22/12/2004 - 14h47

Japão confirma primeiro caso de gripe do frango

da France Presse, em Tóquio

O Japão confirmou o primeiro caso de infecção humana com a gripe do frango nesta quarta-feira e disse que mais quatro pessoas estão em observação, suspeitas de também terem pego a doença, entretanto nenhuma delas manifestou os sintomas ainda.

O Japão proibiu ainda a importação de frango e derivados da Coréia do Sul em resposta a um novo surto da doença em uma fazenda próxima ao país vizinho, onde milhares de patos foram sacrificados em fevereiro.

O Ministério da Saúde fez um alerta ao público. Quatro dos cinco suspeitos de pegar a doença eram funcionários de uma fazenda próxima à cidade de Kyoto, onde algumas medidas de precaução foram adotadas para lidar com um surto desde o início do ano, segundo comunicado.

O quinto suspeito é um fiscal do governo que ajudou nos trabalhos de limpeza da fazenda. O resultado dos exames de sangue dos cinco deu positivo para a gripe das aves em abril e um deles teve um aumento do volume de anticorpos, confirmando uma infecção, segundo a mesma fonte.

O homem infectado realizou dois testes e teve uma infecção de garganta por alguns dias depois de tomar a medicação antiviral. "Os quatro suspeitos não foram confirmados com gripe das aves porque só fizeram um teste cada, mas é bem provável que estejam infectados", disse.

Nenhum dos cinco desenvolveu sintomas peculiares da gripe e não devem representar qualquer perigo para a saúde pública porque não há possibilidade de manifestaram os sintomas ou infectarem outras pessoas, acrescenta o comunicado.

Depois do surto, cerca de 240 mil galinhas e 20 milhões de ovos foram destruídos na granja Asada Nosan Co. onde o vírus foi identificado. Em agosto, o diretor da empresa, Hideaki Asada, teve um ano de prisão decretada por não ter comunicado o surto, descoberto graças a denúncias dos vizinhos.

Seu pai, que era presidente da Asada Nosan, e a mãe foram encontrados enforcados. Aparentemente cometeram suicídio juntos no início de março, depois de intensa pressão da mídia.

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