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26/11/2004
-
07h43
da Folha Online
Milhares de partidários do candidato oposicionista derrotado na corrida à Presidência da Ucrânia, Viktor Yushchenko, 50, impediram nesta manhã que o presidente eleito no pleito do último domingo (21), Viktor Yanukovich, 54, entrasse no prédio da sede do governo.
O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, e o comissário de Política Externa da União Européia (UE), Javier Solana, eram esperados na sede do governo para discutir a rejeição popular ao resultado da eleição.
Os manifestantes fecharam a entrada da sede do governo ucraniano com veículos e as pessoas fizeram um cordão de isolamento impedindo que funcionários entrassem no local.
"O primeiro-ministro do Yanukovich não pôde entrar hoje no edifício do governo para suas reuniões com lideranças européias", disse o porta-voz de Yanukovich, Anna Herman. "É um bloqueio pacífico. Tentaremos fugir das provocações", acrescentou.
A ação ocorre sob a observação da polícia e de membros do Ministério do Interior, que não interveio para dispersar os manifestantes.
Nesta sexta-feira, o presidente ucraniano Kuchma, 66, deve fazer um pronunciamento à nação, no qual possivelmente convocará a oposição a negociar com o governo.
Ontem a Corte Suprema da Ucrânia vetou a posse de Yanukovich como presidente do país, cuja eleição provocou protestos maciços da população, e disse que vai examinar a queixa registrada por Yushchenko
-- que disse ter havido fraude no pleito.
"Ameaça russa"
De acordo com informações de um porta-voz da oposição ucraniana, Boris Tarasuk, divulgadas pela TV búlgara privada bTV, cerca de mil soldados de unidades especiais russas estão espalhados por Kiev [capital da Ucrânia] para intervir se houver necessidade.
"Confirmo a presença de unidades especiais russas em Kiev, posso apontar sua posição. Chegaram de avião à Ucrânia, vestem uniformes ucranianos. Seu armamento indica planos muito sérios", declarou à bTV.
Tarasuk, presidente da Comissão das Relações Exteriores do Parlamento ucraniano, é um colaborador próximo de Yushchenko.
Rechaço
A corte rejeitou a publicação oficial dos resultados eleitorais, que mostravam que Yanukovich (49,46%) havia derrotado Yushchenko (46,61%) na eleição do último domingo (21).
De acordo com a lei, o vencedor das eleições precisa tomar posse até 30 dias depois da publicação dos resultados no diário oficial do país.
A corte também disse que vai examinar na próxima segunda-feira (29) a acusação de Yushchenko de que o premiê só havia ganho graças a fraudes.
Antes da decisão da corte, Yushchenko chegou a anunciar uma greve geral para protestar contra o resultado das eleições.
O governo dos EUA negaram reconhecer o resultado da eleição ucraniana e afirmaram que "não é muito tarde para que as autoridades encontrem uma solução que respeite a vontade do povo".
Com agências internacionais
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O presidente da Polônia, Aleksander Kwasniewski, e o comissário de Política Externa da União Européia (UE), Javier Solana, eram esperados na sede do governo para discutir a rejeição popular ao resultado da eleição.
Os manifestantes fecharam a entrada da sede do governo ucraniano com veículos e as pessoas fizeram um cordão de isolamento impedindo que funcionários entrassem no local.
"O primeiro-ministro do Yanukovich não pôde entrar hoje no edifício do governo para suas reuniões com lideranças européias", disse o porta-voz de Yanukovich, Anna Herman. "É um bloqueio pacífico. Tentaremos fugir das provocações", acrescentou.
A ação ocorre sob a observação da polícia e de membros do Ministério do Interior, que não interveio para dispersar os manifestantes.
Nesta sexta-feira, o presidente ucraniano Kuchma, 66, deve fazer um pronunciamento à nação, no qual possivelmente convocará a oposição a negociar com o governo.
Ontem a Corte Suprema da Ucrânia vetou a posse de Yanukovich como presidente do país, cuja eleição provocou protestos maciços da população, e disse que vai examinar a queixa registrada por Yushchenko
-- que disse ter havido fraude no pleito.
"Ameaça russa"
De acordo com informações de um porta-voz da oposição ucraniana, Boris Tarasuk, divulgadas pela TV búlgara privada bTV, cerca de mil soldados de unidades especiais russas estão espalhados por Kiev [capital da Ucrânia] para intervir se houver necessidade.
"Confirmo a presença de unidades especiais russas em Kiev, posso apontar sua posição. Chegaram de avião à Ucrânia, vestem uniformes ucranianos. Seu armamento indica planos muito sérios", declarou à bTV.
Tarasuk, presidente da Comissão das Relações Exteriores do Parlamento ucraniano, é um colaborador próximo de Yushchenko.
Rechaço
A corte rejeitou a publicação oficial dos resultados eleitorais, que mostravam que Yanukovich (49,46%) havia derrotado Yushchenko (46,61%) na eleição do último domingo (21).
De acordo com a lei, o vencedor das eleições precisa tomar posse até 30 dias depois da publicação dos resultados no diário oficial do país.
A corte também disse que vai examinar na próxima segunda-feira (29) a acusação de Yushchenko de que o premiê só havia ganho graças a fraudes.
Antes da decisão da corte, Yushchenko chegou a anunciar uma greve geral para protestar contra o resultado das eleições.
O governo dos EUA negaram reconhecer o resultado da eleição ucraniana e afirmaram que "não é muito tarde para que as autoridades encontrem uma solução que respeite a vontade do povo".
Com agências internacionais
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