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14/01/2005
-
14h12
HERVÉ ROACH
da France Presse, em Jacarta
Os países doadores, dispostos a contribuir com milhões de dólares para ajudar a Indonésia, o país mais afetado pelo recente maremoto na Ásia, temem que essas somas não sejam utilizadas de maneira correta por causa da corrupção que predomina no país.
A Indonésia, com mais de 110 mil mortos na catástrofe e com quase toda a Província de Aceh devastada, obterá a maior parte da ajuda internacional.
Segundo fontes diplomáticas, quase a metade do financiamento internacional será enviado para a Indonésia. Se o movimento de solidariedade mundial desencadeado pela tsunami de 26 de dezembro se confirmar, a Indonésia poderá receber até US$ 5 bilhões dos US$ 10 bilhões prometidos por doadores particulares e públicos.
Crítica
A Indonésia é regularmente criticada pela organização governamental Transparência Internacional, que a considera uma das nações mais corruptas do mundo.
"A corrupção é um problema muito sério", declarou nesta semana o embaixador dos Estados Unidos em Jacarta, B. Lynn Pascoe. No entanto, acrescentou que espera que a Indonésia receba "uma parte importante" dos US$ 350 milhões prometidos pelos EUA.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, eleito recentemente, afirmou que a luta contra a corrupção era uma de suas prioridades e disse que este problema fazia de seu país o "bobo da corte" da Ásia. "Atuarei energicamente contra os corruptos", declarou poucos dias depois da catástrofe.
William Frej, diretor da missão na Indonésia da Usaid (agência americana para o desenvolvimento internacional), elogiou o governo indonésio pela contratação da empresa de auditoria Ernst and Young para controlar a utilização da ajuda.
"Temos motivos para pensar que os financiamentos que virão para este país serão utilizados de forma aberta e transparente", declarou.
O custo da reconstrução da Província de Aceh ainda não foi calculado. O governo indonésio apresentou uma cifra de US$ 2,15 bilhões, mas deve revisar esta estimativa na próxima semana ao avaliar o custo dos socorros de emergências, reabilitação e reconstrução.
Os especialistas estão preocupados principalmente com o uso que se fará da ajuda privada --oferecida por empresas ou famílias que se sensibilizaram com as imagens de miséria geradas pelo maremoto.
Apesar de os procedimentos burocráticos dificultarem a concretização da ajuda oferecida pelos Estados, os financiamentos privados são disponíveis imediatamente. E as organizações não-governamentais que as recebem nem sempre têm a capacidade de elaborar e administrar projetos que possam absorver somas de grande valor.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a organização Transparência Internacional
Leia mais notícias no especial Tragédia na Ásia
Corrupção indonésia preocupa doadores internacionais
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da France Presse, em Jacarta
Os países doadores, dispostos a contribuir com milhões de dólares para ajudar a Indonésia, o país mais afetado pelo recente maremoto na Ásia, temem que essas somas não sejam utilizadas de maneira correta por causa da corrupção que predomina no país.
A Indonésia, com mais de 110 mil mortos na catástrofe e com quase toda a Província de Aceh devastada, obterá a maior parte da ajuda internacional.
Segundo fontes diplomáticas, quase a metade do financiamento internacional será enviado para a Indonésia. Se o movimento de solidariedade mundial desencadeado pela tsunami de 26 de dezembro se confirmar, a Indonésia poderá receber até US$ 5 bilhões dos US$ 10 bilhões prometidos por doadores particulares e públicos.
Crítica
A Indonésia é regularmente criticada pela organização governamental Transparência Internacional, que a considera uma das nações mais corruptas do mundo.
"A corrupção é um problema muito sério", declarou nesta semana o embaixador dos Estados Unidos em Jacarta, B. Lynn Pascoe. No entanto, acrescentou que espera que a Indonésia receba "uma parte importante" dos US$ 350 milhões prometidos pelos EUA.
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, eleito recentemente, afirmou que a luta contra a corrupção era uma de suas prioridades e disse que este problema fazia de seu país o "bobo da corte" da Ásia. "Atuarei energicamente contra os corruptos", declarou poucos dias depois da catástrofe.
William Frej, diretor da missão na Indonésia da Usaid (agência americana para o desenvolvimento internacional), elogiou o governo indonésio pela contratação da empresa de auditoria Ernst and Young para controlar a utilização da ajuda.
"Temos motivos para pensar que os financiamentos que virão para este país serão utilizados de forma aberta e transparente", declarou.
O custo da reconstrução da Província de Aceh ainda não foi calculado. O governo indonésio apresentou uma cifra de US$ 2,15 bilhões, mas deve revisar esta estimativa na próxima semana ao avaliar o custo dos socorros de emergências, reabilitação e reconstrução.
Os especialistas estão preocupados principalmente com o uso que se fará da ajuda privada --oferecida por empresas ou famílias que se sensibilizaram com as imagens de miséria geradas pelo maremoto.
Apesar de os procedimentos burocráticos dificultarem a concretização da ajuda oferecida pelos Estados, os financiamentos privados são disponíveis imediatamente. E as organizações não-governamentais que as recebem nem sempre têm a capacidade de elaborar e administrar projetos que possam absorver somas de grande valor.
Especial
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