos, de abrir fogo contra uma manifestação contrária ao governo no dia 11 de abril.

Com agências internacionais

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