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11/01/2005 - 18h10

Premiê do Iraque diz que há áreas "inseguras" para eleição

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da Folha Online

O premiê iraquiano Iyad Allawi admitiu nesta terça-feira que há áreas no país que podem ser "inseguras demais" para a votação de 30 de janeiro. Hoje a violência sem interrupção causou a morte de ao menos 19 pessoas.

Ontem nove pessoas morreram devido a ataques de insurgentes em todo o país, inclusive, o subchefe de polícia de Bagdá (capital).

Na semana passada um comandante americano disse que quatro das 18 Províncias, incluindo partes da capital, permaneciam inseguras para participar da realização de eleições.

Investimento em segurança

"Certamente, há alguns bolsões que não participarão da eleição. Não achamos, porém, que isso seja algo disseminado", disse o premiê.

Allawi anunciou hoje que mais de 11% do Orçamento de 2005 serão destinados para a segurança.

Segundo Alawi, o governo destinará US$ 2,2 bilhões este ano para organizar as forças iraquianas e para duplicar os efetivos.

"Esta cifra vai aumentar gradualmente... as Forças Armadas serão a coluna vertebral da segurança. Vamos nos concentrar na modernização do armamento. Já começamos a fazê-lo", disse ele.

Alawi afirmou ainda que deseja de formar uma Força Aérea capaz de proteger os céus do Iraque e destacou sua intenção de aumentar este ano o número de soldados para 150 mil. De acordo com a agência Reuters, o número atual de soldados é de 100 mil.

Tikrit

Os seis policiais mortos hoje estavam em serviço no quartel-general da polícia em Tikrit [180 km ao norte da capital], quando o local foi atingido pela explosão de um carro-bomba. As outras vítimas, segundo a agência de notícias Associated Press, estavam em um ônibus que foi atacado com uma bomba, perto de Yussifiyah, a 15 km da capital.

Outra versão, da agência de notícias Reuters, diz que o veículo foi atacado por homens armados, que assassinaram os passageiros. A região por onde o ônibus passava é conhecida como Triângulo Sunita --hostil à ocupação americana, base dos rebeldes sunitas, que fica entre Bagdá, Ramadi [100 km a oeste de Bagdá] e Tikrit.

As mortes em Tikrit foram confirmadas pelo Exército americano. Segundo fontes hospitalares, ao menos nove policiais ficaram feridos.

Samarra

Em Samarra, um carro-bomba explodiu perto da mesquita de Razzaq quando um comboio militar americano estava passando matando quatro soldados e ferindo outros dois.

Também em Samarra, um soldado iraquiano e um civil morreram durante um ataque contra uma patrulha do Exército.

Ao sul de Bagdá, três civis iraquianos morreram e outros três ficaram feridos com a explosão de uma bomba durante a passagem de outro comboio americano, segundo fontes médicas.

Ao norte de Bagdá, um intérprete iraquiano do Exército dos EUA foi assassinado e um coronel e um tenente-coronel da polícia foram assassinados e um policial ficou ferido em dois ataques separados.

O Exército americano anunciou que um soldado americano foi morto na Província de Anbar, a oeste de Bagdá.

Petróleo

Logo pela manhã [o fuso horário é de cinco horas a mais no Iraque], autoridades registraram outra explosão em um oleoduto entre Kirkuk e a refinaria de Baiji, ao norte do país. Um funcionário da Companhia de Petroléo do Norte --que cuida da operação nessa região do país-- afirmou que o oleoduto ficou destruído com o último ataque.

O funcionário, que não quis revelar a sua identidade, afirmou que a ação atingiu vários oleodutos que correm em paralelo, na área de Zegheitoun, a 55 km de Kirkuk.

Sabotadores paralisaram a operação de petróleo ao norte do Iraque, forçando as refinarias a uma suspensão da produção. Segundo autoridades locais, a série de ataques à infra-estrutura usada para o transporte do petróleo interrompeu o escoamento do produto até locais onde é preparado para exportação.

Assassinatos

O grupo terrorista liderado pelo jordaniano Abu Musab al Zarqawi, chamado de Leões da Al Qaeda no Iraque, assumiu a autoria dos assassinatos do subchefe de polícia de Bagdá, o brigadeiro Amer Ali Nayed, e o tenente Khalid Amer, seu filho. Eles foram atacados ontem por homens armados no distrito de Dora, em Bagdá.

O grupo reivindica os principais e mais mortíferos ataques suicidas que aconteceram no Iraque desde a retirada de Saddam Hussein do poder. Os homens de Al Zarqawi também assumem o seqüestro e morte [a maioria por decapitação] de dezenas de estrangeiros.

O governo americano oferece US$ 25 milhões por qualquer informação que leve à morte ou à captura de Al Zarqawi, considerado o inimigo número um dos EUA no Iraque.

Com agências internacionais

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