30/12/2004 - 23h02

Luto e festas vão marcar passagem de ano pelo mundo

da France Presse, em Paris

As festas e os fogos de artifício neste fim de ano serão substituídos em algumas partes do mundo por preces e donativos para as vítimas do maremoto de domingo (26).

Em virtude da tragédia, que já causou mais de 100 mil mortos, vários países asiáticos cancelaram as celebrações públicas.

No Sri Lanka, um dos países mais afetados, a presidente Chandrika Kumaratunga declarou que o dia 31 de dezembro será de luto nacional e todos os grandes hotéis cancelaram os jantares de gala previstos.

Indonésia

Foram suspensos também os fogos de artifício em Jacarta (capital). As autoridades disseram que vão destinar o dinheiro da organização do evento, cerca de US$ 50 mil, para as vítimas.

Na Malásia, as celebrações de fim de ano serão substituídas por preces, segundo informou o primeiro-ministro Abdullah Ahmad Badawi. Por sua vez, as autoridades de Hong Kong também cancelaram as festividades.

Europa

Na Itália, a cidade de Pisa decidiu anular as festas de fim de ano e doar o dinheiro às vítimas do maremoto.

Já a cidade de Veneza anunciou que será observado um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do maremoto durante a celebração de fim de ano, a fim "sensibilizar os participantes".

Na Alemanha, o chanceler Gerhard Schröder e seu ministro de Relações Exteriores, Joschka Fischer, pediram a seus compatriotas que não comprem os tradicionais fogos de artifício e doem o dinheiro às vítimas da catástrofe. "Inclusive as pequenas somas são importantes", declarou Schröder.

Em Londres, o desfile de Ano Novo, evento em que é esperada a presença de 400 mil pessoas, decidiu destinar 25% da receita, que tradicionalmente é entregue a organizações de caridade locais, serão destinados este ano às vítimas dos tsunamis da Ásia.

O sábado foi declarado dia de luto na Suécia, um dos países europeus que mais perderam cidadãos no maremoto.

Igreja

Por sua vez, a Igreja Católica da Polônia deu início a uma coleta de fundos. O bispo de Sandomierz, monsenhor Andrzej Dziega, pediu aos fiéis que ponham dinheiro em caixas coletoras especiais que serão instaladas nas igrejas de sua diocese no dia 2 de janeiro.

Por sua vez, uma igreja batista húngara implantou um programa de adoção virtual de órfãos da região atingida. Os "pais adotivos" se comprometem a financiar durante um ano a alimentação da criança adotada.

Já os árbitros da Liga Austríaca de Basquete anunciaram nesta quinta-feira que renunciam a seus salários das duas próximas rodadas do campeonato em benefício de uma organização de ajuda às vítimas.