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13/01/2005
-
10h30
da Folha Online
O recém-eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta quinta-feira que está pronto "a honrar" os compromissos de segurança para a retomada das negociações de paz no Oriente Médio. O anúncio do líder segue a retomada dos conflitos entre palestinos e israelenses, dias depois da eleição palestina.
Abbas, eleito nessa semana, disse estar "impaciente" para retomar os diálogos sobre o Mapa da Paz --plano elaborado pelo chamado 'Quarteto' --EUA, Rússia, União Européia e ONU, que prevê, sobretudo, a criação de um Estado Palestino até 2005.
O plano foi violado tanto por palestinos quanto por israelenses, que precisam cumprir uma série de requisitos. O governo israelense deve, por exemplo, proibir a criação de novos assentamentos em Gaza e na Cisjordânia, enquanto palestinos precisam controlar e desmembrar os grupos extremistas que atuam na região.
"O plano começa com diversos compromissos de segurança e discussões sobre fronteiras e Jerusalém. Estamos prontos para implementar nossa parte. Esperamos que o lado israelense faça o mesmo", afirmou Abbas nesta quinta-feira, durante uma reunião com líderes religiosos.
Abbas não especificou que tipos de medidas de segurança vai tomar. O presidente da ANP tem rejeitado os pedidos israelenses de entrar em confronto direto com militantes, preferindo manter o diálogo com eles.
Analistas dizem que o novo presidente da ANP terá um período difícil sem um acordo com grupos extremistas palestinos como o Hamas e o Jihad Islâmico. Em público, líderes desses grupos rejeitaram pedidos de cessar-fogo, mas sinalizaram que poderão voltar atrás, caso as tropas israelenses diminuam as ações em território palestino.
Conflitos
Em Beit Lahiya, ao norte de Gaza, tropas israelenses abriram fogo contra um carro, matando um palestino que levava sua mulher grávida a um hospital nesta quinta-feira. Soldados israelenses afirmam ter atirado depois que o veículo passou por eles, ignorando pedidos para que parasse.
Ontem, palestinos e israelenses voltaram a se enfrentar, depois que supostos militantes detonaram uma bomba perto de um assentamento judaico ao sul da faixa de Gaza, matando um civil israelense e ferindo outros três soldados.
Outros dois palestinos foram mortos ontem, em Ramallah, na Cisjordânia, segundo fontes de segurança palestinas, que não informaram se as vítimas eram moradores do local ou combatentes que responderam à ação dos soldados.
Segundo um porta-voz do Exército israelense, os dois eram ativistas islâmicos procurados que pertenciam ao grupo Hamas e haviam se refugiado na casa.
Com agências internacionais
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O recém-eleito presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, afirmou nesta quinta-feira que está pronto "a honrar" os compromissos de segurança para a retomada das negociações de paz no Oriente Médio. O anúncio do líder segue a retomada dos conflitos entre palestinos e israelenses, dias depois da eleição palestina.
Abbas, eleito nessa semana, disse estar "impaciente" para retomar os diálogos sobre o Mapa da Paz --plano elaborado pelo chamado 'Quarteto' --EUA, Rússia, União Européia e ONU, que prevê, sobretudo, a criação de um Estado Palestino até 2005.
O plano foi violado tanto por palestinos quanto por israelenses, que precisam cumprir uma série de requisitos. O governo israelense deve, por exemplo, proibir a criação de novos assentamentos em Gaza e na Cisjordânia, enquanto palestinos precisam controlar e desmembrar os grupos extremistas que atuam na região.
"O plano começa com diversos compromissos de segurança e discussões sobre fronteiras e Jerusalém. Estamos prontos para implementar nossa parte. Esperamos que o lado israelense faça o mesmo", afirmou Abbas nesta quinta-feira, durante uma reunião com líderes religiosos.
Abbas não especificou que tipos de medidas de segurança vai tomar. O presidente da ANP tem rejeitado os pedidos israelenses de entrar em confronto direto com militantes, preferindo manter o diálogo com eles.
Analistas dizem que o novo presidente da ANP terá um período difícil sem um acordo com grupos extremistas palestinos como o Hamas e o Jihad Islâmico. Em público, líderes desses grupos rejeitaram pedidos de cessar-fogo, mas sinalizaram que poderão voltar atrás, caso as tropas israelenses diminuam as ações em território palestino.
Conflitos
Em Beit Lahiya, ao norte de Gaza, tropas israelenses abriram fogo contra um carro, matando um palestino que levava sua mulher grávida a um hospital nesta quinta-feira. Soldados israelenses afirmam ter atirado depois que o veículo passou por eles, ignorando pedidos para que parasse.
Ontem, palestinos e israelenses voltaram a se enfrentar, depois que supostos militantes detonaram uma bomba perto de um assentamento judaico ao sul da faixa de Gaza, matando um civil israelense e ferindo outros três soldados.
Outros dois palestinos foram mortos ontem, em Ramallah, na Cisjordânia, segundo fontes de segurança palestinas, que não informaram se as vítimas eram moradores do local ou combatentes que responderam à ação dos soldados.
Segundo um porta-voz do Exército israelense, os dois eram ativistas islâmicos procurados que pertenciam ao grupo Hamas e haviam se refugiado na casa.
Com agências internacionais
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