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15/01/2005
-
08h52
da Folha Online
Mahmoud Abbas, 69, assumiu hoje a presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP) defendendo um diálogo com os israelenses em um momento de tensão no Oriente Médio, depois que Israel anunciou o rompimento das relações com o governo palestino em meio ao acirramento da violência na região.
O novo presidente da ANP disse hoje, em Ramallah (Cisjordânia), que está estendendo sua mão pela paz com Israel, mas não fez menção específica sobre como vai lidar com os grupos extremistas palestinos, um dos maiores desafios do governo de Abbas.
Durante discurso de posse, Abbas se posicionou contrariamente a ações violentas de militantes palestinos e do Exército israelense. "Nós condenamos essas ações, sejam elas das forças de ocupação israelense ou de reação de algumas facções palestinas", afirmou o presidente da ANP.
O governo de Ariel Sharon, que suspendeu também uma reunião com o recém-eleito presidente da ANP, acusa os palestinos de não agir contra os grupos terroristas.
O anúncio do cancelamento do encontro foi feito ontem, um dia depois de um atentado ter causado a morte de seis israelenses em Gaza. Três grupos extremistas palestinos reivindicaram o ataque: Hamas, Frente de Resistência Palestina e Brigadas de Al Aqsa, facção ligada ao Fatah, partido do presidente da ANP.
A posição israelense foi aparentemente apoiada pelo governo dos Estados Unidos. Em entrevista à Rádio América, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, defendeu uma ação mais enérgica de Abbas contra os militantes islâmicos. "Ele tem que manter estes terroristas sob controle", declarou Powell.
Homenagem a Arafat
Durante a posse hoje no Parlamento palestino, Abbas prestou juramento sobre o Corão e dedicou sua vitória ao líder palestino Iasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004, após 14 dias de internação na França. Até hoje a causa da morte de Arafat não foi divulgada.
Ele prometeu "defender os interesses do povo palestino" e dedicou sua vitória, "em nome de todo o povo, à alma e memória do eterno chefe, símbolo de nossa causa, Iasser Arafat", que morreu em um hospital de Paris no dia 11 de novembro de 2004.
O novo presidente se pronunciou a favor de uma paz negociada com Israel. "Seguimos comprometidos com a opção de alcançar uma paz justa e cumprir nossos objetivos nacionais por meio de negociações", disse.
E foi mais além, declarando-se partidário de um cessar-fogo mútuo com Israel. "Queremos implementar um cessar-fogo mútuo para pôr fim a este círculo vicioso (...) Digo aos dirigentes israelenses e ao povo israelense: somos dois povos destinados a viver um ao lado do outro e a compartilhar esta terra entre nós", declarou.
Com agências internacionais
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Abbas assume presidência da ANP em meio a tensão com Israel
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Mahmoud Abbas, 69, assumiu hoje a presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP) defendendo um diálogo com os israelenses em um momento de tensão no Oriente Médio, depois que Israel anunciou o rompimento das relações com o governo palestino em meio ao acirramento da violência na região.
O novo presidente da ANP disse hoje, em Ramallah (Cisjordânia), que está estendendo sua mão pela paz com Israel, mas não fez menção específica sobre como vai lidar com os grupos extremistas palestinos, um dos maiores desafios do governo de Abbas.
Durante discurso de posse, Abbas se posicionou contrariamente a ações violentas de militantes palestinos e do Exército israelense. "Nós condenamos essas ações, sejam elas das forças de ocupação israelense ou de reação de algumas facções palestinas", afirmou o presidente da ANP.
O governo de Ariel Sharon, que suspendeu também uma reunião com o recém-eleito presidente da ANP, acusa os palestinos de não agir contra os grupos terroristas.
O anúncio do cancelamento do encontro foi feito ontem, um dia depois de um atentado ter causado a morte de seis israelenses em Gaza. Três grupos extremistas palestinos reivindicaram o ataque: Hamas, Frente de Resistência Palestina e Brigadas de Al Aqsa, facção ligada ao Fatah, partido do presidente da ANP.
A posição israelense foi aparentemente apoiada pelo governo dos Estados Unidos. Em entrevista à Rádio América, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, defendeu uma ação mais enérgica de Abbas contra os militantes islâmicos. "Ele tem que manter estes terroristas sob controle", declarou Powell.
Homenagem a Arafat
Durante a posse hoje no Parlamento palestino, Abbas prestou juramento sobre o Corão e dedicou sua vitória ao líder palestino Iasser Arafat, morto em 11 de novembro de 2004, após 14 dias de internação na França. Até hoje a causa da morte de Arafat não foi divulgada.
Ele prometeu "defender os interesses do povo palestino" e dedicou sua vitória, "em nome de todo o povo, à alma e memória do eterno chefe, símbolo de nossa causa, Iasser Arafat", que morreu em um hospital de Paris no dia 11 de novembro de 2004.
O novo presidente se pronunciou a favor de uma paz negociada com Israel. "Seguimos comprometidos com a opção de alcançar uma paz justa e cumprir nossos objetivos nacionais por meio de negociações", disse.
E foi mais além, declarando-se partidário de um cessar-fogo mútuo com Israel. "Queremos implementar um cessar-fogo mútuo para pôr fim a este círculo vicioso (...) Digo aos dirigentes israelenses e ao povo israelense: somos dois povos destinados a viver um ao lado do outro e a compartilhar esta terra entre nós", declarou.
Com agências internacionais
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