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02/01/2005 - 20h09

Falta de médicos e ajuda torna caótica vida na Índia após tsunamis

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da France Presse

Uma semana depois da catástrofe dos tsunamis, a ajuda na Índia é avaliada como insuficiente, as autoridades locais denunciam uma distribuição desigual de recursos e os governantes dos arquipélagos de Andaman se queixam da falta de médicos.

"Muitas das pequenas organizações humanitárias vêm aqui com roupas e outros produtos que não são necessários", disse Geentanjali Master, representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância Unicef, no estado de Tamil Nadu (sudeste).

O litoral de Tamil Nadu foi particularmente afetado pelos maremotos do dia 26 de dezembro, provocados por um tremor ao longo da ilha indonésia de Sumatra. O balanço regional de mortos é de 7.409 mortos dos 9.067 registrados em todo o país.

Entretanto, em alguns lugares as roupas estão empilhadas e os alimentos sobram, enquanto pessoas esperam horas por um pouco de comida.

"Fui a várias regiões afetadas de Tamil Nadu. Salta aos olhos a ausência de organização governamental", denuncia o secretário-geral de um influente partido regional, o MDMK.

"Ainda que a ajuda chegue não alcança o número de pessoas que precisam", segundo matéria publicada neste domingo pelo jornal "Hindustan Times".

Neste Estado, muitos pescadores explicam que perderam tudo, inclusive a embarcação de onde tiravam seu sustento. No distrito de Cuddalore, pelo menos 4.200 barcos foram destruídos.

A ajuda prometida pelo governo para consertá-los ou substituí-los, entre 10 mil e 250 mil rúpias (de US$ 222 a US$ 5.500), não é suficientes, segundo o médico Shanmurgasandaram, que dirige um abrigo para as vítimas. De acordo com esta fonte, os barcos custam cinco milhões de rúpias (US$ 100 mil).

Nos arquipélagos de Andaman e Nicobar, cerca de 1.000 km ao Leste da Índia continental e mais perto da Indonésia, a situação também parece crítica.

Segundo um site do governo, apenas a terça parte dos equipamentos foram entregues nesta ilha. No domingo, o pessoal médico foi convocado a voltar ao trabalho de emergência, com as autoridades locais temendo a propagação de epidemias.

Nestes arquipélagos, onde vivem cerca de 35 mil pessoas, vários habitantes foram para o continente ou não retomaram o trabalho por medo que os edifícios desabem, já que houve várias réplicas do terremoto durante a última semana.

Além disso, um general do Exército indiano, B.S. Thakur, que dirige o centro de ajuda, afirma que o mau cheiro que sai dos escombros indica que vários corpos não foram retirados, com um evidente risco de que causem epidemias.


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