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28/12/2004
-
09h01
da Folha Online
Dois dias depois de um grande terremoto ter provocado um maremoto que afetou ao menos nove países asiáticos e a Somália, na África, o balanço de vítimas fatais da catástrofe ultrapassa os 24 mil, mas o número não pára de aumentar e pode superar 40 mil mortos e 30 mil desaparecidos, segundo as agências internacionais.
No domingo (26), o tremor de até 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países asiáticos como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka, Tanzânia, Tailândia e a Somália, na África.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Locais atingidos
O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, mas os três países mais atingidos até o momento são o a Indonésia, a Índia e o Sri Lanka.
Até o momento, o número oficial de mortos na Indonésia é de 5.774. Autoridades do país afirmaram, entretanto, que esse número pode chegar a 21 mil apenas na Indonésia.
"Ainda não dispomos de um balanço preciso, mas estimo em entre 21 mil e 25 mil o número de mortos", afirmou o vice-presidente indonésio Yusuf Kalla, de acordo com a agência de notícias oficial Antara.
Mais de 4.000 pessoas morreram na Índia, mas segundo as autoridades do país o número de vítimas fatais deve aumentar. A quantidade de mortes confirmadas pelo governo é de 4.371.
No Sri Lanka, 12.271 pessoas morreram no desastre, segundo o Exército. Na Tailândia, o número de mortos chega a 1473.
Pelo menos 34 pessoas morreram em Mianmar, mas o balanço também deve subir nas próximas horas. Nas ilhas Maldivas, 43 mortes foram confirmadas até o momento e 68 pessoas são consideradas desaparecidas.
Na Malásia, 59 pessoas morreram, incluindo crianças e idosos.
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Água contaminada
De acordo com a Cruz Vermelha, as maiores ameaças aos sobreviventes são agora epidemias de febre tifóide, diarréia, malária, cólera e hepatite.
O coordenador de emergências da ONU (Organização das Nações Unidas), Jan Egeland, advertiu para o risco de epidemias de infecções intestinais e pulmonares que podem ocorrer nos próximos dias.
Em Genebra, a porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Fadela Chaib, disse à agência Reuters que é essencial levar comprimidos para a purificação da água e kits antimalária para as regiões atingidas.
Governos e agências humanitárias de todo o mundo prometeram enviar ajuda financeira e já despacharam equipamento médico de emergência e equipes para a região em torno da baía de Bengala e para a Indonésia.
Com agências internacionais
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Terremoto na Ásia mata 24 mil; mortos podem chegar a 40 mil
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No domingo (26), o tremor de até 9.0 graus na escala Richter atingiu vários países asiáticos como Bangladesh, Índia, Indonésia, Malásia, Maldivas, Mianmar, Sri Lanka, Tanzânia, Tailândia e a Somália, na África.
As mortes foram causadas pelo terremoto e pelos tsunamis [tipo especial de onda oceânica, gerada por distúrbios sísmicos, que possui alto poder destrutivo quando chega à região costeira].
Locais atingidos
O número de mortos ainda é provisório e deve aumentar com o trabalho das equipes de resgate, mas os três países mais atingidos até o momento são o a Indonésia, a Índia e o Sri Lanka.
Até o momento, o número oficial de mortos na Indonésia é de 5.774. Autoridades do país afirmaram, entretanto, que esse número pode chegar a 21 mil apenas na Indonésia.
"Ainda não dispomos de um balanço preciso, mas estimo em entre 21 mil e 25 mil o número de mortos", afirmou o vice-presidente indonésio Yusuf Kalla, de acordo com a agência de notícias oficial Antara.
Mais de 4.000 pessoas morreram na Índia, mas segundo as autoridades do país o número de vítimas fatais deve aumentar. A quantidade de mortes confirmadas pelo governo é de 4.371.
No Sri Lanka, 12.271 pessoas morreram no desastre, segundo o Exército. Na Tailândia, o número de mortos chega a 1473.
Pelo menos 34 pessoas morreram em Mianmar, mas o balanço também deve subir nas próximas horas. Nas ilhas Maldivas, 43 mortes foram confirmadas até o momento e 68 pessoas são consideradas desaparecidas.
Na Malásia, 59 pessoas morreram, incluindo crianças e idosos.
Tragédia
Segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos, o terremoto foi o quinto maior já registrado desde 1900 e o maior desde o tremor de 9,2 graus na escala Richter que atingiu o Estado do Alasca em 1964. O foco do tremor foi localizado na costa oeste da ilha de Sumatra, a 1.620 km da capital da Indonésia, Jacarta.
As ondas causadas pelo terremoto se propagaram pelo oceano Índico e pelo mar de Andaman [entre Índia e Tailândia] e chegaram a dez metros de altura. Milhares de pessoas arrastadas pelas águas ou que estavam no mar são consideradas desaparecidas.
Vilarejos de pescadores, hotéis, casas e carros foram varridos pelas ondas, causadas pelo forte terremoto, segundo fontes oficiais ouvidas pela agência de notícias Associated Press.
Água contaminada
De acordo com a Cruz Vermelha, as maiores ameaças aos sobreviventes são agora epidemias de febre tifóide, diarréia, malária, cólera e hepatite.
O coordenador de emergências da ONU (Organização das Nações Unidas), Jan Egeland, advertiu para o risco de epidemias de infecções intestinais e pulmonares que podem ocorrer nos próximos dias.
Em Genebra, a porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde), Fadela Chaib, disse à agência Reuters que é essencial levar comprimidos para a purificação da água e kits antimalária para as regiões atingidas.
Governos e agências humanitárias de todo o mundo prometeram enviar ajuda financeira e já despacharam equipamento médico de emergência e equipes para a região em torno da baía de Bengala e para a Indonésia.
Com agências internacionais
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