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05/01/2005
-
20h41
P.PARAMESWARAN
da France Presse, em Washington
A participação em massa do efetivo militar americano nas operações de ajuda às vítimas do maremoto na Ásia permitirá aos Estados Unidos fortalecer sua presença na região, especialmente na luta antiterrorista, anunciaram especialistas nesta quarta-feira.
Junto com dezenas de navios, aviões e helicópteros, Washington enviou mais de 13 mil soldados em apoio às tarefas em andamento na Indonésia, Tailândia e Sri Lanka, os países mais afetados pela catástrofe de 26 de dezembro.
Estas tropas, em sua maior operação na Ásia desde a Guerra do Vietnã, podem se instalar na área por pelo menos seis meses, advertem especialistas consultados em Washington.
Com o apoio de suas bases no Japão e na Coréia do Sul, 'os EUA estão com capacidade para mobilizar rapidamente seus meios militares para responder às situações de urgência, humanitárias ou estratégicas na Ásia', disse Derek Mitchell, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.
Esta operação sem precedentes oferece uma oportunidade aos Estados Unidos de tranqüilizar os países asiáticos, tradicionalmente temerosos em relação às ambições militares norte-americanas, e reforçar os laços na batalha contra o terrorismo lançada pelo presidente George W. Bush, dizem os analistas.
"Se a situação for bem administrada, pode levar a uma melhora das relações militares na região", defendeu Robert Sutter, especialista em Ásia da Universidade Georgetown, de Washington.
Para que isso aconteça, porém, "a mensagem que os Estados Unidos devem transmitir é que a presença militar não aponta apenas para perseguir terroristas", disse também Sutter.
Antes do tsunami, seria impensável ver um avião de transporte americano aterrissando na costa indonésia, ou marine [fuzileiro naval americano] cooperando lado a lado com militares deste país, que tem a maior população muçulmana do mundo.
Agora, o porta-aviões Abraham Lincoln, com 6.000 fuzileiros a bordo, está estacionado a 28 quilômetros das praias da Província indonésia de Aceh, a mais atingida, para levar víveres e ajuda médica.
De qualquer maneira, completam os especialistas, apesar das preocupações da Índia, a chegada dos cerca de 1.500 soldados americanos ao Sri Lanka, pode provocar mudanças no quadro atual.
"O Sri Lanka pode dar as boas-vindas a uma ajuda militar americana em razão de sua luta contra os Tigres [guerrilha Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam], mas os americanos se mostram reticentes", explicou Dana Dillon, especialista do instituto conservador Fundação Heritage.
O Exército dos EUA também utiliza a base tailandesa de Utapao, quase uma relíquia dos tempos do Vietnã, como centro de distribuição da ajuda alimentar e logística através do sudeste da Ásia.
Embora conte com Tailândia e Filipinas como aliados, Washington não vacilará em estender sua influência militar na região, especialmente levando-se em conta os recursos com que contam Indonésia e Malásia.
Estes dois países se opuseram a um reforço da segurança no estratégico estreito de Malacca, que suspeitam, pode abrir a porta à intervenção de tropas de elite americanas.
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da France Presse, em Washington
A participação em massa do efetivo militar americano nas operações de ajuda às vítimas do maremoto na Ásia permitirá aos Estados Unidos fortalecer sua presença na região, especialmente na luta antiterrorista, anunciaram especialistas nesta quarta-feira.
Junto com dezenas de navios, aviões e helicópteros, Washington enviou mais de 13 mil soldados em apoio às tarefas em andamento na Indonésia, Tailândia e Sri Lanka, os países mais afetados pela catástrofe de 26 de dezembro.
Estas tropas, em sua maior operação na Ásia desde a Guerra do Vietnã, podem se instalar na área por pelo menos seis meses, advertem especialistas consultados em Washington.
Com o apoio de suas bases no Japão e na Coréia do Sul, 'os EUA estão com capacidade para mobilizar rapidamente seus meios militares para responder às situações de urgência, humanitárias ou estratégicas na Ásia', disse Derek Mitchell, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington.
Esta operação sem precedentes oferece uma oportunidade aos Estados Unidos de tranqüilizar os países asiáticos, tradicionalmente temerosos em relação às ambições militares norte-americanas, e reforçar os laços na batalha contra o terrorismo lançada pelo presidente George W. Bush, dizem os analistas.
"Se a situação for bem administrada, pode levar a uma melhora das relações militares na região", defendeu Robert Sutter, especialista em Ásia da Universidade Georgetown, de Washington.
Para que isso aconteça, porém, "a mensagem que os Estados Unidos devem transmitir é que a presença militar não aponta apenas para perseguir terroristas", disse também Sutter.
Antes do tsunami, seria impensável ver um avião de transporte americano aterrissando na costa indonésia, ou marine [fuzileiro naval americano] cooperando lado a lado com militares deste país, que tem a maior população muçulmana do mundo.
Agora, o porta-aviões Abraham Lincoln, com 6.000 fuzileiros a bordo, está estacionado a 28 quilômetros das praias da Província indonésia de Aceh, a mais atingida, para levar víveres e ajuda médica.
De qualquer maneira, completam os especialistas, apesar das preocupações da Índia, a chegada dos cerca de 1.500 soldados americanos ao Sri Lanka, pode provocar mudanças no quadro atual.
"O Sri Lanka pode dar as boas-vindas a uma ajuda militar americana em razão de sua luta contra os Tigres [guerrilha Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam], mas os americanos se mostram reticentes", explicou Dana Dillon, especialista do instituto conservador Fundação Heritage.
O Exército dos EUA também utiliza a base tailandesa de Utapao, quase uma relíquia dos tempos do Vietnã, como centro de distribuição da ajuda alimentar e logística através do sudeste da Ásia.
Embora conte com Tailândia e Filipinas como aliados, Washington não vacilará em estender sua influência militar na região, especialmente levando-se em conta os recursos com que contam Indonésia e Malásia.
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