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04/01/2005
-
09h00
da France Presse, em Banda Aceh
Médicos e enfermeiras desapareceram dos hospitais de Banda Aceh, uma das cidades mais devastadas pelo maremoto que atingiu a Indonésia no dia 26 de dezembro. São os cirurgiões estrangeiros, que vieram como voluntários, que cuidam dos sobreviventes.
Na entrada da sala de operações do hospital militar, Nuraine está encostada em uma cama. O maremoto matou seu marido e seus três filhos, sua mãe e seus irmãos. Quando a onda entrou na casa, pedaços do teto atingiram-na. Como ela, vários pacientes "têm feridas terrivelmente infectadas, porque pedaços de escombros entraram nos corpos", afirmou Paul Shumack, médico australiano na Indonésia.
A gangrena avança entre a população. "Tratamos de salvar braços e pernas, mas às vezes temos que amputar", disse o médico.
Quando dias antes, quando Shumack chegou, havia corpos amontoados pelos corredores. "Na esquina havia quinhentos cadáveres em sacos pretos", disse. "Por mais que a comunidade internacional envie médicos, ainda falta enfermeiros."
Sumiço
A maioria dos médicos e enfermeiras não voltaram ao trabalho desde que o maremoto devastou o norte da ilha de Sumatra.
"Havia apenas 15 empregados no hospital militar quando cheguei no dia 28 [de dezembro], diz Sahat Edison, do sul de Sumatra. "Ou desapareceram no desastre, ou estão procurando por seus parentes", afirmou o médico.
Os voluntários vieram de outras regiões da Indonésia, Malásia, Cingapura, China e inclusive, Japão.
Nas listas de pacientes pregadas em um corredor, é possível ver 25 diagnósticos de febre tifóide.
Segundo os médicos, não há problemas com epidemias no momento. A maioria dos pacientes apresentam graves infecções em suas feridas. Essa é a enfermidade mais comum. Segundo Edison, a maior dificuldade enfrentada no hospital é com os pacientes que não querem sair, pois não têm mais para onde voltar.
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Médicos e enfermeiros desaparecem de hospitais na Indonésia
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Médicos e enfermeiras desapareceram dos hospitais de Banda Aceh, uma das cidades mais devastadas pelo maremoto que atingiu a Indonésia no dia 26 de dezembro. São os cirurgiões estrangeiros, que vieram como voluntários, que cuidam dos sobreviventes.
Na entrada da sala de operações do hospital militar, Nuraine está encostada em uma cama. O maremoto matou seu marido e seus três filhos, sua mãe e seus irmãos. Quando a onda entrou na casa, pedaços do teto atingiram-na. Como ela, vários pacientes "têm feridas terrivelmente infectadas, porque pedaços de escombros entraram nos corpos", afirmou Paul Shumack, médico australiano na Indonésia.
A gangrena avança entre a população. "Tratamos de salvar braços e pernas, mas às vezes temos que amputar", disse o médico.
Quando dias antes, quando Shumack chegou, havia corpos amontoados pelos corredores. "Na esquina havia quinhentos cadáveres em sacos pretos", disse. "Por mais que a comunidade internacional envie médicos, ainda falta enfermeiros."
Sumiço
A maioria dos médicos e enfermeiras não voltaram ao trabalho desde que o maremoto devastou o norte da ilha de Sumatra.
"Havia apenas 15 empregados no hospital militar quando cheguei no dia 28 [de dezembro], diz Sahat Edison, do sul de Sumatra. "Ou desapareceram no desastre, ou estão procurando por seus parentes", afirmou o médico.
Os voluntários vieram de outras regiões da Indonésia, Malásia, Cingapura, China e inclusive, Japão.
Nas listas de pacientes pregadas em um corredor, é possível ver 25 diagnósticos de febre tifóide.
Segundo os médicos, não há problemas com epidemias no momento. A maioria dos pacientes apresentam graves infecções em suas feridas. Essa é a enfermidade mais comum. Segundo Edison, a maior dificuldade enfrentada no hospital é com os pacientes que não querem sair, pois não têm mais para onde voltar.
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