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18/12/2004
-
09h37
da Folha Online
Quase metade dos americanos é favorável a que se limite as liberdades civis de muçulmanos americanos, segundo pesquisa divulgada hoje, realizada pela Universidade Cornell, em Nova York.
De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados são favoráveis a alguma restrição nas liberdades civis de muçulmanos americanos. Outros 48% dizem que as liberdades civis não devem sofrer qualquer tipo de restrição.
A pesquisa mostrou que 27% das pessoas que responderam à pesquisa dizem que é preciso que os muçulmanos americanos registrem seus endereços junto a algum órgão federal. A identificação por critérios raciais para identificar ameaças terroristas em potencial é apoiada por 22% dos entrevistados e outros 29% dizem que agentes disfarçados devem se infiltrar em organizações muçulmanas, civis ou voluntárias, para registrar suas atividades.
Segundo a pesquisa ainda, 37% dos entrevistados dizem acreditar que um ataque terrorista pode acontecer nos próximos 12 meses. Uma pesquisa similar realizada pela Cornell em novembro de 2002 mostrava que esse temor afligia 90% dos entrevistados.
Religião e TV
A pesquisa também mostra que republicanos e pessoas que se descrevem como "muito religiosas" são mais propensos a que se reduza as liberdades civis de muçulmanos que democratas ou pessoas que se consideram "menos religiosas".
Outro dado da pesquisa é que pessoas que assistem mais noticiários de TV tendem mais a temer ataques terroristas e a apoiar a redução dos direitos civis de muçulmanos nos EUA.
"São notícias tristes e preocupantes, mas não surpreendentes", disse o diretor executivo da Sociedade Muçulmana Americana, Mahdy Bray. "O país está em guerra, ainda que não seja uma guerra tradicional. Temos apenas que continuar vigilantes."
O professor da universidade e co-organizador da pesquisa, James Shanahan, disse que os resultados mostram a "necessidade de continuar o diálogo sobre questões de liberdades civis".
O que chama mais a atenção é a correlação entre a tendência a reduzir liberdades civis de muçulmanos, a religião e a exposição dos entrevistados aos noticiários de TV. "Temos que tentar entender por que esses dois importantes meios de comunicação nutrem o medo mais que a compreensão", disse Shanahan.
A pesquisa foi realizada com base em 715 entrevistas por telefone com pessoas de todo o país. A margem de erro é de 3,6 pontos percentuais.
Com Associated Press
Especial
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Quase metade dos americanos quer limitar direitos dos muçulmanos
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Quase metade dos americanos é favorável a que se limite as liberdades civis de muçulmanos americanos, segundo pesquisa divulgada hoje, realizada pela Universidade Cornell, em Nova York.
De acordo com a pesquisa, 44% dos entrevistados são favoráveis a alguma restrição nas liberdades civis de muçulmanos americanos. Outros 48% dizem que as liberdades civis não devem sofrer qualquer tipo de restrição.
A pesquisa mostrou que 27% das pessoas que responderam à pesquisa dizem que é preciso que os muçulmanos americanos registrem seus endereços junto a algum órgão federal. A identificação por critérios raciais para identificar ameaças terroristas em potencial é apoiada por 22% dos entrevistados e outros 29% dizem que agentes disfarçados devem se infiltrar em organizações muçulmanas, civis ou voluntárias, para registrar suas atividades.
Segundo a pesquisa ainda, 37% dos entrevistados dizem acreditar que um ataque terrorista pode acontecer nos próximos 12 meses. Uma pesquisa similar realizada pela Cornell em novembro de 2002 mostrava que esse temor afligia 90% dos entrevistados.
Religião e TV
A pesquisa também mostra que republicanos e pessoas que se descrevem como "muito religiosas" são mais propensos a que se reduza as liberdades civis de muçulmanos que democratas ou pessoas que se consideram "menos religiosas".
Outro dado da pesquisa é que pessoas que assistem mais noticiários de TV tendem mais a temer ataques terroristas e a apoiar a redução dos direitos civis de muçulmanos nos EUA.
"São notícias tristes e preocupantes, mas não surpreendentes", disse o diretor executivo da Sociedade Muçulmana Americana, Mahdy Bray. "O país está em guerra, ainda que não seja uma guerra tradicional. Temos apenas que continuar vigilantes."
O professor da universidade e co-organizador da pesquisa, James Shanahan, disse que os resultados mostram a "necessidade de continuar o diálogo sobre questões de liberdades civis".
O que chama mais a atenção é a correlação entre a tendência a reduzir liberdades civis de muçulmanos, a religião e a exposição dos entrevistados aos noticiários de TV. "Temos que tentar entender por que esses dois importantes meios de comunicação nutrem o medo mais que a compreensão", disse Shanahan.
A pesquisa foi realizada com base em 715 entrevistas por telefone com pessoas de todo o país. A margem de erro é de 3,6 pontos percentuais.
Com Associated Press
Especial
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