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25/12/2004
-
13h23
HICHAM ABDALLAH
da France Presse, em Ramallah
O líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, fez neste sábado um discurso firme e sem concessões a Israel ao iniciar sua campanha para a eleição presidencial palestina de 9 de janeiro.
Abas, de 69 anos, abriu seu primeiro comício com um minuto de silêncio em memória de Iasser Arafat, a quem espera suceder na presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Ele criticou a ocupação israelense, advertiu que a saída prevista de Gaza deve ser seguida por outras retiradas, manteve a exigência sobre o direito de retorno dos refugiados palestinos e impôs como condição para a paz a libertação de todos os detentos palestinos, incluindo Marwan Barghouti, o mais famoso de todos.
"Continuaremos nos baseando na resolução 194 [da Assembléia Geral da ONU, Organização das Nações Unidas] como fundamento da solução para os refugiados", afirmou.
A resolução estipula o direito de retorno dos refugiados palestinos expulsos em 1948, ou pelo menos o pagamento de uma indenização.
"Queremos a paz, a estabilidade e a segurança de nosso povo", declarou Abbas aos 2.000 partidários reunidos para o primeiro ato de sua campanha em um salão de conferências em Ramallah.
"Queremos que as pessoas se sintam seguras em suas casas e quando se deslocarem de uma parte a outra. Porém, nós sabemos que o ocupante [Israel] não quer segurança para o nosso povo e sempre busca pretextos para nos privar dela", disse.
"A retirada de Gaza não deve ser mais do que uma etapa, outras retiradas deverão segui-la", declarou Abbas. "O que nós queremos é o fim da ocupação", reiterou o líder da OLP.
"Queremos um Estado com base nas terras de 1967 [Cisjordânia e faixa de de Gaza antes de sua ocupação, que aconteceu depois da guerra árabe-israelense de junho de 1967], e isso significa que não abandonaremos Jerusalém", disse.
Segundo o plano de paz preparado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, o exército de Israel deve se retirar da faixa de Gaza em 2005, depois do desmantelamento das 21 colônias construídas nesse território e de quatro assentamentos judaicos isolados no norte da Cisjordânia.
Abbas também pediu a libertação de Barghouti, símbolo da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense] detido por Israel, e afirmou que a paz com o Estado israelense só será possível quando com uma solução para a questão dos presos políticos palestinos.
"Israel quer a paz enquanto o problema dos prisioneiros [palestinos] continua sem solução", declarou Abbas, favorito às eleições presidenciais. Estão entre nós dois ex-prisioneiros. Porém, queremos que todos sejam ex-detentos e em primeiro lugar Barghouthi", acrescentou. Cerca de 8.000 palestinos estão detidos em Israel atualmente.
Abbas, que sucedeu Arafat no comando da OLP deve, exceto no caso de uma grande surpresa, herdar também a presidência da ANP, diante da ausência de um rival de envergadura depois da retirada da candidatura de Barghouti e da decisão do movimento extremista palestino Hamas de boicotar a votação.
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Abbas inicia campanha com discurso duro e sem concessões a Israel
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da France Presse, em Ramallah
O líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, fez neste sábado um discurso firme e sem concessões a Israel ao iniciar sua campanha para a eleição presidencial palestina de 9 de janeiro.
Abas, de 69 anos, abriu seu primeiro comício com um minuto de silêncio em memória de Iasser Arafat, a quem espera suceder na presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Ele criticou a ocupação israelense, advertiu que a saída prevista de Gaza deve ser seguida por outras retiradas, manteve a exigência sobre o direito de retorno dos refugiados palestinos e impôs como condição para a paz a libertação de todos os detentos palestinos, incluindo Marwan Barghouti, o mais famoso de todos.
"Continuaremos nos baseando na resolução 194 [da Assembléia Geral da ONU, Organização das Nações Unidas] como fundamento da solução para os refugiados", afirmou.
A resolução estipula o direito de retorno dos refugiados palestinos expulsos em 1948, ou pelo menos o pagamento de uma indenização.
"Queremos a paz, a estabilidade e a segurança de nosso povo", declarou Abbas aos 2.000 partidários reunidos para o primeiro ato de sua campanha em um salão de conferências em Ramallah.
"Queremos que as pessoas se sintam seguras em suas casas e quando se deslocarem de uma parte a outra. Porém, nós sabemos que o ocupante [Israel] não quer segurança para o nosso povo e sempre busca pretextos para nos privar dela", disse.
"A retirada de Gaza não deve ser mais do que uma etapa, outras retiradas deverão segui-la", declarou Abbas. "O que nós queremos é o fim da ocupação", reiterou o líder da OLP.
"Queremos um Estado com base nas terras de 1967 [Cisjordânia e faixa de de Gaza antes de sua ocupação, que aconteceu depois da guerra árabe-israelense de junho de 1967], e isso significa que não abandonaremos Jerusalém", disse.
Segundo o plano de paz preparado pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, o exército de Israel deve se retirar da faixa de Gaza em 2005, depois do desmantelamento das 21 colônias construídas nesse território e de quatro assentamentos judaicos isolados no norte da Cisjordânia.
Abbas também pediu a libertação de Barghouti, símbolo da Intifada [revolta palestina contra a ocupação israelense] detido por Israel, e afirmou que a paz com o Estado israelense só será possível quando com uma solução para a questão dos presos políticos palestinos.
"Israel quer a paz enquanto o problema dos prisioneiros [palestinos] continua sem solução", declarou Abbas, favorito às eleições presidenciais. Estão entre nós dois ex-prisioneiros. Porém, queremos que todos sejam ex-detentos e em primeiro lugar Barghouthi", acrescentou. Cerca de 8.000 palestinos estão detidos em Israel atualmente.
Abbas, que sucedeu Arafat no comando da OLP deve, exceto no caso de uma grande surpresa, herdar também a presidência da ANP, diante da ausência de um rival de envergadura depois da retirada da candidatura de Barghouti e da decisão do movimento extremista palestino Hamas de boicotar a votação.
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