Publicidade
Publicidade
24/01/2005
-
19h24
da Folha Online
A Assembléia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) promoveu hoje uma sessão histórica dedicada ao reconhecimento das vítimas dos campos de concentração nazistas e lançou um apelo internacional contra qualquer ressurgimento do anti-semitismo no mundo.
Pela primeira vez na história das Nações Unidas, a sessão foi aberta com um minuto de silêncio. Em seu discurso, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu ao mundo para "demonstrar respeito" pelas vítimas dos campos de concentração nazistas, "protegendo todas as comunidades ameaçadas e vulneráveis, agora e no futuro".
Annan lembrou que, desde o Holocausto, o mundo fracassou em várias tentativas de impedir outros genocídios, como no Camboja, em Ruanda e na ex-Iugoslávia.
"Nunca saberemos se o Holocausto poderia ter sido evitado se as Nações Unidas tivessem existido na época. A ONU nunca deve esquecer que foi criada em resposta ao nazismo, ou que os horrores do Holocausto contribuíram para definir sua missão", disse Annan.
Ele afirmou que os povos precisam ficar atentos contra os mínimos indícios do ressurgimentos de ideais intolerantes, como o anti-semitismo. "Este dever nos liga não apenas ao povo judeu, mas a todos os que foram, ou poderiam ser, ameaçados de ter o mesmo destino", disse Annan.
"Mas essa sessão especial confirma a necessidade, tanto para as Nações Unidas quanto para qualquer país membro, de trabalhar para que tal tragédia nunca mais se repita", afirmou.
Na sessão, o escritor e Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel, um sobrevivente dos campos de extermínio, lamentou a "indiferença" em relação ao Holocausto manifestada por outros países, sem a qual o drama vivenciado pelos judeus e as demais vítimas dos campos "talvez poderia ter sido evitado, ou ao menos reduzido".
"Nunca devemos nos esquecer desta vergonhosa indiferença. A indiferença sempre ajuda o agressor, nunca a vítima. Aliás, o que é a memória, senão uma nobre a necessária resposta à indiferença?", disse o escritor.
Cento e cinqüenta países, dos 191 membros das Nações Unidas, haviam aprovado esta iniciativa de organizar uma sessão especial, patrocinada por Estados Unidos, Israel, União Européia, Rússia, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Leia mais
Mundo deve ficar atento a ideologias do ódio, diz Annan
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Auschwitz
Leia o que já foi publicado sobre o Holocausto
Em sessão histórica, ONU lança apelo para evitar genocídios como o de Auschwitz
Publicidade
A Assembléia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) promoveu hoje uma sessão histórica dedicada ao reconhecimento das vítimas dos campos de concentração nazistas e lançou um apelo internacional contra qualquer ressurgimento do anti-semitismo no mundo.
Pela primeira vez na história das Nações Unidas, a sessão foi aberta com um minuto de silêncio. Em seu discurso, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu ao mundo para "demonstrar respeito" pelas vítimas dos campos de concentração nazistas, "protegendo todas as comunidades ameaçadas e vulneráveis, agora e no futuro".
Annan lembrou que, desde o Holocausto, o mundo fracassou em várias tentativas de impedir outros genocídios, como no Camboja, em Ruanda e na ex-Iugoslávia.
"Nunca saberemos se o Holocausto poderia ter sido evitado se as Nações Unidas tivessem existido na época. A ONU nunca deve esquecer que foi criada em resposta ao nazismo, ou que os horrores do Holocausto contribuíram para definir sua missão", disse Annan.
Ele afirmou que os povos precisam ficar atentos contra os mínimos indícios do ressurgimentos de ideais intolerantes, como o anti-semitismo. "Este dever nos liga não apenas ao povo judeu, mas a todos os que foram, ou poderiam ser, ameaçados de ter o mesmo destino", disse Annan.
"Mas essa sessão especial confirma a necessidade, tanto para as Nações Unidas quanto para qualquer país membro, de trabalhar para que tal tragédia nunca mais se repita", afirmou.
Na sessão, o escritor e Prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel, um sobrevivente dos campos de extermínio, lamentou a "indiferença" em relação ao Holocausto manifestada por outros países, sem a qual o drama vivenciado pelos judeus e as demais vítimas dos campos "talvez poderia ter sido evitado, ou ao menos reduzido".
"Nunca devemos nos esquecer desta vergonhosa indiferença. A indiferença sempre ajuda o agressor, nunca a vítima. Aliás, o que é a memória, senão uma nobre a necessária resposta à indiferença?", disse o escritor.
Cento e cinqüenta países, dos 191 membros das Nações Unidas, haviam aprovado esta iniciativa de organizar uma sessão especial, patrocinada por Estados Unidos, Israel, União Européia, Rússia, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice