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22/11/2004
-
11h33
CHRISTOPHE DE ROQUEFEUIIL
da France Presse, em Jericó
O secretário de Estado americano, Colin Powell, reuniu-se nesta segunda-feira, na Cisjordânia, com a nova direção palestina pela primeira vez desde a morte de Iasser Arafat, depois de ter declarado em Israel que é favorável à participação dos palestinos de Jerusalém Oriental na eleição de 9 de janeiro.
Powell prometeu a ajuda dos Estados Unidos para a organização da eleição que designará o sucessor de Arafat. O encontro aconteceu em Jericó e contou com as presenças do líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) Mahmoud Abbas [também conhecido como Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino Ahmed Korei e o presidente interino da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rawhi Fatuh
"Os EUA ajudarão na celebração da eleição e na saída das tropas israelenses das cidades palestinas", declarou o chefe da diplomacia palestina, Nabil Shaath, após a reunião.
"Eu penso que esta oportunidade não pode ser desperdiçada. O que eu ouvi hoje é que a ANP está comprometida com a reforma", disse Powell.
Confinamento
Este foi o primeiro encontro em três anos entre um funcionário do governo americano e a direção palestina --período em que Arafat ficou confinado em seu QG pelo governo de Israel.
Washington havia decidido isolar Arafat, que morreu no dia 11 de novembro. A administração Bush acusava o líder palestino de ter traído seu povo e de não ter atuado contra os grupos armados responsáveis pelos atentados antiisraelenses.
Antes de viajar para Jericó, o secretário de Estado demissionário, que será substituído por Condolezza Rice, se reuniu em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e com chanceler israelense, Silvan Shalom.
Depois deste encontro, Sharon anunciou que concordava com a participação dos 220 mil palestinos de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel desde 1967, na eleição de 9 de janeiro.
Em um comunicado da presidência do conselho, Sharon destaca que, na sua opinião, "Israel dever permitir o voto dos árabes de Jerusalém Oriental, como aconteceu no passado, mas a questão será debatida nos fóruns apropriados e depois uma decisão a respeito será adotada".
"Israel fará todo o possível para facilitar que a eleição dentro da ANP se desenvolva da maneira prevista. Tudo depende da direção palestina", disse Sharon, no comunicado.
Em uma entrevista coletiva ao lado de Shalom, Powell considerou "importante" que os palestinos de Jerusalém Oriental possam participar das eleições.
"No que diz respeito a Jerusalém Oriental, existe um antecedente que mostra como esta questão pode ser resolvida", declarou.
Shalom afirmou que Israel tenta encontrar uma solução que permita que os palestinos de Jerusalém Oriental participem da eleição e, ao mesmo tempo, preserve a soberania israelense na parte oriental da cidade anexada.
"Faremos todo o possível para manter nossa soberania sobre Jerusalém, que é a única e indivisível capital do Estado de Israel. Não faremos nada para dividi-la", disse Shalom.
Em 1996, os palestinos dessa região de Jerusalém votaram nas primeiras eleições gerais palestinas votando em algumas agências dos correios e em centros de votação instalados nos subúrbios da cidade santa.
O atual primeiro-ministro palestino é um dos deputados eleitos por Jerusalém em 1996.
Powell se reúne com direção palestina
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da France Presse, em Jericó
O secretário de Estado americano, Colin Powell, reuniu-se nesta segunda-feira, na Cisjordânia, com a nova direção palestina pela primeira vez desde a morte de Iasser Arafat, depois de ter declarado em Israel que é favorável à participação dos palestinos de Jerusalém Oriental na eleição de 9 de janeiro.
Powell prometeu a ajuda dos Estados Unidos para a organização da eleição que designará o sucessor de Arafat. O encontro aconteceu em Jericó e contou com as presenças do líder da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) Mahmoud Abbas [também conhecido como Abu Mazen], o primeiro-ministro palestino Ahmed Korei e o presidente interino da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rawhi Fatuh
"Os EUA ajudarão na celebração da eleição e na saída das tropas israelenses das cidades palestinas", declarou o chefe da diplomacia palestina, Nabil Shaath, após a reunião.
"Eu penso que esta oportunidade não pode ser desperdiçada. O que eu ouvi hoje é que a ANP está comprometida com a reforma", disse Powell.
Confinamento
Este foi o primeiro encontro em três anos entre um funcionário do governo americano e a direção palestina --período em que Arafat ficou confinado em seu QG pelo governo de Israel.
Washington havia decidido isolar Arafat, que morreu no dia 11 de novembro. A administração Bush acusava o líder palestino de ter traído seu povo e de não ter atuado contra os grupos armados responsáveis pelos atentados antiisraelenses.
Antes de viajar para Jericó, o secretário de Estado demissionário, que será substituído por Condolezza Rice, se reuniu em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e com chanceler israelense, Silvan Shalom.
Depois deste encontro, Sharon anunciou que concordava com a participação dos 220 mil palestinos de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada por Israel desde 1967, na eleição de 9 de janeiro.
Em um comunicado da presidência do conselho, Sharon destaca que, na sua opinião, "Israel dever permitir o voto dos árabes de Jerusalém Oriental, como aconteceu no passado, mas a questão será debatida nos fóruns apropriados e depois uma decisão a respeito será adotada".
"Israel fará todo o possível para facilitar que a eleição dentro da ANP se desenvolva da maneira prevista. Tudo depende da direção palestina", disse Sharon, no comunicado.
Em uma entrevista coletiva ao lado de Shalom, Powell considerou "importante" que os palestinos de Jerusalém Oriental possam participar das eleições.
"No que diz respeito a Jerusalém Oriental, existe um antecedente que mostra como esta questão pode ser resolvida", declarou.
Shalom afirmou que Israel tenta encontrar uma solução que permita que os palestinos de Jerusalém Oriental participem da eleição e, ao mesmo tempo, preserve a soberania israelense na parte oriental da cidade anexada.
"Faremos todo o possível para manter nossa soberania sobre Jerusalém, que é a única e indivisível capital do Estado de Israel. Não faremos nada para dividi-la", disse Shalom.
Em 1996, os palestinos dessa região de Jerusalém votaram nas primeiras eleições gerais palestinas votando em algumas agências dos correios e em centros de votação instalados nos subúrbios da cidade santa.
O atual primeiro-ministro palestino é um dos deputados eleitos por Jerusalém em 1996.
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