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30/11/2004
-
08h38
da Folha Online
O primeiro-ministro ucraniano e presidente eleito, Viktor Yanukovich, 54, ofereceu um cargo em seu futuro governo a seu rival na eleição presidencial do último dia 21, Viktor Yushchenko, 50, caso a Corte Suprema do país confirme sua vitória na eleição.
Até o momento, Yushchenko, que é líder da oposição e encabeça manifestações populares diárias por novas eleições, não comentou a oferta de Yanukovich.
Durante entrevista, o presidente eleito também disse estar disposto a enfrentar uma nova eleição caso sejam comprovadas as acusações de fraude levantadas pela oposição e por inspetores da comunidade internacional.
"Se a Suprema Corte, conforme a demanda da oposição, reconhecer que a eleição nas regiões de Donetsk e Luhansk [ambas ao leste] foram fraudulentas, estou pronto para pedir aos cidadãos dessas regiões a votar de novo", disse Yanukovich.
O primeiro-ministro também propôs, se houver anulação do resultado de sua vitória, que haja a organização de uma nova eleição na Ucrânia, sem a participação dele ou de Yushchenko, para "evitar uma divisão do país".
Decisão
Juízes da Suprema Corte ucraniana voltaram a se reunir nesta terça-feira para continuar a examinar a demanda da oposição, que questiona o resultado da eleição realizada em 21 de novembro, em que Yanukovich foi eleito presidente.
O pedido de anulação é encabeçado por Yushchenko, líder da oposição derrotado na eleição do último dia 21, que diz que o pleito foi fraudado. Na semana passada, o Parlamento ucraniano considerou inválida a eleição.
A lei ucraniana diz que a corte não pode decidir sobre todo o resultado da eleição, mas pode declarar a votação inválida em alguns distritos. O principal foco da oposição são as regiões ao sul e ao leste, que apóiam Yanukovich e onde há graves suspeitas sobre fraudes.
O resultado da eleição deu vitória a Yanukovich por uma margem de 871.402 votos.
Desconfiança
Nesta terça-feira, também, o Parlamento ucraniano realizou uma sessão extraordinária para votar uma moção de censura contra o resultado da votação.
Yushchenko pediu para que o Parlamento aprove um voto de desconfiança contra o gabinete, liderado por Yanukovich. O candidato da oposição afirma que o governo "perdeu o controle" sobre o país.
A sessão foi encerrada antes que os parlamentares chegassem a uma decisão final. Apenas 196 dos 410 parlamentares votaram a favor da moção --era necessário um mínimo de 226 votos.
Manifestantes da oposição tentaram invadir o prédio do Parlamento e a decisão final foi adiada para amanhã.
Mesmo aprovada, a moção não implica na queda do atual governo ucraniano, apoiado pela Rússia.
Pressão
O presidente ucraniano, Leonid Kuchma, declarou ontem que uma nova eleição é a melhor solução para pôr fim à crise ucraniana.
Desde o dia 21 de novembro, o país está parado. Milhares de pessoas --que em sua maioria apóiam Yushchenko-- estão nas ruas, em protesto ao resultado da eleição.
A região do leste do país, onde se concentra o parque industrial ucraniano, apóia o primeiro-ministro. Autoridades locais tem proposto que a região se torne autônoma, em retaliação aos protestos dos partidários de Yushchenko.
Kuchma também disse que as autoridades ucranianas não podem "permitir, em nenhuma instância, a desintegração ou divisão da Ucrânia". O secretário de Estado americano, Colin Powell, pediu ao presidente que mantivesse o país "intacto."
Tanto o governo dos Estados Unidos quanto a União Européia rejeitaram o resultado, que deu a vitória a Yanukovich por vantagem de cerca de 3% dos votos populares.
Com agências internacionais
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O primeiro-ministro ucraniano e presidente eleito, Viktor Yanukovich, 54, ofereceu um cargo em seu futuro governo a seu rival na eleição presidencial do último dia 21, Viktor Yushchenko, 50, caso a Corte Suprema do país confirme sua vitória na eleição.
Até o momento, Yushchenko, que é líder da oposição e encabeça manifestações populares diárias por novas eleições, não comentou a oferta de Yanukovich.
Durante entrevista, o presidente eleito também disse estar disposto a enfrentar uma nova eleição caso sejam comprovadas as acusações de fraude levantadas pela oposição e por inspetores da comunidade internacional.
"Se a Suprema Corte, conforme a demanda da oposição, reconhecer que a eleição nas regiões de Donetsk e Luhansk [ambas ao leste] foram fraudulentas, estou pronto para pedir aos cidadãos dessas regiões a votar de novo", disse Yanukovich.
O primeiro-ministro também propôs, se houver anulação do resultado de sua vitória, que haja a organização de uma nova eleição na Ucrânia, sem a participação dele ou de Yushchenko, para "evitar uma divisão do país".
Decisão
Juízes da Suprema Corte ucraniana voltaram a se reunir nesta terça-feira para continuar a examinar a demanda da oposição, que questiona o resultado da eleição realizada em 21 de novembro, em que Yanukovich foi eleito presidente.
O pedido de anulação é encabeçado por Yushchenko, líder da oposição derrotado na eleição do último dia 21, que diz que o pleito foi fraudado. Na semana passada, o Parlamento ucraniano considerou inválida a eleição.
A lei ucraniana diz que a corte não pode decidir sobre todo o resultado da eleição, mas pode declarar a votação inválida em alguns distritos. O principal foco da oposição são as regiões ao sul e ao leste, que apóiam Yanukovich e onde há graves suspeitas sobre fraudes.
O resultado da eleição deu vitória a Yanukovich por uma margem de 871.402 votos.
Desconfiança
Nesta terça-feira, também, o Parlamento ucraniano realizou uma sessão extraordinária para votar uma moção de censura contra o resultado da votação.
Yushchenko pediu para que o Parlamento aprove um voto de desconfiança contra o gabinete, liderado por Yanukovich. O candidato da oposição afirma que o governo "perdeu o controle" sobre o país.
A sessão foi encerrada antes que os parlamentares chegassem a uma decisão final. Apenas 196 dos 410 parlamentares votaram a favor da moção --era necessário um mínimo de 226 votos.
Manifestantes da oposição tentaram invadir o prédio do Parlamento e a decisão final foi adiada para amanhã.
Mesmo aprovada, a moção não implica na queda do atual governo ucraniano, apoiado pela Rússia.
Pressão
O presidente ucraniano, Leonid Kuchma, declarou ontem que uma nova eleição é a melhor solução para pôr fim à crise ucraniana.
Desde o dia 21 de novembro, o país está parado. Milhares de pessoas --que em sua maioria apóiam Yushchenko-- estão nas ruas, em protesto ao resultado da eleição.
A região do leste do país, onde se concentra o parque industrial ucraniano, apóia o primeiro-ministro. Autoridades locais tem proposto que a região se torne autônoma, em retaliação aos protestos dos partidários de Yushchenko.
Kuchma também disse que as autoridades ucranianas não podem "permitir, em nenhuma instância, a desintegração ou divisão da Ucrânia". O secretário de Estado americano, Colin Powell, pediu ao presidente que mantivesse o país "intacto."
Tanto o governo dos Estados Unidos quanto a União Européia rejeitaram o resultado, que deu a vitória a Yanukovich por vantagem de cerca de 3% dos votos populares.
Com agências internacionais
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